quarta-feira, 21 de julho de 2010

Akita: Estilo Cada Vez Mais Oriental

Akita, símbolo nacional nipônico, há muito é admirado no mundo por suas qualidades. Saiba por que trabalha-se para deixá-lo mais oriental.

Entre os cães árticos - aqueles que vêm das regiões frias e têm pelagem densa, orelhas pequenas e cauda espessa enrolada ou caída sobre a garupa -, o Akita é o que mais se destacou no Brasil como guardião. Tem admiradores em toda a parte por seu temperamento alerta e reservado com estranhos, silencioso, discreto e agressivo quando necessário. É também companheiro sensível, inteligente e devotado a família.

Seus ancestrais de tipo "spitz" (de focinho afilado e aspecto físico que lembra a raposa) vieram da Coréia, Sibéria e China há mais de 2 mil anos. Desde lá, foram feitos cruzamentos, inclusive para adequá-lo às atividades exercidas conforme a época e a região, tornando-o o cão de maior porte do Japão. Foi caçador de javalis e ursos, guarda de grandes propriedades e lutador em rinhas com outros cães. Sabe-se que cruzou com molossos, a partir de 1900, para adquirir maior robustez e potência de mordedura. Seu temperamento foi moldado ao gosto do povo e da cultura japonesa. Tornou-se, assim, uma de suas tradições, muito querido, símbolo de boa-sorte, conhecido como o cão dos Samurais.

No início deste século, os japoneses interessaram-se em recuperar a pureza de suas raças caninas. Em 1931, encontraram exemplares satisfatórios deste cão de porte grande na região de Akita, vindo daí seu atual nome. Um ano após, o Akita foi elevado a "Monumento Nacional" e, em 1934, teve seu primeiro padrão oficial, com a fundação do Akita Ken Hozonkai (Associação de Preservação da raça Akita), passando a ser criado nos moldes da moderna cinofilia.

Durante a 2ª Guerra, o trabalho teve que ser interrompido. Muitos cães foram eliminados e, dos poucos Akitas que restaram, a maioria mesclou-se novamente, inclusive com Pastores Alemães usados pelos militares, apresentando características atípicas, como máscara negra, pelagem com grandes manchas, corpo comprido, orelha grande e em pé. Desde lá, trabalhou-se para retornar à antiga expressão da raça, acrescentar agilidade e elegância à sua robustez e eliminar as cores não típicas. O Japan Kennel Club alterou, há alguns anos, o padrão oficial, que foi repassado ao Brasil e demais países filiados à FCI-Federação Cinológica lnternacional, em 1991. Nele, a pelagem longa é falta grave desqualificante, a máscara negra falta simples e as marcações de pelagem sobre fundo branco são apenas toleradas, preferindo-se sua ausência.

Deste trabalho surgiu uma minoria de exemplares leves demais, com o focinho mais longo e afilado ou pelagem longa ou curta demais e menos densa. Corrigir isso é o atual desafio dos criadores criteriosos.

No mundo, quem mais criou Akitas no ano passado foram os Estados Unidos, com 11.574 exemplares registrados em 1993 (o Japão veio em seguida com cerca de 10.000 exemplares). Eles chegaram aos EUA após a guerra, levados inclusive por soldados que dela retomavam. Eram Akitas com características típicas daquela época, mantidas até hoje e reforçadas pelos americanos, a ponto de estarem muito diferentes dos japoneses.

O porte, descrito por ambos os padrões como grande e bem balanceado, é mais alto e robusto pelo AKC-American Kennel Club que determina altura de 71 cm e desqualifica se tiver menos de 64 cm, contra os 67 cm da FCI que permite 3 cm a mais ou a menos. Ainda, o AKC é mais rígido desqualificando tamanhos abaixo do padrão e considerando falta grave os magros ou com ossaturas leves. Este tipo de penalização não existe pela FCI.

Boa parte da criação americana tem máscara preta, apreciada por dar uma aparência intimidatória. Os malhados, em baixa no Japão, são os preferidos pelos americanos (grandes manchas uniformemente distribuídas sobre fundo branco, cobrindo a cabeça e mais de um terço do corpo, define o AKC). A maioria dos Akitas japoneses são vermelhos. Nos EUA são minoria.

Porém, se por um lado os americanos tem físico mais poderoso, por outro perdem em temperamento de guarda. "Não recomendo o Akita para a guarda", diz Susan L. Duncan, vice-presidente do Akita Club of America. A criadora americana Linda Wilvaington do Daikoku Akitas Kennel de Columbia-KY, que cria ambos os tipos, compara: "o japonês é excelente guardião, percebe imediatamente uma tentativa de agressão e impede-a. O americano perdeu em parte a habilidade para o trabalho, ficou mais frouxo. Há os bons para a guarda, os agressivos demais e os excessivamente mansos. A linhagem japonesa aprende mais rápido, é mais ágil e apesar de sua estrutura menor e dos machos serem menos másculos, gosto da sua agilidade, da firmeza, da aparência e da cara mais amigável e sorridente. Considero que o tipo físico e o temperamento devem ser a prioridade do criador e que a questão das cores é secundária. Apesar da máscara preta e do malhado serem sinais de impureza, acho-as bonitas e nem são falta desqualificante".

A maioria dos criadores está satisfeita com o padrão atual. "Na Itália, onde julguei há pouco, só existem Akitas japoneses e, na última exposição mundial de Berna, Suíça, prevalecia o tipo japonês sem máscara nem malhado. Eram bonitos e de bom porte", relata Anita Soares, vice-presidente do Clube Paulista do Akita, juíza e criadora pelo Canil Antique's Place de São Paulo-SP.

Há quem prefira o Akita criado há alguns anos. "Quando comecei com o Akita em 1983, escolhi a linhagem japonesa. Agora, acho que a altura e a robustez diminuíram. Vejo exemplares peludos e sei de outros barulhentos ou medrosos. Hoje, o Akita americano me parece mais adaptado ao que o padrão exige", opina Gervásio Lourenço Jr. do White Feet Kennel, São Paulo-SP.

Assegurando não ter observado redução no porte na raça, Sebastião Alves de Souza, do Akihushi Ber Kennel, de Fortaleza-CE comenta que "o Akita deve ter porte respeitável. Para mim o americano é grande demais". Beth Uebe e Luiz Antonio Castino, do Daphine Star Kennel de Belo Horizonte-MG, criadores da linhagem japonesa há anos confirmam que o Akita é silencioso e que seu instinto de guarda continua apurado. Tanto que Beth completa "no prédio em que moramos me chamam de "criadora dos cães mudos". Takayoshi Ogata, criador há 7 anos pelo Aso Kohgen Kennel, de Salvador-BA, não tem observado alterações no temperamento da raça. "Acho necessário sangue novo no plantel nacional para melhorá-lo ainda mais. Mas o Akita continua um cão de um dono só, guarda eficiente e equilibrado, que adora as crianças".

Resumindo, o presidente do Clube Paulista do Akita, Kishiro Maki, juiz e proprietário do Canil Shirakaba de São Paulo-SP, que vem trabalhando para divulgar a tipicidade da raça, explica que "pelo novo padrão, o Akita deve ser de porte grande, vigorosamente constituído, bem balanceado, com muita substância e robusto. A altura não mudou. Deve ser leal, dócil e receptivo, mas sempre alerta, mesmo que não o demonstre, e só deve latir em casos extremos. Não pode permitir que um estranho o toque sem autorização e atacará imediatamente um agressor. Pêlos longos são falta desqualificante. Os problemas citados anteriormente são minoria e os criadores estão atentos para superá-los".

Akita: Um Jeito Único de Fazer a Guarda

O Akita é uma alternativa eficaz na guarda de qualquer tipo de ambiente. Desconfiado e muito tranqüilo, segundo os criadores ele pode até ser criado em pequenos espaços com sucesso.
Devido ao crescimento vertiginoso da violência, a presença de um cão de guarda é um alívio. Ainda mais se este cão for um Akita, uma raça que, além de limpa e asseada, é ainda discreta e silenciosa.

Provavelmente em virtude dessas características, ele é criado em grandes e pequenos espaços, comportando-se satisfatoriamente até mesmo em apartamentos, pois conquista a simpatia até dos vizinhos.

A raça costuma latir apenas quando pressente algo suspeito. Sua maneira silenciosa é oriunda da cultura nipônica. No Japão (país de origem da raça) antigo as casas eram feitas de madeira e finas folhas de papel de arroz. Assim, qualquer ruído era compartilhado pela vizinhança. Nesse sentido, era fundamental que os animais fizessem pouco barulho para não incomodar os vizinhos. Apreciadores dessa forma silenciosa, os japoneses selecionaram os cães menos barulhentos para aprimorar a raça. A criadora Maria Luiza da Silva Ferrari, do Mara's Kennel (Barretos-SP), conta que teve uma cadela, Bruna, que nunca latiu durante os 8 anos em que viveu. Até os últimos minutos de sua vida, quando sentia fortes dores, Bruna permaneceu calada.

A criadora Maria Elizabeth Dutra Uebe, do Daphine Star Kennel (Belo Horizonte-MG), que cria três Akitas em seu apartamento, diz que seus cães não lhe dão trabalho nem incomodam as pessoas. Ela nunca recebeu uma reclamação. Os vizinhos gostam muito deles. Certa ocasião, um ladrão assaltou um dos apartamentos do prédio de Beth. A notícia se espalhou rapidamente. Curiosamente, antes de Beth saber o que acontecera, sua cadela Daphine já estava fazendo a guarda na porta do apartamento, de modo que não deixava ninguém entrar. Daphine pressentira algo errado no ar. Naquele dia, a cadela acabou ajudando a polícia a seguir a pista do invasor.

Outra herança da cultura oriental é o temperamento reservado. "O Akita dificilmente faz amizade com qualquer pessoa. Mas, depois que seu coração for conquistado, torna-se um amigo para sempre", afirma Maria Luiza. A raça é muito desconfiada com estranhos. Um Akita só recebe bem uma pessoa se seu dono for cordial com ela. Normalmente, demora a se acostumar com desconhecidos. Assim, a aquisição de um exemplar adulto, geralmente, causa alguns problemas. Até o cão aceitar o novo dono, assumirá uma postura distante e fria, sem grandes demonstrações de afeto.

Essa reserva se mantém intacta até mesmo diante de situações em que o instinto prevaleceria. O criador Washington Jorge Parente de Oliveira, do Brasil Akita-Ken (São José dos Campos - SP), conta que, certa ocasião, levou seu cão, Butch, para passear no centro comercial da cidade. Lá uma moça ficou encantada com o cão e não tirou mais os olhos dele. O cão também a observava. Foi daí que ela resolveu dar um pedaço de carne do seu espetinho. E não é que Butch esnobou a oferta e continuou a encará-la! A moça ficou ofendida.

Como todo cão de guarda, o Akita não gosta de estranhos. Ele só os respeita quando estão na companhia de seus donos. Mesmo quando a pessoa lhe é apresentada, o Akita não se tornará seu amigo. A raça não aceita a presença de estranhos em seu território quando o dono está ausente.

Washington afirma que seus cães não gostam de afagos de estranhos, mesmo que sejam amigos seus. Quando isso ocorre, o Akita fecha os olhos em forma de fenda, abaixa as orelhas e o rabo e olha para o dono como se estivesse querendo dizer que não está gostando.

Já com as crianças, seu temperamento é mais brando. Mesmo assim não permite a presença delas em seu território na ausência das pessoas com quem convive e nem gosta que abusem da sua paciência. Solange Brandão Frota, do Canil do Vale Caledônia (Nova Friburgo-RJ) diz que, quando seus filhos estão com os amigos brincando com espadas de plástico, seus cães ficam alertas para se certificar de que não serão machucados. Quando uma criança dá uma espadada na cabeça de um dos filhos da criadora, os cães começam a rosnar. Querem dizer que já está na hora de acabar com a brincadeira.

Mesmo quando filhotes, estes cães são reservados com os desconhecidos. A raça muito cedo já demonstra suas habilidades na guarda. Maria Raquel Malevicz de Vasquez, do Glen Suilag Kennel (Piracicaba-SP), conta que deu um filhote de presente para sua prima, pois seu sítio fora assaltado muitas vezes. Um dia, o cãozinho começou a latir insistentemente. Quando a moça foi verificar, encontrou um rapaz tentando roubar o caminhão de seu pai. Logo que o indivíduo se deparou com o Akita (na época com 7 meses), começou a correr. O cão estava furioso e partira para o ataque.

Amigo do sossego, o Akita não gosta de ser perturbado nem de perturbar. Quando não quer conversa, dá um alerta com um rosnado baixinho. Muito equilibrado, não ataca pessoas ou animais a troco de nada. "Apesar de bravos, os Akitas são cães de boa natureza. Jamais atacam por trás ou sem avisar. Um dia meu Poodle estava amolando um de meus cães, que o advertiu prensando-o com o focinho no chão. Se não tivesse caráter talvez o mataria com apenas uma dentada", conta Maria Raquel.

A extrema fidelidade aos donos aliada à inegável coragem faz com que a raça seja associada à figura do Samurai - guerreiro que servia a um só senhor e por este não hesitava em dar sua própria vida. Esse cão protege seu dono e seu território por amor. Quando há um estranho por perto, ele se coloca imediatamente de prontidão na guarda. Fica observando cada movimento da pessoa, não desviando a atenção por um segundo. Se pressente algo suspeito, dá um latido rouco e baixo, em sinal de advertência. É como se impusesse um limite, o qual não deve ser ultrapassado. Caso a pessoa desrespeite esse limite, ele começa a espumar pela boca, eriça os pêlos e se arma para o ataque.

Durante o trabalho de guarda, o Akita não dorme em serviço. Trabalha essencialmente com a audição e visão. É capaz de detectar a presença de um estranho a muitos metros de distância. Se alguém invade seu território, não sossega enquanto não avisar seu dono, fazendo-o de modo discreto. Graças a esta maneira quieta e eficaz na abordagem de estranhos, existem vários casos em que os assaltantes foram pegos desprevenidos por um Akita, pois não sabiam que havia um cão por perto.

Akita, Símbolo da Saúde e Felicidade

Para os japoneses, ele é o símbolo da saúde e felicidade. Criado como cão de caça nas montanhas do norte do Japão, foi também usado como animal de combate até o século passado, quando as lutas entre cães foram proibidas no Japão. Durante a II Guerra Mundial a raça quase desapareceu por completo pois o governo japonês mandou matar todos os animais que não eram utilizados pelo Exército. Somente os pastores alemães foram poupados e alguns exemplares de Akita, que os donos os esconderam. Foi só em 1960, depois de anos de trabalho árduo é que a raça, finalmente, foi recuperada. O primeiro Akita chegou ao Brasil em 1970 e nos últimos cinco anos a CBKC registrou o nascimento de muitos filhotes.
No momento, a raça Akita está sendo muito questionada no Brasil. As opiniões são muito diversificadas sobre como deve ser o tipo do Akita, e com isso creio que vamos acabar tendo o Akita Brasileiro, já que existe o Japonês e o Americano.

Toda pessoa que resolveu comprar e criar um Akita, já leu alguma coisa sobre a raça e tomou conhecimento de um pouco da historia desta, escolhida para ser o melhor companheiro. Em troca pelo que recebemos das qualidades que ela nos presenteia, nos sentimos muito envolvidos, e cada vez mais cresce o desejo de aprimorar os nossos conhecimentos para com ela.

Akita tem sua origem no Japão, quando um nobre foi exilado para o distrito de Akita, província que se localiza ao norte da ilha de Honshu, no século XVII. Grande interessado em cães, estimulou a criação local. Com gerações de acasalamentos seletivos, a raça evoluiu para esse cão de estrutura e talhe incomuns, grande caçador e guarda. Nos séculos seguintes a raça passou por momentos de apogeu alternados com fase de quase extinção. Em 1927 foi fundada a Sociedade Akitainu Hozankai, destinada a preservar sua pureza. Em 1931, o governo classificou-a como monumento nacional e um dos tesouros do Japão. De fato, é tão importante para o país, que o governo se encarrega da manutenção de um campeão Akita quando seu proprietário não pode fizê-lo.

Criado como um versátil cão de caça nas montanhas ao norte do Japão, o Akita foi amplamente utilizado nesse trabalho, tanto na perseguição da presa como para trazê-Ia à mão. Desse modo, suas habilidades no esporte incluem resistência, visão acurada e faro, silêncio e velocidade aliados a um corpo e estrutura altamente resistente.

Existe um significado espiritual ligado à raça. No Japão os Akitas sempre foram encarados como companheiros leais, protetores do lar e símbolo de saúde. Quando uma criança nasce, a família geralmente ganha uma estatueta simbolizando o Akita, como garantia de saúde, felicidade e longa vida. Da mesma forma, quando uma pessoa adoece, os amigos lhe oferecem uma outra estatueta, como expressão do desejo de pronta recuperação.

Akita de hoje é descendente, em tamanho maior, dos antigos cães japoneses que aparecem em antigas gravuras: as orelhas eretas e a cauda curva acima do dorso são inconfundíveis.

Combinando dignidade com boa natureza, coragem alerta com docilidade, esta raça se caracteriza pela fidelidade aos membros da família e amigos: sabe bem defender os seus contra qualquer ameaça estranha.

O SEU COMPORTAMENTO
Apenas a partir dos três meses é possível observar algumas características no filhote (como por exemplo, a sua desinibição ou timidez). Nesta fase, ele já começa a latir para estranhos e se mostra calmo com os adultos. É muito fiel e carinhoso, mas bastante reservado. Cão de um só dono, se apega a todos da casa, apresentando, porém, uma leve prediIeção por uma determinada pessoa, para a qual se dirige com mais freqüência. Gosta muito de crianças e sabe lidar com elas, dosando sua força. Quando se cansa das brincadeiras, retira-se calmamente.

Como o Akita tem uma dificuldade natural em aceitar imposições de estranhos -um adestrador, por exemplo- é melhor ensiná-lo em casa. Só o treinamento para exposições deve ser feito por especialistas e iniciado cedo a partir de 4 ou 5 meses para que o animal se acostume com o professor. E, se este não conseguir ganhar a sua confiança, ele não o aceitará e, conseqüentemente, não o obedecerá.

EVOLUÇÃO
Para melhor conhecimento da raça, á necessário saber um pouco de sua história. Em 1868, houve uma revolução no Japão quando ocorre o término do Governo de Shogum Topogawa, com a restauração do Império Japonês, dando início a "Era Meide". Até este período, o país passava por um isolamento internacional, cujo controle impedia as entradas e saídas de pessoas, e também importação e exportação de mercadorias e informações, sendo que o mal cumprimento dessas exigências, acarretava na pena de morte. Desta forma, a entrada de cães ocidentais era proibida. Nesta época, o povo da região de Akita, apreciava o "esporte" de briga de cães, e os considerados bons, eram aqueles que saíam vitoriosos na rinha. Ainda nesta época, não estava estabelecido nenhum padrão do cão, entretanto após o término do isolamento, o povo passou a misturar o cão original com várias raças ocidentais, principalmente com molossos. Contudo, todas as características de molossos são indesejadas hoje na raça Akita. Na época da Segunda Guerra Mundial, o governo militar proibiu a criação de cães no país, influenciados pelos seus aliados alemães, eliminando todos os exemplares exceto os da raça Pastor Alemão existentes no país, isto porque esses eram utilizados nos trabalhos do exército. Ao término da Guerra, haviam poucos exemplares da raça Akita e iniciou-se a sua mistura com o Pastor Alemão.

Quaisquer características desta última, tais como orelhas excessivamente na vertical, grandes, e distância muito estreita entre elas; crânio sem forma triangular, afetaram suas formas originais, e é considerado hoje um tipo antigo para os japoneses.

Nos tiltimos 40 anos, os japoneses vêm trabalhando no sentido de tornar a raça mais pura possível, resgatando as características típicas anteriores.

Uma das determinações do Governo Japonês, estabelecendo uma Iei de 1918, que conseguiu se manter incólume, protegia as reservas biológicas nacionais, paradoxando às acoes inibidoras da criação e que alteravam o "padrão" da raça. Esta lei também protegia os cães de origem japonesas, acarretando, contra todos os impedimentos, a criação da Nippon Kenkos Okai, em 1928, entidade que protegia a raça Akita, então se estabelecendo o 1º padrão para cães da raça nipônica. Foi o único padrão nipônico diferenciado apenas pelo tamanho do animal: grande, médio, pequeno. Em 1931, foi descoberto o primeiro exemplar canino de porte maior, através da investigação do Dr. Seiquild Siburagui, na província de Akita, e foi considerado espécie que requereu proteção para preservação.

Em 1934, foi criada a Akita Inohos Okai, Associação de preservação da raça Akita, na cidade de Odapuwa, na província de Akita. Esta Associação é comumente chamada de Akiho e assim estabeleceu o padrão da raça Akita.

O padrão da raça do Japan Kennel Club corresponde à este padrão. Em 1948, foi criado o Akita Inu Jokai, uma Associação da raça na cidade de Tokio, comumente chamada de Akio, que finalmente determinou o padrão.

Akita - Bem mais do que um cão de guarda...

Cão de guarda sim, contudo com comportamento e temperamento bem diferenciado das outras raças que desempenham a mesma função. Tanto é verdade que o Akita Inu pode ser criado até em apartamentos e quanto às crianças, não há razão para se preocupar: esses cães são muito dóceis. Além disso, são calmos e não latem muito. A aparência semelhante a de um lobo também é um ponto forte da beleza do Akita.

Foram essas características e mais o fato de ser um cão de origem oriental que motivaram Gervásio Lourenço Júnior, proprietário do canil White Feet, a escolher esta raça há 18 anos. O Akita é de nacionalidade japonesa, sendo inclusive reconhecido neste país como patrimônio nacional.

O preço do filhote chega a variar de R$1.000,00 a R$2.500,00 e os cuidados são os mesmos dispensados às outras raças. É um cão rústico que pode ser cuidado facilmente. Somente os pêlos merecem uma atenção maior: uma escovação diária, que dura em média apenas cinco minutos. Outra vantagem: "O Akita só come o que precisa", conta Gervásio. Assim, quando os donos viajam por alguns dias é só deixar a comida equivalente a este período, pois o animal não comerá tudo de uma vez, complementa.

Único alerta: esta raça não aceita conviver em grupo, ressalva o criador. De preferência, procure ter um casal ou só um cão. É praticamente impossível criar dois Akitas do mesmo sexo ou com outra raça, mas existem algumas exceções. A explicação deste fato está ligada à memória primordial do cachorro, que é passada dos pais para os filhos. O Akita chegou a participar de lutas de cães no Japão, até que o governo proibiu e passou a proteger esta raça por lei. Contudo, permanecem em alguns cachorros as marcas desta época.

Entretanto, o Akita não serviu apenas para as lamentáveis rinhas. Como é um excelente caçador, foi utilizado na antiguidade pelos guerreiros para as caças grossas. Além de servirem também como cães de combate, devido à sua constituição robusta e pela sua coragem.

Já no que diz respeito a comportamento e temperamento, as principais características podem ser melhor visualizadas no modo como o Akita faz a guarda da casa. Diferente das outras raças, o Akita não fica junto ao portão latindo para qualquer pessoa que passa. Normalmente ele fica perto da casa, que dá a referência de proximidade ao dono, e somente se aproxima quando a pessoa coloca as mãos no portão. Então vai verificar o que está acontecendo, mas sem fazer escândalos e ruídos. Não é um cachorro estabanado, e sim tranqüilo, quieto e muito leal ao dono o que não obriga sua criação em espaços amplos, apesar de seu porte grande.

Seu lema é o silêncio

Akita: Seu lema é o silêncio


Saiba mais sobre a situação da raça Akita no mundo

Entre os mais conhecidos cães usados para a guarda, pode-se afirmar que o Akita é o de atuação mais discreta e silenciosa. Tanto que é comum vizinhos se surpreenderem ao descobrir que "naquela tranquila casa ao lado" há, de fato, um cachorro. O Akita só dá o alarme em caso extremo e, mesmo assim, emite poucos latidos, curtos e roucos. Não faz estardalhaço para agir. Além de quase não latir, se move na calada e fica na espreita, como se analisasse qual é o momento para dar o sinal. Se, enfim, late, o susto é para valer, pois pega o intruso totalmente desprevenido. Caso este já tenha invadido o seu território, é provável que não haja tempo para se defender.

Anita Soares, vice-presidente do Clube Paulista do Akita e criadora pelo Antique's Place Kennel, de São PauIo, SP, conta que se há movimento perto do portão, o seu Akita faz um verdadeiro ritual: olha para a direção do barulho, levanta devagar, como se não quisesse ser percebido, pára diante do portão, fareja o ar e fica estático em atenção. "Na maioria das vezes, não emite um som. Mas se o fizer é certo: encostaram na casa ou no carro que fica na frente", completa.

Outra característica, que impõe respeito, é o olhar penetrante e fixo, que parece buscar a "alma das pessoas". Gervásio Lourenço Júnior, do White Feet Kennel, de São Paulo, SP, recorda de várias situações em que alguém ao ver seu cão comentou sobre o "olhar bravo". Os olhos puxados, cujo contorno preto parece delineado por um pincel, colaboram para esse olhar impressionante. Soraya de C. Guedes, do Koyuki Kennel, de São Paulo, SP, concorda: "na rua, outros cães tentam, empolgados, chegar perto dos meus, mas basta que os olhares se cruzem para que simplesmente recuem".

Voltado para o dono, o Akita Capta as suas emoções, o que se reflete na companhia e na guarda. Desconfiado, é raro que fique "chegado" mesmo aos amigos do dono. "Ele os aceita, se estivermos juntos, mas fica atento e não os festeja", diz Takayoshi Ogata, do Aso Kohgen Kennel, de SaIvador, BA.

No Brasil, o estilo sossegado do Akita conquista cada vez mais admiradores, pois, entre outras qualidades, ele se adapta bem a espaços pequenos e não incomoda a vizinhança. De 1985 até hoje, a raça quadruplicou em quantidade, saindo dos 500 cães para mais de dois mil.Por ser utilizado na guarda, o tamanho aliado à massa física é um ponto importante. Afinal, quanto menos poderoso for o cão, menos intimida.Hoje, no Brasil, 80% dos Akitas são registrados pela CBKC - Confederação Brasileira de Cinofilia e a maioria está menor que o desejado. O padrão do FCI - Federação Cinológica Internacional, seguida pela CBKC, determina uma altura Ideal de 67 cm e tolera 3 cm a mais ou a menos."Grande parte dos cães está no limite mínimo, com cerco de 64 cm", observa Anita. "Estamos conscientes e decididos a trabalhar pelo ideal."

Alexandre Kobayashi, do Canil Hunter's Place, de Oriente, SP, acrescenta que muitos não chegam sequer ao mínimo Gervásio conta que, como seus cães tem a altura ideal de 67 cm, quando vão a exposições parecem gigantes frente aos demais. "É incrível como poucos centímetros multiplicam o efeito visual de poder físico", conclui.
Provavelmente, o motivo do domínio dos pequenos no País foram as importações. "Os cães que vieram de fora, nos últimos anos, eram pequenos e influenciaram a criação", diz Anita. O problema de criar, tendo por base os pequenos, é o risco em diminuir a raça cada vez mais. Mas vale uma ressalva: não se deve pensar, em contrapartida, que quanto maior for o cão, melhor. Haja visto que a altura ideal no padrão não é a máxima permitida. "Os Matagui-Inus, ancestrais do Akita que não eram muito grandes, são a base da tipicidade da raça hoje", diz Kishiro Maki, presidente do Clube Paulista do Akita e criador pelo Canil Shirakaba, de São Paulo, SP. "Por isso, em tamanhos superiores ao ideal, há mais chances de perder as proporções corretas."

As informações de outros países demonstram que, quanto ao tamanho, a raça vai muito bem. Monique Bartolozzi, presidente do Clube dos Cães Nórdicos da França, que controla os cães quando completam um ano de idade, confirma que os principais reprodutores tem altura aproximada de 67 cm. No Itália, Alemanha, Suíça, Portugal e no próp rio Japão também predomina essa medida. Anita, que é juíza internacional, afirma: "Iá fora o problema não existe".

Nos EUA, os cães são maiores e a maioria dos exemplares de destaque mede entre 67 e 69 cm, como conta a criadora americana Linda Wilvaington. Mas, isso é porque há uma série de diferenças entre os Akitas de linhagem americana e os de linhagem japonesa, sendo a altura uma delas. Mesmo maiores, os cães americanos são bem proporcionados, pois carregam a influência de raças como o Pastor Alemão e vários Molossos. Já os japoneses trabaIham para eliminar tal influência. Aqui, a ACB - Associação Cinológica do Brasil, que registra 20 % dos Akitas, se baseia no padrão americano e por isso os exemplares não são pequenos, já que descendem, na sua maioria, da criação dos EUA. Estes cães podem até ajudar a aumentar o tamanho dos outros, mas devese ter cuidado: podem transmitir características só aceitas pelo padrão americano e não pelo da FCI, como por exemplo a máscara negra.

No padrão japonês de 1992, que a FCI segue por ser o país de origem da raça, a máscara negra passou a ser "falta", o que significa que é uma característica indesejável e que numa exposição, quem a tiver, perde pontos. A razão é que a máscara negra não existia no Akita original e veio de raças usadas a partir de l900 para salvá-lo da extinção. A CBKC deu um prazo de tolerância à essa medida até julho de 1995. Uma circular foi enviada aos juízes informando que os cães com máscara negra não poderiam mais receber a qualificação "excelente". Consequentemente, não haverá mais campeões com tal característica. A circular acrescenta que até 1998 eles serão aceitos para reprodução. O presidente da CBKC, Sérgio Castro, informa que não foi definido o critério para impedir que estes cães acasalem a partir da data imposta. "Ainda faltam dois anos, mas até Iá teremos um método", diz. A França, por exemplo, que proíbe acasalar os mascarados desde 1992, analisa o cão adulto e fornece ou não o certificado de apto à reprodução.

Aqui, os criadores já estão evitando reproduzí-los, mas na prática atestam que, de um casal sem máscara, nascem fiIhotes que a tem. É o caso de Vitor Hugo Femandes, do Canil Fushigi-na, de Porto Alegre, RS, que afirma conhecer cães mascarados, vindos de uma linhagem em que só os avós tinham máscara. Soraya também teve uma experiência idêntica. Não se sabe exatamente por quantas gerações a hereditariedade da máscara caminha.

Tendo em vista que no País a maioria dos Akitas é criada nos moldes da FCI, em alguns anos os máscaras negras serão "estranhos no niho". No entanto, Fabio C. Fioravanzi, autor do livro L'Akita, conta que no mundo eles predominam. Nada surpreendente. Os EUA lideram em quantidade a criação e mesmo em países filiados à FCI eles ainda são uma realidade. O que será deles? Só o tempo dirá. A idéia de transformar o Akita criado nos EUA, onde mascarados são bem-vindos, em outra raça, é comentada por criadores em vários países. Mas tudo ainda é informal. Não há um movimento efetivo. Além do mais, para a FCI reconhecer uma nova raça, muita água tem que passar debaixo da ponte. Há dois anos, a entidade divulgou um documento manifestando a problemática de raças similares serem reconhecidas como diferentes, pois reduz-se bruscamente o número de cães de cada uma e tende-se à consangüinidade.

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Ficha:

Compra do filhote: pelos pais prevê-se o tamanho. Máscaras podem sumir até os 7 meses se fios brancos, a partir dos 40 dias, surgirem entre os fios pretos. Os olhos devem ter as pontas próximas ao nariz mais baixas que as outras.

Cor: branca, tigrada, ruiva, sésamo ou gergelim (ruiva intercalada com fios pretos). Todas exceto a branca, devem ter urajiro (pelagem esbranquiçada ao lado do focinho, bochechas, sob o queixo e pescoço, peito, pontas das patas e da cauda e face interior dos membros). O AKC aceita qualquer cor, até manchas brancas que são falha pela FCI.

Banho: certifique-se depois do banho que o subpelo ficou bem seco para evitar dermatites.

Adestramento de ataque: "não levar em conta o temperamento de cão nórdico pode implicar em desvios de conduta", Gervásio.

Akita - Matéria de 1994

Akita: Um jeito único de fazer a guarda
O Akita é uma alternativa eficaz na guarda de qualquer tipo de ambiente. Desconfiado e muito tranqüilo, segundo os criadores ele pode até ser criado em pequenos espaços com sucesso.
Devido ao crescimento vertiginoso da violência, a presença de um cão de guarda é um alívio. Ainda mais se este cão for um Akita, uma raça que, além de limpa e asseada, é ainda discreta e silenciosa.

Provavelmente em virtude dessas características, ele é criado em grandes e pequenos espaços, comportando-se satisfatoriamente até mesmo em apartamentos, pois conquista a simpatia até dos vizinhos.

A raça costuma latir apenas quando pressente algo suspeito. Sua maneira silenciosa é oriunda da cultura nipônica. No Japão (país de origem da raça) antigo as casas eram feitas de madeira e finas folhas de papel de arroz. Assim, qualquer ruído era compartilhado pela vizinhança. Nesse sentido, era fundamental que os animais fizessem pouco barulho para não incomodar os vizinhos. Apreciadores dessa forma silenciosa, os japoneses selecionaram os cães menos barulhentos para aprimorar a raça. A criadora Maria Luiza da Silva Ferrari, do Mara's Kennel (Barretos-SP), conta que teve uma cadela, Bruna, que nunca latiu durante os 8 anos em que viveu. Até os últimos minutos de sua vida, quando sentia fortes dores, Bruna permaneceu calada.

A criadora Maria Elizabeth Dutra Uebe, do Daphine Star Kennel (Belo Horizonte-MG), que cria três Akitas em seu apartamento, diz que seus cães não lhe dão trabalho nem incomodam as pessoas. Ela nunca recebeu uma reclamação. Os vizinhos gostam muito deles. Certa ocasião, um ladrão assaltou um dos apartamentos do prédio de Beth. A notícia se espalhou rapidamente. Curiosamente, antes de Beth saber o que acontecera, sua cadela Daphine já estava fazendo a guarda na porta do apartamento, de modo que não deixava ninguém entrar. Daphine pressentira algo errado no ar. Naquele dia, a cadela acabou ajudando a polícia a seguir a pista do invasor.

Outra herança da cultura oriental é o temperamento reservado. "O Akita dificilmente faz amizade com qualquer pessoa. Mas, depois que seu coração for conquistado, torna-se um amigo para sempre", afirma Maria Luiza. A raça é muito desconfiada com estranhos. Um Akita só recebe bem uma pessoa se seu dono for cordial com ela. Normalmente, demora a se acostumar com desconhecidos. Assim, a aquisição de um exemplar adulto, geralmente, causa alguns problemas. Até o cão aceitar o novo dono, assumirá uma postura distante e fria, sem grandes demonstrações de afeto.Essa reserva se mantém intacta até mesmo diante de situações em que o instinto prevaleceria. O criador Washington Jorge Parente de Oliveira, do Brasil Akita-Ken (São José dos Campos - SP), conta que, certa ocasião, levou seu cão, Butch, para passear no centro comercial da cidade. Lá uma moça ficou encantada com o cão e não tirou mais os olhos dele. O cão também a observava.

Foi daí que ela resolveu dar um pedaço de carne do seu espetinho. E não é que Butch esnobou a oferta e continuou a encará-la! A moça ficou ofendida.

Como todo cão de guarda, o Akita não gosta de estranhos. Ele só os respeita quando estão na companhia de seus donos. Mesmo quando a pessoa lhe é apresentada, o Akita não se tornará seu amigo. A raça não aceita a presença de estranhos em seu território quando o dono está ausente.

Washington afirma que seus cães não gostam de afagos de estranhos, mesmo que sejam amigos seus. Quando isso ocorre, o Akita fecha os olhos em forma de fenda, abaixa as orelhas e o rabo e olha para o dono como se estivesse querendo dizer que não está gostando.

Já com as crianças, seu temperamento é mais brando. Mesmo assim não permite a presença delas em seu território na ausência das pessoas com quem convive e nem gosta que abusem da sua paciência. Solange Brandão Frota, do Canil do Vale Caledônia (Nova Friburgo-RJ) diz que, quando seus filhos estão com os amigos brincando com espadas de plástico, seus cães ficam alertas para se certificar de que não serão machucados. Quando uma criança dá uma espadada na cabeça de um dos filhos da criadora, os cães começam a rosnar. Querem dizer que já está na hora de acabar com a brincadeira.

Mesmo quando filhotes, estes cães são reservados com os desconhecidos. A raça muito cedo já demonstra suas habilidades na guarda. Maria Raquel Malevicz de Vasquez, do Glen Suilag Kennel (Piracicaba-SP), conta que deu um filhote de presente para sua prima, pois seu sítio fora assaltado muitas vezes. Um dia, o cãozinho começou a latir insistentemente. Quando a moça foi verificar, encontrou um rapaz tentando roubar o caminhão de seu pai. Logo que o indivíduo se deparou com o Akita (na época com 7 meses), começou a correr. O cão estava furioso e partira para o ataque.

Amigo do sossego, o Akita não gosta de ser perturbado nem de perturbar. Quando não quer conversa, dá um alerta com um rosnado baixinho. Muito equilibrado, não ataca pessoas ou animais a troco de nada. "Apesar de bravos, os Akitas são cães de boa natureza. Jamais atacam por trás ou sem avisar. Um dia meu Poodle estava amolando um de meus cães, que o advertiu prensando-o com o focinho no chão. Se não tivesse caráter talvez o mataria com apenas uma dentada", conta Maria Raquel.

A extrema fidelidade aos donos aliada à inegável coragem faz com que a raça seja associada à figura do Samurai - guerreiro que servia a um só senhor e por este não hesitava em dar sua própria vida. Esse cão protege seu dono e seu território por amor. Quando há um estranho por perto, ele se coloca imediatamente de prontidão na guarda. Fica observando cada movimento da pessoa, não desviando a atenção por um segundo. Se pressente algo suspeito, dá um latido rouco e baixo, em sinal de advertência. É como se impusesse um limite, o qual não deve ser ultrapassado. Caso a pessoa desrespeite esse limite, ele começa a espumar pela boca, eriça os pêlos e se arma para o ataque.

Durante o trabalho de guarda, o Akita não dorme em serviço. Trabalha essencialmente com a audição e visão. É capaz de detectar a presença de um estranho a muitos metros de distância. Se alguém invade seu território, não sossega enquanto não avisar seu dono, fazendo-o de modo discreto. Graças a esta maneira quieta e eficaz na abordagem de estranhos, existem vários casos em que os assaltantes foram pegos desprevenidos por um Akita, pois não sabiam que havia um cão por perto.

Akita - Matéria de 1979

Akita, o cão de guarda japonês que está fazendo sucesso no Brasil


Vigoroso, capaz de incríveis atos de coragem e demonstrações de afeto, o akita já foi puxador de trenó e até caçador de ursos. Hoje, é o mais popular cão de companhia do Japão, apesar de praticamente desconhecido entre nós. Se você escolhê-lo como amigo, pode contar com seu carinho, dedicação e extrema lealdade, por toda a vida. Veja aqui como ele chegou ao Brasil.
O que você acha de um cão muito valente, extremamente dedicado ao dono, ótimo guardião da casa e que, além de tudo isso, é fofo como um bichinho de pelúcia? Não existe um cão assim? Então é porque você ainda não conhece o akita, um imigrante japonês que viajou milhares de quilômetros para chegar até nós, e que está se adaptando muito bem no Brasil.

Os primeiros exemplares da raça foram trazidos do Japão há apenas cinco anos, pelo canil Bras Dog. A partir daí, a criação do akita se difundiu rapidamente, e hoje existem cerca de trezentas famílias, que têm em casa esse magnífico animal.

UM POUCO DE HISTÓRIA
Os irmãos Massaro e Katsu Sassaki, proprietários do Canil Minguei, especializado na criação do akita, contam com entusiasmo que a raça existe há mais de trezentos anos no Japão. "É um animal originário do Norte do Japão, a área mais fria do país. Antigamente ele era usado para caçar ursos e puxar trenós. Depois transformou-se no mais popular cão de guarda das famílias japonesas". No Japão, a briga de cães é um esporte bastante apreciado. por seu porte físico e grande coragem, o akita foi experimentado nesse tipo de competição, mas revelou-se incapaz para a prática do bárbaro espetáculo.

Na verdade, apesar de feroz com os intrusos, o akita é um cão de ótima índole, sendo excelente companheiro de toda a família, inclusive das crianças. Um cão com tal temperamento seria incapaz de servir para batalhas campais com seus irmãos.

EXEMPLO DE DEDICAÇÃO
Massaro e Katsu Sassaki, que já ganharam vários prêmios em exposições com o akita, colecionam revistas japonesas que falam dos feitos da raça em seu país de origem. Masaro, o mais moço, conta que está tratando da importação de um macho do Japão para cruzar com a cadela Wadashime of Brasdog, de 30 meses, detentora do título de campeã, "para melhorar a qualidade do akita no Brasil". E seu irmão mais velho, Katsu, traduz de uma revista japonesa, uma comovente história: "Havia em Tóquio um professor que possuía um cão da raça akita. Todo dia o cachorro ia com seu dono até a estação de trem, esperava que ele embarcasse e depois voltava sozinho para casa. Um dia o professor faleceu no trabalho e seu fiel companheiro não pôde mais revê-lo. Durante nove anos, enquanto viveu, o cachorro continuou indo, diariamente, à hora certa, até a estação do trem, como seu dono o havia habituado". Acaba o relato sem fazer comentários. Apenas afaga a cabeça da cadela Wadashime, que está deitada a seus pés.

UM ANIMAL ESPLÊNDIDO
Dotado de porte majestoso, aparentando grande força física sem ser pesado, com uns olhos rasgados e cauda em semi-círculo que o tornam semelhante ao malamute do Alaska, o akita é um cão tranquilo, que late pouco, mas se mostra sempre alerta no momento necessário. Segundo Katsu Sassaki, no Japão, muitas mães deixam seus bebês no berço enquanto vão às compras ou mesmo para o trabalho e o akita toma conta deles como uma babá eficiente. Esta aparente placidez se tranforma por completo quando se trata de defender a propriedade do dono. Com estranhos, o akita é um cão de guarda implacável, que chega sem fazer barulho e ataca na hora certa. Aí, seu porte físico (40 quilos para a fêmea, 45 para o macho), agilidade e coragem se tornam armas eficientes. Quem se atrever a enfrentá-lo corre sérios riscos.

Como ressalta Massaro Sassaki é um animal dotado de grande inteligência e sensibilidade. É fácil e importante adestrá-lo, pois assimila o treinamento com rapidez e fica um cão controlado, obediente, que só atacará quando receber ordens para isso.


ADAPTAÇÃO PERFEITA
Apesar de ter pelagem abundante como todo cão de clima frio, o akita está se adaptando muito bem às temperaturas do Brasil. Além disso, como destacam Massaro e Katsu, é um animal forte, resistente a doenças, que dispensa corte de orelhas , cauda e até mesmo do pelo. Este precisa apenas ser escovado regularmente. Quanto à alimentação, o akita come arroz, legumes e pedacinhos de carne, e aceita muito bem ração. É menos guloso que um pastor alemão, por exemplo, que tem mais ou menos o mesmo porte, O pelo pode ser preto, branco, vermelho tigrado, porém sua marca registrada são as patas, sempre brancas nos bons exemplares da raça

Convivência com o akita

A cada dia que passa a raça akita toma mais e mais espaço na vida dos brasileiros, sejam eles decendentes de japoneses ou não, a popularização da raça se dá por inumeros motivos, temperamento equilibrado, limpeza, silêncio na guarda, etc... assim sendo crescem também as dúvidas sobre a raça, seja sobre o seu temperamento, o convivio no seio da família, alimentação e cuidados, nesta matéria vamos mesclar informações de publicações consagradas, como revistas, livros e algumas experiência pessoais e relatos de proprietários tentando assim elucidar um pouco mais desta raça tão singular.Boa leitura.
COM GENTE DE CASA

O Akita elege um dono preferido ao qual ele se liga e se dirige com maior frequência, embora se apegue e obedeça a todos os membros da família.É um dos cães que menos solicitam a atenção do dono.Quando adulto, torna-se independente e se dá por satisfeito com alguns afagos, sem procurar companhia em tempo integral.Em vez de acompanhar o dono de um lado para o outro, prefere segui-lo com o olhar, só se dirigindo á ele se perceber a necessidade de sua presença ou algo curioso que chame sua atenção.

OBEDIÊNCIA E EDUCAÇÃO

O Akita não é de ficar testando a liderança do dono de maneira acentuada, ao contrário do que acontece com várias outras raças.A vantagem dessa característica é que até mesmo o dono inexperiente em lidar com cães consegue ser respeitado nos limites que impoe.Se um Akita for educado desde pequeno, com bom senso e respeito, e ensinado a não frequentar determinados lugares e a não tocar em certos objetos, adotará o comportamento desejado.

GRAU DE ATIVIDADE

A posição favorita do Akita é ficar deitado.Ás vezes, ele se levanta, dá uma volta, e rotorna ao seu repouso.Esse estilo pacato o torna interessante para quem quer um cão grande em pequenos espaços ou em ambientes internos.Apesar de não se movimentar muito por iniciativa própria e de não precisar de muito exercício, é um bom acompanhante em caminhadas e brincadeiras.

COM PESSOAS AMIGAS, E DE FORA DE CASA

Desconfiado por natureza, o Akita não festeja a chegada de estranhos, nem abana a cauda para elas.Mesmo quando são amistosos e só dão sinais de respeito e paz, como falar baixo, evitar gestos bruscos e ficar perto de alguém da casa.Com estranhos, o Akita se mantém reservado, observando.Dificilmente faz amizade com qualquer pessoa, mas, depois de ser conquistado, torna-se um grande amigo.Em abraços calorosos e tapinhas nas constas dados ao anfitrião pela visita, o Aktia pode presentir risco para o dono e entrar em prontidão para o ataque.Se um desconhecido amigável tentar fazer carinho no cão, poderá ouvir um rosnado baixo e levar até uma mordida, sem aviso prévio.

LIMPEZA E HIGIENE

O Akita adquire hábitos de higiene rapidamente e costuma fazer suas necessidades longe de onde fica e de onde come, nem que tenha de esperar horas até ser solto.Não é também um cão que deixe cheiro pela casa.

NA GUARDA

A raça faz defesa por instinto com um estilo tranqüilo e discreto.Alerta, prefere ficar em pontos estratégicos, a partir dos quais possa ter uma visão ampla de seu território.Em último caso, diante de ameaça, o Akita pode latir como advertência, mas sem estardalhaço.Por exemplo, se alguém parar no portão e não tocar a campanhia.Ou se uma pessoa fizer gesto brusco ou for mal-encarada.Quanto a invasores, o Akita não costuma perdoar.Defende seu território em silêncio, agindo de surpresa.Ao passear com um Akita - sempre de guia e coleira ou enforcador - deve-se evitar ou supervisionar o contato com outros cães e pessoas estranhas.

DESTRUTIVIDADE

Morder tênis, sapatos, roer um portão de madeira ou até mesmo puxar roupas do varal são passatempos típicos de qualquer filhote de cão que se preze.O de Akita não foge a regra.Mas passado o primeiro ano de vida, ganha juízo e se torna um cão bastante bem comportado.

O USO DA VOZ

O Akita tem a justa fama de ser o mais silencioso entres os guardiões.Seu latido, rouco e baixo, é ouvido eventualmente.Costumausá-lo para dar alarme ou para, ás vezes, se comunicar com o dono.pode ser que não haja mais água no bebedouro, ou que uma porta, que deveria estar fechada esteja aberta.

COM DONOS MIRINS

Toda criança deve ser orientada a agir com respeito e delicadeza com os animais, isto é básico para a boa convivência.Na lida com o Akita, este preparo é especialmente importante.Diante de brincadeiras insistentes ou bruscas, os cães da raça costumam se afastar e se recolher a um de seus locais favoritos.Mas, se este incomodo persistir, eles podem rosnar em sinal de advertência ou até mesmo dar uma mordida de aviso.

COM CÃES E ANIMAIS

O Akita adulto se sente dono de seu território.Não tolera desafios.A intolerância é mais acentuada nos machos, mas ocorre também nas fêmeas, sendo que a incsidência de brigas entre elas ocorre com maior intensidade quando uma delas ou ambas estão no cio.Se um Akita adulto se sentir desafiado, o mais provavel é que responda com briga feia.Por isso, a recomendação é evitar colocar juntos exemplares do mesmo sexo.pode haver excessões? Sim elas sempre existem, mesmo assim é melhor não confiar e ficar de olho.É possivel o convívio entre akitas dois Akitas ou entre um Akita e um cão de outra raça quando são de sexos diferentes.Ou, então, se o Akita crescer junto com um cão do mesmo sexo que já estava na casa, a chance de aceitá-lo quando adulto será maior, desde que o outro cão não o importune.Para um Akita conviver pacíficamente com outros bichos, como gatos e aves, precisa ser acostumado a eles desde pequeno.

OS CUIDADOS DO DIA A DIA

Condicionamento físico - O Akita precisa de exercícios sim, mas sem exageros.Para atender ás necessidades básicas da raça, basta oferecer uma pequena área para voltinhas de vez em quando.Uma caminhada de seis ou sete quilômetros por dia, em passos rápidos, proporciona um ótimo condicionamento físico ao Akita.

Banhos - Recomenda-se dar banho no Akita a cada 3 meses, e manter uma escovação semanal fora da troca de pêlos e escovação diária na época das trocas a cada seis meses, pois o Akita não tem odores fortes.Na hora do banho, para não remover a oleosidade natural dos pêlos, usa-se xampu especial para cães e água morna no inverno e água fria no verão.A recomendação é também válida para não provocar choque térmico no cão, mantido aquecido por sua pelagem.Para não ressecar os pêlos, usa-se o secador ou o soprador - mais recomendado - com ar frio.No inverno, convém dar o banho em dia ensolarado, no horário mais quente.

Pêlos naturalmente belos - A manutenção da pelagem do Akita é simples.Uma boa escovação semanal basta para remover pêlos mortos e manter bonitos os demais.Na época da troca de pêlos, que acontece a cada seis meses, durante 10 a 15 dias, convém fazer escovações diárias.Usa-se escova, do tipo pin brush - escova de alfinetes - ou com pente inox com dentes largos.Para a pelagem do Akita não perder exuberância, convém evitar que ele entre em piscinas, já que os produtos usados na manutenção da água costumam ressecar os pêlos.O Akita não deve ser tosado.Exemplares que participam de exposições podem ter os pêlos aparados no contorno das patas, para intensificar o formato arredondado delas, bem como na barriga em direção ao ventre e em volta do ânus para nivelá-los.

Piso - É importante não deixar o Akita em pisos escorregadios.O piso ideal é anti-derrapante.Além de ajudar a desgastar as unhas e mantê-las lixadas naturalmente, evita escorregões, prejudiciais ao correto paralelismo das pernas e capazes de favorecer males como a displasia coxo-femoral.O chão também não deve esquentar demais com o sol.Há pisos revestidos com placas de pedra que atendem bem a estas recomendações.por ser grande e gostar de ficar parado ou deitado, o Akita, se ficar sobre superficies duras, pode sofrer formação de calos.Para evitá-los o ideal é que a superfície onde ele fica não esfole a pele com atrito em demasia.Um estrado de madeira serve a esse propósito e evita também o contato com a umidade do solo, responsável por problemas de pele.



Atenção á saúde - Conheça as doenças que acometem o Akita e como identificá-las

Adenite Sebácea

DESCRIÇÂO

Destruição das glândulas sebáceas da pele, provocada por uma pré-disposição racial.

SINTOMAS

O pêlo do Akita fica opaco e seco, e apresenta falhas.A pele fica cheia de bolinhas, que podem ter ou não pus.O pêlo seco adere aos fragmentos de sêbo e pele descamada.

CONSEQUENCIAS

Infecções secundárias por bactéria e fungos.

PREVENÇÂO
não há

TRATAMENTO

Hidratação da pele, suplemento de ácidos graxose drogas específicas



Sindrome de Voght Koyanagi ou Sindrome Úveo-Dermatológica

DESCRIÇÃO

No ínicio, há a inflamação da úvea(conjunto da íris, membrana coróide e músculo ciliar) e, na maioria dos casos, lesões dermatológicas nas palpebras, lábios e no focinho.Em seguida, vem a cegueira repentina.

SINTOMAS

Aparecem normalmente entre o primeiro e o terceiro anos de vida.São: lacrimejamento, córneas opacas, aumento do volume do globo ocular, dor e prostação.

CONSEQUENCIAS

Cegueira

PREVENÇÂO

não há

TRATAMENTO

Não há cura.Imunossupressores podem ser usados para amenizar os sintomas da doença, mas o uso continuado pode provocar efeitos colaterais nocivos.



Pênfigo Foliáceo

DESCRIÇÂO

Doença auto-imune.Causa feridas com pus e crostas na focinho, no abdome e, ás vezes, nas margens das orelhas e nos coxins plantares

SINTOMAS

O primeiro alerta é o focinho descamado e irritado, muitas vezes com sangramentos constantes.Em seguida, surgem bolhas que, quando estouram, deixam uma crosta na pele.

CONSEQUENCIAS

Pode evoluir para a piodermite generalizada(inflamação da pele, com pus), que, por sua vez, leva á nefrite(infecção dos rins), á endocardite(infecção do músculo do coração) e á morte.

PREVENÇÂO

não há

TRATAMENTO

Não há cura.O veterinário pode indicar medicamentos imunossupressores, como os corticóides, para aliviar os sintomas, porém o uso continuado pode provocar efeitos colaterais nocivos.


FONTES

FONTES:

Revista Cães e CIA Número 301 - Junho 2004
Livro Maravilhosos Akitas - Soraya de Castro Guedes
World Union Of Akitas Clubs - http://www.akita.no/
Japan Kennel Club - http://www.jkc.or.jp/
Japanese Akita Club Of America - http://akita-inu.com/

HIstória :O Cão Guardião

Hariko Inu, o cão-guardião
Os cães são protetores naturais dos homens, são fiéis aos seus donos e estão sempre ao seu lado, com a incrível capacidade de detectar situações perigosas às quais estão sujeitos no cotidiano. Antigamente, os japoneses acreditavam que os cães tinham faro para identificar os oni (demônios), que, muitas vezes, se disfarçavam em forma humana para infiltrar-se em povoados e praticar o mal. A crença popular nipônica conta que os cachorros são associados à proteção de crianças, por isso existe um talismã antigo, que até hoje é muito popular, chamado Hariko Inu; trata-se de um cachorrinho feito de papel machê e pintado com cores fortes. Dizem que esse talismã traz sorte, saúde e proteção. Por isso, as mães, quando vão ganhar um filho, ou quando a família tem bebê em casa, deixam o Hariko Inu enfeitando o quarto, para que a criança cresça com saúde e esteja sempre protegida dos demônios.

Existem algumas versões sobre a origem do Hariko Inu, mas esta é particularmente interessante, porque envolve o grande mestre Kukai (nascido no Ano do Tigre de Madeira – 774) que ficou conhecido, após a sua morte, como Kobo Daishi, o fundador da seita budista Shingon.

Durante sua peregrinação na ilha de Shikoku, o monge Kukai passou a noite na cabana de um lavrador. O dono da casa era um senhor muito amável e o hospedou com grande alegria e cordialidade. Kukai, então, disse que gostaria de recompensá-los pela hospedagem e pediu que dissessem como ou quanto deveria pagar.

O lavrador recusou pagamento, mas, devido à insistência do monge, disse que gostaria de receber um amuleto e justificou:

- Nós não tivemos sorte com o tempo nesses últimos anos. Nossa plantação de arroz tem sido devastada por javalis selvagens e, quando os cachos de arroz estão madurando, são devorados pelos pássaros. Sem dizer que, às vezes, existem secas em época de crescimento ou enchentes antes da colheita.

O monge, então, rabiscou alguma coisa em um pedaço de papel, depois dobrou-o cuidadosamente em forma de envelope. Essa dobradura foi pregada na porta do celeiro.

Naquele ano, a colheita foi normal, nenhuma intempérie veio a prejudicar a boa safra. No ano seguinte, a mesma felicidade. Os agricultores festejaram a boa colheita com um festival de tambores e danças. No terceiro ano, a mesma coisa.

O agricultor e a esposa estavam muito felizes com a simpatia que o monge Kukai havia lhes presenteado. Porém, durante os três anos a curiosidade foi crescendo, crescendo e até que, não agüentando mais, abriram o papel para ver o que o monge havia rabiscado ali.

Não deu tempo de o casal ver o que estava escrito no papel. Bastou começar abrir a dobradura e um cachorro pulou para fora do papel. O cachorro sumiu, nunca mais voltou, e ninguém sabe para onde ele foi. O papel estava em branco, mas o lavrador e sua esposa haviam visto Kukai rabiscar alguma coisa nele. Desde então, a colheita não foi mais boa. Como se houvesse perdido a proteção divina, a plantação de arroz passou por toda sorte de dificuldades, até mesmo ataque de insetos.

O pessoal da aldeia raciocinou que o cachorro estava protegendo a casa e a plantação de arroz. E, desde então, passaram a confeccionar pequenos cachorros de papel machê, para ficar de guarda, protegendo a casa e as crianças enquanto os pais trabalhavam na roça.

Restou a curiosidade do povo. Alguns disseram que o monge teria escrito simplesmente a palavra inu (cão); outros disseram que ele fez desenho de um cachorro, pois, além de monge, calígrafo e poeta, era excelente desenhista. Há também estudiosos de seitas que afirmam que Kukai escreveu Inukami, que pode ser traduzido como “deus cão” (inu=cão e kami = deus). Uma vez que papel também é kami em japonês, quando o casal abriu a dobradura, a palavra ganhou vida e materializou-se em animal.

Escolhendo o filhote

Bem chegou a hora de escolher o lugar de onde iremos adquirir o nosso filhote de Akita (ou mesmo de outra raça a dica é a mesma para ambos), e agora como proceder?

Bem não vamos aqui citar um artigo acadêmico ou dissertar em cima de tese de doutorado, porém existem algumas dicas básicas que nos ajudam na hora de escolher o nosso filhote, que vai os acompanhar pelos próximos 10 ou até quem sabe com muita saúde e sorte 15 anos!

Nota do Administrador:

O Clube do Akita não quer com esta matéria dizer o que é certo ou errado e nem ser o mantenedor da verdade, apenas auxiliar os novos compradores/proprietários na escolha de um filhote que vá lhe trazer alegrias futuras, acreditamos que a compra de um filhote vindo de um canil constituido é mais segura e correta por trazer maiores garantias quanto a transação realizada, como linha de sangue, procedência dos cães, genética, recibos, contrato de compra e venda, vacinações e medicações corretas, etc... o que não tira o mérito do criador particular que tem um casal apenas, comprado inclusive em um destes canis constituidos e que tirou uma ou duas ninhadas apenas para manutenção e com certeza acabará por se tonar um canil constituído.

1 - Antes de tudo pesquise o canil ou criador, se conseguir fale com quem já comprou filhotes com ele(a) se puder, EXIJA ELABORAÇÃO DE UM CONTRATO DE VENDA DO FILHOTE E CARTEIRINHA DE VACINAÇÃO EM DIA, isso evita prejuizos financeiros e emocionais, acredite eu já passei porisso, não se iluda com conversa de 'entendido no assunto' o bom criador não lhe impõe idéias e nem lhe empurra filhotes, ele lhe auxilia na escolha correta e tira suas dúvidas de bom grado.

2 - Prefira comprar filhotes de canis conhecidos ou criadores que tenham critério na criação ou seja Machos e Fêmeas selecionados, premiados e saudáveis.Não é vergonha perguntar e nem pesquisar antes, é garantia.

3 - Se possivel dê preferência na compra pessoalmente, visite o canil antes da compra.Caso não seja possivel pegue o maior número de informações possiveis antes de efetuar a compra tanto sobre o canil, criador e cães deste canil, se precisar peça cópia do pedigree para analizar a procedência dos pais.

4 - Leia muito antes sobre a raça e peça referências do canil a veterinários da região e clientes do mesmo.Se possivel peça informações sobre a raça a outros proprietários.Pesquise na internet também, com calma você vai achar muitas informações úteis!

5 - Se for ao canil observe a acomodação dos cães tanto dos pais como dos filhotes, lugares muito úmidos ou isolados e sem luz do dia costumam trazer problemas aos animais.

6 - Observe a higiêne do local ( canil ), um canil asseado é um canil saudável.Umidade é mal sinal, claro que se o canil fica em uma cidade ao pé da serra, ou no meio de uma mata você verá umidade, temos de respeitar o critério de observação.

7 - Dê preferência ao canil que lhe der maiores informações e suporte, inclusive aquele que lhe disser quais os contras da criação da raça escolhida.Sim não se iluda, toda raça tem seus prós e contras.

8 - Não abra mão do pedigree nunca, ele é o atestado de pureza da raça que você esta adquirindo e lhe dá inclusive direito de levar o seu cão a exposições futuramente.É comum o cão sem pedigree ser mais barato do que o com, canil sério não dá esta opção, caso o valor do filhote fique fora do seu orçamento peça um parcelamento ou procure outros canis no mesmo nível com custo menor.Não quer dizer que a qualidade seja inferior é critério de cada criador o preço do filhote e dos custos de cada um deles gerou, claro que um filhote filho de um mega campeão internacional terá seu valor onerado, devido ao investimento na raça.

9 - Uma boa dica é observar os cães ao natural no caso da visita ao local(caso possivel), um animal feliz e saudável é alegre e ativo, salvo em suas sonecas diárias, não é dificil perceber se o cão ama o seu criador, é só observar.

10 - Fuja do criador bom de papo, fala macia e esta mais preocupado se vai receber em cheque, cartão ou dinheiro.Com certeza não é um criador sério é vendedor de cachorros.

11 - A idade ideal para o seu amiguinho ir para casa é entre 45 e 60 dias de idade, eu particurlamente acredito que os 60 dias seja o ideal por um simples motivo é nesta fase que o cerebro do filhote(sua psiquê) esta totalmente formada e ele então esta apto a aprender tudo como um cão adulto aprende, vermifugado e vacinado com a primeira dose da V8 ou V10 importada ou não isso depende do criador.Consulte o seu veterinário se o tiver.

12 - Por último e não menos importante, ouça as dicas do criador para escolher o seu novo amiguinho mas nunca deixe de escolher aquele em que você bater o olho e se apaixonar, tire dúvidas, pergunte tudo o que desejar ao criador, se ele for um amante da raça que cria não terá problemas em lhe responder tudo o que souber, com certeza este filhote será um amigo fiel e companheiro inseparável.

Outras dicas:

O filhote sadio é viváz e alegre, tem olhos brilhantes e sem secreções, pêlo sedoso e macio sem falhas ou descamações, os cãezinhos não podem ter o abdomên muito dilatado e nem aparentar apatia pois isto pode indicar vermes, as fezes dos filhotes não devem ser liquidas ou pastosas.

Plantas Tóxicas

PLANTAS ORNAMENTAIS TÓXICAS
O envenenamento de cães, principalmente filhotes por plantas ornamentais tóxicas em nossas casas ou mesmo na rua tem aumentado bastante nos últimos tempos, seja pelo grande número de belos jardins e vasos que mantemos em nossas residências, seja pelo total desconhecimento do mal que elas podem causar aos nossos amados amigos peludos, este artigo tem o intuito de ajudar na identificação destes perigos aos animais domésticos.


FATORES PARA QUE OCORRA A INTOXICAÇÃO:
1. Idade (filhotes são mais susceptíveis pela curiosidade)
2. Fastio
3. Mudanças à sua volta

FONTE DE PLANTAS TÓXICAS:

1. LOCALIZAÇÃO

PLANTAS DE VASO:

• Dieffenbachia picta (comigo ninguém pode)
• Monstera sp (costela de adão, dragão fedorento, 7facadas)
• Alocasia sp (orelha de elefante, orelha de burro, pulmãode aço)
• Nerium oleander (espirradeira)

JARDINS E QUINTAIS:

• Ricinus comunis (mamona)
• Iris sp
• Tulipa sp
• Rhododendron sp (azaléa)
• Arbus precatorius (olho de cabra)
• Euphorbia pulcherrina
• Philodendron sp (cipó-imbé, barra de macaco,filodendro)
• Nicotiana tabacum
• Narcisus sp

PLANTAS QUE CAUSAM GASTRITE E ESTOMATITE

• Amaryllis sp
• Rhododendron sp
• Tulipa sp
• Narcisus sp
• Iris sp
• Euphorbia pulcherrina (bico de papagaio)
* a azaléa produz uma toxina (antrometotoxina); uma pequenaquantidade é capaz de provocar a intoxicação que ocorreapós 6 horas. Há um aumento de defecação(não é diarréia), porém dificilmente causa amorte.
Tratamento: sintomático + fluidoterapia


PLANTAS QUE CAUSAM GASTRITE E ENTERITE

• Abrus precatorius (toxina é a abrina)
• Ricinus comunis (toxina é a ricina)
* o Abrus precatorius possui a toxina (uma proteína) maispotente conhecida, onde meia semente é capaz de matar uma pessoa. Oanimal apresenta diarréia catarral hemorrágica intensa,ocorrendo óbito após 24h se não tratado.
Tratamento: lavagem gástrica + protetor de mucosa

PLANTAS QUE CAUSAM ESTOMATITE E GLOSSITE

• Dieffenbachia picta
• Monstera sp
• Alocasia sp
• Philodendron sp
* a toxina é uma substância semelhante à umaproteína, que promove liberação de histamina pelosmastócitos. Pode promover edema de glote e o animal morrer porasfixia.
Tratamento: anti-histamínico + diurético

PLANTAS QUE ATUAM SOBRE O SNC

De uso lícito:
• Nicotina tabacum (princípio ativo= nicotina)
* age em receptores nicotínicos colinérgicos(ação semelhante ao curare). Em doses pequenas, provocaexcitação, tremores musculares e ataxia. Em doses altasprovoca depressão.
Tratamento: bloqueador ganglionar do tipo não despolarizante, queé um antagonista da nicotina quando o animal está excitado (ex:mecamelamina). Respiração artificial quando o animalestá na segunda fase ( fase de depressão ). É importanterealizar diagnóstico diferencial com intoxicação pororganofosforados, onde se usa atropina.
De uso ilícito:
• Datura stramonium (saia branca, trombeta)
Pricípio ativo: alcalóides tropânicos (escopolamina,niosciamina, atropina).
Atuam em receptores colinérgicos muscarínicos. Os sintomassão alucinações, delírios, secura dassecreções, taquicardia, midríase, pele seca e quente emeteorismo.
Tratamento: anticolinesterásico, antagonista colinérgico(neostigmina). Para auxílio diagnóstico, deve-se coletarurina, instilar no olho do camundongo e observar midríase.
• Cannabis sativa (maconha)
Princípio ativo: THC (tetrahidrocanabiol)
Os sintomas são: animal depressivo e às vezes agressivoquando estimulado, olhos "vidrados", perda de noção deambiente.
Tratamento: estimulante inespecífico de SNC, pentileno tetrazol(0,25 mg/Kg) + anequetamina (analéptico respiratório).

PLANTAS DE AÇÃOCARDIOTÓXICA

• Digitalis purpura (dedaleira)
• Nerium oleander (espirradeira)
Princípio tóxico: glicosídeos cardioativos (aumentamos níveis de digoxina), atuam na bomba de NaK ATPase.
Os sintomas são: bradicardia, aumento da força decontração cardíaca, fibrilaçãocardíaca, com os bat. chegando perto de 20/min., a morte estápróxima.
Tratamento: antiarrítmico, procainamida (100-500 mg) , cloridrato depotássio (monitorar pelo ECG).

OS 10 MANDAMENTOS DE UM CÃO

DO PONTO DE VISTA DELE

1.Minha vida deve durar entre 10 a 15 anos.Qualquer separação entre nós vai ser muito dolorosa para mim.Lembre-se disso antes de me levar para sua casa

2.Dê-me tempo para entender o que você deseja de mim, que lhe corresponderei com todo prazer e alegria.

3.Deposite sua confiança em mim.

4.Não fique zangado comigo por muito tempo nem me prenda por castigo.Você tem suas diversões, seus amigos, eu só tenho você.

5.Fale comigo de vez em quando.Mesmo que eu não entenda suas palavras eu entendo sua voz.

6.Saiba que, independentemente da forma que você me trate, eu nunca me esquecerei de você.

7.Por favor, não me bata.Eu não posso bater de volta, mas posso morder e lhe arranhar, o que, na realidade eu não quero fazer.

8.Antes que você me repreenda por falta de cooperação, teimosia ou preguiça pergunte-se se não tem alguma coisa me incomodando.Talvez eu não esteja comendo a ração correta, ou esteja no sol por muito tempo, ou meu coração esteja ficando fraco e velho.

9.Cuide de mim quando eu ficar velho.Você também ficará velho um dia.

10.Vá comigo ás jornadas difíceis, como ao veterinário.Nunca diga 'eu não aguento assistir' ou deixe que aconteça quando eu não estiver junto de você.Tudo é mais fácil para mim se você esta por perto.Lembre-se: Eu o amo e só tenho a você.Meu dono responsável e amigo.

Linguagem Canina

O cão está latindo:

Da mesma forma que você se expressa de diferentes maneiras, os cães têm vários tipos de latidos. Basicamente, pode expressar três coisas principais: um pedido, um aviso e a ameaça de ataque.

1- Quando os latidos têm intervalos longos, do tipo "au......au......au", com uns 15 segundos entre os latidos, é porque seu cão está pedindo algo, como água, comida ou quer dar uma voltinha. Pode ser ainda que ele simplesmente queira que você abra a porta para ele entrar ou sair. Neste caso é provável que depois de latir ele corra e fique parado em frente a porta tentando chamar sua atenção para a saída.

2- O latido, de alerta ou de advertência é dado sempre que um estranho se aproxima e você pode conferir de vez se ele abaixar um pouco as orelhas, franzindo o nariz às vezes rosnando. Outro bom indicativo é reparar se os pêlos das costas estão eriçados. O latido tem intervalos menores entre um e outro, mais ou menos uns 3 segundos.

3- Agora, se ele disparar a latir como um doido, praticamente sem parar, é latido de ataque: ele quer defender seu território, ou o dono, sua comida ou até mesmo sua fêmea. A cara fica toda franzida, os dentes á mostra, as orelhas abaixadas para trás e ele pode avançar e recuar, pronto para morder, como nós dá pra pereber na voz do animal o tom ameaçador, nervoso.

Ele resmunga:

O cão fica resmungando quando é deixado de lado. É praticamente um queixume, quase como se ele quisesse chorar. Se depois de resmungar ele não for atendido, é fatal que comece a latir.

Voltinhas em círculo e arranhões antes de dormir:

Esse é um hábito herdado da vida selvagem, pois o cão precisava afofar a terra onde dormia. As voltas orientam a direção, norte ou sul.

Uma lambidinha:

É um beijão em você, só que mais molhado. Trata-se da maior demonstração de afeto de um cão, especialmente quando lamber seu rosto e suas mãos, que são partes mais descobertas e, em geral, que estão em maior contato com o cão.

Balança o rabinho :

Se a cauda estiver na posição normal, ele está hiper-contente. Se estiver entre as pernas, acuda porque seu cachorro está pedindo socorro. Cães habituados a fazer as necessidades fora de casa podem exibir esse jeitinho, porque estão "apertados".

Ele começou a uivar:

No cio, quando os cães ficam separados das fêmeas, os machos põem a boca no trombone. Em grupo, também fazem isso. É uma herança dos antepassados. Pode ser ainda que o cão esteja uivando de fome ou de solidão, por isso, dê uma olhadinha nele e no seu prato.

Uma cutucada com o focinho: Ele só quer chamar sua atenção! Provavelmente, vai mostrar uns olhinhos bem pidões, de quem quer alguma guloseima, dar um passeio ou mesmo uns afagos na cabeça. A cutucada também pode vir acompanhada de uma patada rápida; este sim é um sinal evidente de "ei, olhe para mim!"

Cheira o rabo dos outros cães:

Ele está cumprimentando outro animal da espécie canina. Funciona como "olá, amigo!" O cão identifica o outro através de um odor individual exalado pela glândula ad'anal, que existe na região.

Raspa a terra ou grama cobrindo as fezes:

Segundo uma das teorias, o cão estaria fazendo um controle sanitário, pois encobre as fezes para que outro animal não se contamine com verminose ou outras doenças. Outra corrente acredita que o cão tem este comportamento devido a hábitos adquiridos no passado, quando precisava camuflar seus rastros, para evitar confrontos com possíveis inimigos.

Barriguinha para o alto:

É o sinal de "submissão" e/ou "se entrega todo para você" . Numa briga, por exemplo, quando o cão vira de barriga para cima é porque entregou os pontos. Nas brincadeiras, seu cão pode ficar nessa posição, que é uma forma bem legal de lhe agradar, mostra que você é mesmo o dono e que quer carinho.

Esconde objetos:

É um comportamento herdado da vida selvagem, quando o cão estocava sob a terra a comida excedente, prevendo tempos de escassez. O costume se manteve e seu cão pode fazer também tocas ao ar livre, quando possível, ou procurar cantos escuros da casa, levando para lá todos seus objetos e brinquedos preferidos.

Esfrega, esfrega:

Em geral, é uma brincadeira, um pedido de carinho. Se ele deitar no chão, com as patas para cima, não resista e divirtam-se juntos. Se ele ficar passando no meio das suas pernas, feito um gato, é vontade de ser acarinhado.

Ele fez cocô ou xixi nas suas coisas:

Xixi nos cantos da casa é coisa de cachorro marcando seu território. Mas se andou sujando as suas coisas, em cima da cama, nos livros, é porque está de mal com você e deixa bem claro! Outra forma de demonstrar zanga canina pode ser despedaçando coisas suas. Nos filhotes, essa é uma atitude comum, mas aí é coisa de infância e basta falar num tem enérgico que eles se aquietam.

Ele persegue gatos:

O cão vê os gatos mais como um divertimento do que como uma possível refeição. Estes animais despertam os instintos predatórios e inatos do cão, pois são pequenos, peludos, rápidos e estão sempre prontos a fugir. O cão consegue distinguir perfeitamente os diferentes gatos, e por isso pode conviver muito bem com o gato da família. É muito comum, por exemplo, que o cão persiga um gato estranho no quintal e depois se deite ao lado do gato da casa.

Abaixar sobre as duas patas dianteiras abertas:

Com este comportamento ele esta chamando outros cães e á você para brincar, é como dizer "Ei! Esta afim de correr comigo?", "Vamos brincar de paga, pega?", "Quer brincar?", geralmente com pequenos latidinhos e boca aberta com lingua pra fora.

Se aproximar de outro cão desconhecido fazendo um grande arco:

É também uma atitude ancestral e tem duas fases, ao avistar uma cão estranho em campo aberto se ele se aproxima fazendo uma grande "arco" indo lentamente até chegar ao outro cão ele esta dizendo "Olá! Tudo bem?Vim em paz!Não quero briga, quero te conhecer", se o arco diminuir e mudar de direção/sentido ao se aproximar mais como se fosse cercar o outro e a velocidade for um pouco maior, pode se preparar para separar as crianças pois é briga na certa, a mensagem é mais "E ai cara, quer o que por estas bandas?!", um olhar fixo no outro também é sinal ameaçador.

Lamber o próprio nariz, bocejar e virar o rosto para os lados:

Visualize a seguinte situação, você vê uma "traquinagem" do seu filhote ou cão adualto, e o chama enérgico "Argos vem cá!!", ele não é bobo logo percebe que a coisa vai ficar feia, se o tom não for extremamente agressivo o que poderia fazer o cão fugir de você for só de "O papai não gostou disso", e ele interpreta em seu corpo uma postura de rigidez e autoridade, ele imediatamente senta ou deita, ou mesmo fica na sua frente de longe lambendo o prórpio nariz, bocejando ou virando o rosto calmamente para um lado ou para outro, tentnaod te manda ro seguinte recado: "Calma papai, foi só um tênis nike de 400 reais, esta tudo bem, ainda sou seu bebê, não fique nervoso" portanto é um "sinal calmante" pra amenizar a situação.(risos)

Fogos e Animais

CUIDADOS COM OS FOGOS DE ARTIFÍCIO DURANTE AS FESTAS DE FIM DE ANO, JUNINAS, COPAS E EVENTOS. (HUMANOS E ANIMAIS)


Você tem um cão?
Ah, é um gato que você tem?

Se você não tem, algum parente, vizinho ou amigo seu tem, não?

Por favor, leia com atenção:


Fogos de artifício são responsáveis por acidentes dos mais variados tipos, principalmente com cães.


É grande o número de fugas e o consequente desaparecimento do animal, atropelamentos, ataques (investidas contra os próprios donos e outras pessoas), brigas (inclusive com outros animais com os quais convivem), mutilações em grades e portões, enforcamentos com as próprias coleiras, afogamentos em piscinas, quedas de andares e alturas superiores, aprisionamentos indesejados em porões e em lugares de difícil acesso, alem de paradas cardiorespiratórias, etc.

Em pânico, o animal desorientado entra em desarmonia com o ambiente. Isso não é bom para ele, e se tratando de cães de grande porte, passa a ser também muito perigoso para as pessoas e outros animais.

Procure evitar tudo isso garantindo condições mínimas de segurança, evitando ambientes conturbados e barulhentos (desde antes do espocar dos fogos), passe-lhe paz e tranquilidade, e a sensação de que tudo está bem e sob controle.

Reações de medo, susto e espanto demonstradas pelo(s) dono(s) e/ou outras pessoas, o deixarão inseguro, o que pode reverter em agressividade, fuga, e/ou farão com que ele procure tomar o controle da situação. Cães são lobos domesticados, que por natureza identificam e respeitam um lider. Não havendo o lider, ele o será. Situações de descontrole e desordem são propicias para que tente assumir a liderança. (( A voz de comando é o exemplo de liderança)).

As consequências dos acidentes, são serias mutilações e ferimentos, o aumento de animais perdidos nas ruas (vindo a somar com os que já são animais de rua), o que é um grave transtorno p/ aqueles que se dedicam a trabalhar com a causa), alem é claro, da dor da perda definitiva de um animal estimado.

Tudo isso pode ser evitado com prudência, atenção e um pouco de boa vontade.

Alguns veterinários aconselham o uso de tampões de algodão nos ouvidos que podem ser colocados minutos antes e tirados logo os fogos, assim como calmantes naturais que apresentam resultado bastante eficiente para os animais que historicamente apresentam o estresse. (consulte o veterinário)

Algumas dicas úteis:

1.Acomodar os animais dentro de casa, em lugar onde possam se sentir em segurança, com iluminação suave e se possível um radio ligado com música com volume moderado;
2.Fechar portas e janelas para evitar fugas e suicídios;
3.Dar alimentos leves, pois distúrbios digestivos provocados pelo pânico podem matar (torção de estômago, por exemplo);
4.Cobrir gaiolas de pássaros e checar cercados de animais (cabras, galinhas etc.);
5.Cobertores pesados estendidos nas janela abafam o som, assim como cobertores no chão ou um edredom sobre o animal;
6.Não deixar muitos cães juntos, pois, excitados pelo barulho, brigam até a morte. Tente deixá-los em quartos separados pois, na hora dos fogos, eles poderão morder-se uns aos outros, no desespero;
7.Um pouco antes da meia-noite leve seu animal para perto da tv ou de um aparelho de som e aumente aos poucos o volume de tal forma que ele se distraia e se acostume com um som alto. Assim não ficará tão assustado com o barulho intenso e inesperado dos fogos;
8.Procurar um veterinário para sedar os animais no caso de não poder colocá-los para dentro de casa. Animais acorrentados acabaram se enforcando em função do pânico;
9.Alguns veterinários aconselham o uso de tampões de algodão nos ouvidos que podem ser colocados minutos antes e tirados logo após os fogos;
10.Assim como calmantes naturais que apresentam resultado bastante eficiente para os animais que historicamente apresentam o estresse.


A a drª Martha Follain, aconselha também a administração de florais para esses casos. http://www.floraisecia.com.br/


PRATIQUE A POSSE RESPONSÁVEL DE ANIMAIS.

VAMOS PREVENIR?


CUIDADOS TAMBÉM COM CRIANÇAS E DULTOS. FOGOS DE ARTIFÍCIO CONTINUAM
MUTILANDO PESSOAS TODOS OS DIAS.

Filhotes do Akita

NASCIMENTO

Parto e número de filhotes:
Uma fêmea da raça Akita pode gerar um número variável de filhotes, mas em média terá entre 4 e 8 filhotes. Em minha opinião, o ideal é quando a ninhada não ultrapassa 5 ou 6 filhotes, o que proporciona que a cadela possa cuidar melhor deles e que os mesmos possam se desenvolver da melhor maneira possível. Penso que o parto deve ser acompanhado. Quando se fizer necessário, é importante a interferência de uma pessoa que auxilie a tarefa da cadela que, às vezes, não consegue ser eficiente no rompimento do saquinho que envolve o filhotinho ou em esquentá-lo, ou mesmo em colocá-lo na teta.Seja por cansaço ou por inexperiência, a falha da cadela nessas funções pode determinar que o filhote não se reanime ou mesmo causar a morte do mesmo.

Cor dos filhotes:
Como se sabe são 4 as cores características do Akita: branco, vermelho, tigrado e sézamo. Com relação ao branco não tenho dúvida de sua cor desde o nascimento. Mas no que diz respeito às outras cores, ao olharmos um filhotinho recém nascido, não necessariamente podemos prever a cor que terá o cão adulto. No caso de um Akita adulto vermelho, na maioria das vezes o filhote nasce marrom acinzentado. No entanto, pode acontecer que nasça muito escuro, quase preto e, na medida em que passa o tempo, a pelagem vai ficando "furtacor", surgindo fios vermelhos misturados a fios pretos. Esta mistura de cores vai então evoluindo, até surgir uma dominância vermelha, que vai se definindo gradativamente até os18/24 meses. Nestes cães, em geral, o vermelho corresponderá a uma tonalidade mais intensa do vermelho. Quando se dá esta evolução na cor da pelagem, mas até os 2 anos o Akita mantém-se vermelho com uma raja escura emcima do dorso, teremos então a cor sézamo ( o fio do pêlo do Akita vermelho é composto por 3 cores: preto na raíz, depois branco e a ponta vermelha; no sézamo há uma inversão dessa ordem, sendo na raíz vermelho, branco no meio e preto nas pontas). Em relação ao tigrado, a maioria das vezes é possível definir sua cor logo após o nascimento, mas há filhotes que também são preticamente pretos ao nascer e só com o tempo é que se definem como tigrados. Estes exemplares, quando adultos, geralmente serão tigrados muito escuros.

CUIDADOS INICIAIS

Peso dos filhotes:
Em minha experiência, o peso médio de um filhote ao nascer deve estar entre 350 e 450 grs., sendo que a tendência é que o macho seja levemente mais pesado que a fêmea, embora esta não seja uma regra fixa. Diz-se que a diferença de peso (tanto no nascimento como nos primeiros meses) depende do tamanho da ninhada e também do fato dos filhotes terem sido gerados em dias diferentes. No entento, esta crença não é aceita por muitos, que argumentam que o processo é muito semelhante ao que ocorre com os humanos: não há regra fixa que define as razões para que alguns "filhotes" sejam menores e outros maiores.

No entanto, em minha experiência, a tendência é que após o 3º ou 4º mês de vida se definem as diferenças de tamanho entre os filhotes de uma mesma ninhada: alguns realmente serão menores, enquanto outros vão alcançar o mesmo tamanho dos maiores da ninhada. É aconselhável, em minha opinião, que os filhotes sejam pesados de 2 em 2 dias, para que aqueles que estejam ganhando menos peso, sejam mais observados e ajudados a ficar nas melhores tetas. Em geral, estes filhotes são os menores ou menos ativos e, por isso, são freqüentemente empurrados pelos outros para as tetas menos fartas. Nos primeiros dias os filhotes ganham em média 50 grs. por dia.

Média do peso aos 15 dias: entre 1 kg e 1,400 kg
Aos 30 dias: entre 2,500 kg e 3 kg
Aos 60 dias: entre 6,500 kg e 8 kg
Aos 90 dias: entre 12 kg e 13 kg

Alimentação dos filhotes:
Nos primeiros 20 dias a alimentação deverá ser exclusivamente o leite oferecido pela mãe. A partir dessa data, quando os filhotes já estiverem em pé e já estiverem com os olhos abertos, ofereço ração moída (ou amolecida), misturada em água ou ricota. Na época em que se introduz a ração, é freqüente qua as fezes fiquem amolecidas, podendo inclusive surgir diarréia (às vezes a ricota pode ser a causa da diarréia, quando deve então ser retirada). Nesta eventualidade costumo dar água de arroz. Se a diarréia persistir, o recurso é a busca do veterinário. Do 20º ao 30º dia permito que a mãe entre na caixa e amamente seus filhotes numa média de 3 a 4 vezes por dia. Depois disso, ela mesma irá se distanciando naturalmente e, quando isso não ocorrer, deve-se forçá-la a isso - os bebês já têm dentinhos que machucam as tetas da mãe. A partir do início da ingestão de alimentos, o único alimento adequado é a ração. Para cães de pêlo a utilização de sal ou açúcar, assim como farináceos, é contra-indicada.

FILHOTES DEIXAM A MÃE
Época em que os filhotes saem de casa:
É freqüente que os filhotes sejam definitivamente separados do resto da ninhada e tenham uma nova casa muito precocemente, pricipalmente quando os mesmos são vendidos ou presenteados a alguém. Considero que antes dos 60 dias, a mudança sempre é uma situação de risco, na medida em que os filhotes muitas vezes ainda nem receberam a 2º dose da vacina. E esse risco é muito maior quando esses filhotes são levados para serem vendidos em feiras de animais, locais em que o risco da contaminação é extremamente grande e a imunidade dos filhotes é muito baixa, sendo freqüente a morte desses animais em decorrência disso.

DIFERENÇA ENTRE FILHOTE E ADULTO

As diferenças entre um filhote e um cão Akita adulto:
De modo geral os filhotes de Akita entre 45 e 60 dias são animaizinhos muito lindos, que encantam irresistivelmente as pessoas. Estou convencida que é muito difícil, para não dizer impossível, saber nessa idade como será o cão quando adulto. Um cão da raça Akita sofre inúmeras modificações ao longo de seu desenvolvimento. Existem alguns aspectos que podem ser avaliados em relação à potencialidade de um filhote, tais como ossatura, proporções, tamanho da cabeça, etc...mas hipóteses que nem sempre se sustentam ao longo do tempo. Existem também outros parâmetros que podem ser levados em consideração para se apostar na qualidade do cão, tais como o conhecimento de seus pais e avós, a excelência do pedigree, mas aqui também somos enfrentados com a complexidade da genética. Além disso, os cuidados dispensados ao cão tem um peso quase tão grande quanto sua ascendência hereditária. Desta forma, aquelas pessoas que desejam ter um cão "para exposição", como se escuta dizer, é mais recomendável que adquiram um exemplar com mais idade, embora isso possa modificar o preço da aquisição do mesmo.

O Cio e o Parto do Akita

As cadelas atingem a maturidade sexual por volta dos seis meses, fazendo depois ciclos mais ou menos regulares de seis em seis meses. Por vezes, com envelhecimento das cadelas, observa-se que estes ciclos tendem a alongar, o que é perfeitamente natural. O cio das cadelas dura cerca de quinze dias, podendo atingir os vinte e um dias. O tempo médio de gestação das cadelas é de 58 a 63 dias, podendo ser ligeiramente superior ou inferior. É preferível o acompanhamento de um médico veterinário durante a gestação até a proximidade do parto, caso o proprietário seja inexperiente, o acompanhamento deve ser estendido até o parto propriamente dito.

O primeiro cio da cadela ocorre entre os 6 até 14 meses de idade, dependendo da raça. Nas cadelas o cio ocorre a cada 6 meses, podendo ocorrer variações dependendo do estado de saúde, uso de hormônios, clima, presença de outros animais e outros fatores.O período fértil ocorre nos últimos 4 dias, quando ocorre a ovulação, ou seja, por volta do 11º dia ao 15º dia, quando cessa o sangramento e a cadela aceita o macho.

Recomenda-se que a fêmea só deva ser acasalada após o terceiro cio. Nessa fase de idade ela já estará amadurecida o suficiente para ter e cuidar de seus filhotes, seu desenvolvimento físico já terá se completado e a gestação não lhe trará problemas de saúde futuros.

O macho pode cruzar a partir de 1 ano de idade, antes disso ele pode não conseguir fertilizar a fêmea.

A escolha do macho também é importante, ele deve ser mais velho e experiente (principalmente se for o primeiro acasalamento da fêmea) e menor do que a fêmea, para que os filhotes não sejam muito grandes e causem problemas na hora do parto. No caso de animais para competição, analise os pontos fracos na sua cadela e escolha um cão que corrigirá essas falhas nos filhotes um deve obrigatóriamente corrigir e fixar problemas e qualidades respectivamente, sem tirar as boas características da mãe é claro.

A freqüência de acasalamento e gestação deve ser a mais baixa possível. Uma fêmea que procrie em excesso gera filhotes fracos e com alta mortalidade e também compromete sua própria saúde.

Antes do acasalamento, a fêmea deve ser levada a um veterinário para uma avaliação completa de seu estado de saúde. As vacinas devem estar em dia e o esquema de vermifugação também.

Gestação

A gestação nas cadelas dura em torno de 58 a 63 dias. Esse tempo é influenciado por diversos fatores como por exemplo, número e tamanho dos filhotes. A gestação pode ser confirmada por ultra-sonografia, que também mostrará o número de fetos e sua posição no útero. Também importante para o acompanhamento do desenvolvimento dos fetos. O diagnóstico através de palpação pode ser feito a partir dos 30 dias. Com 35 dias já se observa o desenvolvimento das glândulas mamarias, que ficam rosadas e túrgidas. Nessa fase já há aumento acentuado de peso. Com 40 dias o abdome já está aumentado. Aos 45 dias o RX já evidencia ossos da cabeça, vértebras, costelas e ossos longos dos membros. Com 49 dias a cabeça dos fetos já é bem palpável e há grande aumento nas glândulas mamarias. A partir da 8a semana de gestação, o movimento dos filhotes já pode ser visto quando a cadela está deitada. Os filhotes já podem nascer de forma segura. 1 semana antes do parto, principalmente nas fêmeas em primeira gestação, ocorre secreção aquosa nas glândulas mamarias. Nas 3 ultimas semanas de gestação sua alimentação deve ser reforçada. O uso de ração balanceada de boa qualidade e de formulação para filhotes e fêmeas em gestação, é a melhor forma de garantir os nutrientes necessários, sem a necessidade de suplementos extras. Durante a gestação, devido a ação da progesterona, o tempo de esvaziamento gástrico da cadela aumenta, mas ao mesmo tempo a motilidade gástrica diminui, conforme o estômago é deslocado pelo útero em crescimento. Portanto o ideal é que se forneça a alimentação em pequenas porções várias vezes ao dia, facilitando a digestão. É normal que no final da gestação a cadela perca o apetite, principalmente quando está próximo da hora do parto. Duas semanas antes do parto prepare o local onde a cadela irá ter seus filhotes e a estimule a deitar e dormir lá. Isso a deixará mais segura na hora do parto.

O Parto

Na última semana de gestação já deve-se estar com tudo preparado, caso os filhotes nasçam antes do tempo: carro preparado com toalhas e jornais caso seja necessário levá-la a uma clínica com urgência; a caixa de parto ou local onde ela terá seus filhotes; jornais para manter o local onde ela terá os filhotes sempre limpo durante o trabalho de parto; lixeira para os jornais sujos e materiais que serão usados durante o parto; uma caixinha menor forrada com toalha macia para colocar os filhotes enquanto a mãe está em trabalho de parto dos outros filhotes; um relógio para controlar o tempo de parto; uma lâmpada de 100w para ser colocada próximo a caixa dos filhotes caso esteja fazendo frio; se estiver fazendo muito calor coloque um ventilador para a mãe; fio dental e tesoura afiada e esterilizada para amarrar e cortar os cordões umbilicais; anti-séptico para desinfetar o cordão umbilical cortado; toalhas e panos macios para serem trocados 2 vezes ou mais ao dia, na caixa onde ficarão mãe e filhotes. Os primeiros sinais começam com 48hs antes do parto, quando começa a produção de colostro pelas glândulas mamarias e a fêmea começa a construir um ninho. 12hs antes ocorre descarga vaginal, decréscimo de 1º C na temperatura, sendo que a temperatura normal do cão é em torno de 38,9 a 39,9o C.

É a hora de entrar em contato com o seu veterinário e deixá-lo de sobreaviso, caso você precise de ajuda. Quando chega a hora do parto as fêmeas demonstram desconforto, não acham posição para se deitar e dormir, respiram de forma acelerada como se estivessem com dor, lambem e olham para a vulva, recusam comida, procuram o seu "ninho". As contrações podem ser observadas nos músculos das costas, num movimento descendente. Se ela quiser sair e caminhar vá junto. Caminhar ajuda no trabalho de parto, mas é preciso sempre estar atento para que nenhum filhote nasça no chão e ninguém veja. Principalmente se estiver escuro. Após o começo das contrações pode levar até 4hs para a saída do primeiro filhote. Se até esse tempo nenhum filhote nascer, procure logo seu veterinário. É importante observar o comportamento da fêmea, presença de contrações, estado geral da mãe, estado dos filhotes ao nascerem. Qualquer sinal de apatia, falta de contrações uterinas ou contrações sem a saída do feto, indica problemas e o veterinário deve ser procurado imediatamente. Entre as causas de atonia de útero estão: insuficiência de cálcio, déficit energético, fetos muito grandes e obesidade, partos muito prolongados. O intervalo entre os nascimentos podem ser de 15 minutos. Até 1h, mais do que isso chame o seu veterinário. Para a saída do filhote a bolsa de água aparece e normalmente se rompe, então o filhote sai de dentro dela. A placenta pode ou não se soltar nessa hora, nunca puxe o filhote porque você poderá causar nele uma hérnia umbilical. Espere ela se soltar. Se a mãe não cortar o cordão você terá que fazê-lo, usando fio dental e tesoura esterilizada. Depois passe um anti-séptico como por exemplo iodo. Importante também é contar o número de placentas. Elas devem corresponder ao número de filhotes, se isso não ocorrer é porque houve retenção e caso não seja tratada, ela corre o risco de uma séria infecção uterina. Você pode ajudar a mãe a limpar os filhotes com uma toalhinha macia, os enxugando até que chorem. Esfregá-los ao mesmo tempo que limpa, ajuda a estimular a respiração. Se isso não fizer o filhote respirar e chorar, segure-o firmemente de cabeça para baixo, protegendo sua cabeça e pescoço e o balance, a força centrífuga irá ajudar a retirar o muco da garganta e narinas dele, para que ele possa respirar.

No intervalo entre os nascimentos deixe os filhotes mamarem o colostro, é muito importante para a saúde e imunidade contra infecções, assim como ajuda nas contrações e no trabalho de parto da mãe. Assim que as contrações recomeçarem, coloque-os de novo separados da mãe. Quando termina o trabalho de parto a cadela se acalma, sua respiração volta ao normal e param as contrações. Limpe tudo, passe um pano úmido na cadela para limpá-la e faze-la sentir-se melhor. Ofereça água e uma refeição leve como caldo de galinha com arroz. Isso lhe dará uma alimentação leve e com bastante líquido. Ideal no pós parto. As mães de primeira viagem podem ficar confusas durante e após o parto. Você precisará ter firmeza, paciência e muito carinho com ela, ajudando no parto, no cuidado com os filhotes e na amamentação. É muito importante que todos os filhotes recebam o colostro nas primeiras 24h de vida. Dentro de 24h no mínimo eles devem ser examinados pelo veterinário, para saber se tudo está bem. A secreção vaginal após o parto dura de 24 a 48h e a cor deve ir clareando. A cadela deve ficar com os seus filhotes em local calmo e tranqüilo, com temperatura ambiente constante por volta de 32o C, sem correntes de vento e sua alimentação deve continuar a ser balanceada e fortalecida, sendo indicado ainda as rações próprias para aleitamento, encontradas no mercado. Deve-se oferecer também bastante água fresca para ajudar na produção de leite. A mãe deve ficar sempre junta dos filhotes para lhes fornecer calor. É bom observar se ela toma o cuidado de não sentar ou deitar sobre eles. Ao nascer os filhotes tem a temperatura baixa, por volta de 35o C, com uma semana de vida ela estará em torno de 38o C. Seus olhos se abrirão com 8 a 10 dias de vida e seus ouvidos com 13 a 17 dias.

Nota:

Não é necessário dizer que estes dados estão dispostos em todos os bons livros de medicina veterinária encontrados em inumeras bibliotecas de todo o país e do mundo e são inerentes a todas as raças caninas, o que desejo ressaltar aqui é o comportamento especial da fêmea da raça AKITA, nas oportunidades que tive de acompanhar partos e ninhadas de akitas até o dia de sua partida para novos lares, muito me impressionou a dedicação e cuidados da mãe akita, desde o momento do parto até o dia em que seus filhotes são separados de sí ela é incansável no trato e educação dos filhotes, não medindo esfoços para bem cuidar e educar seus rebentos.

Arrisco dizer que uma fêmea akita que não seja mãe de primeira viagem não nos deixará fazer nada, já vi fêmeas parturientes cuidarem de todo o processo de parto praticamente sozinhas até o final sem se cansar, e ainda ter ânimo para passar boas horas cuidando dos filhotes antes de dormir.

Não poderia deixar de dar este relato, pois a cada dia me convenço mais de que esta raça é realmente apaixonante e sem igual.

ALIMENTOS QUE FAZEM MAL AO SEU CÃO

Muitos donos preferem alimentar os cães com comida preparada que com ração industrializada. Contudo, se você decidiu alimentar seu cachorro com alimentos preparados em casa é preciso ter em mente que nem tudo que é bom para os humanos também é bom para os cães. Cães tem um aparelho digestivo diferente do nosso e reagem de maneira diferente a várias substâncias.

Um outro problema que os donos de cães raramente percebem é diferença de tamanho, uma pessoa pesa em média 70kg, mas muitos dos nossos cachorros pesam 2kg, alguns até menos… Por isso é preciso tomar cuidado redobrado, pois quantidades pequenasde alguma substância, que não seria suficiente para fazer mal para uma pessoa pode ser suficiente para fazer mal para um cachorro de pequeno porte.

Para ajudar os donos de cães, trazemos para você uma lista de alguns alimentos que nunca devem ser dados para o seu cãozinho, nem por brincadeira.

Café - A cafeína presente no café acelera o coração, podendo causar taquicardia e até mesmo ataques cardíacos, quanto menor for o cachorro, maiores os riscos.
Chocolate - O chocolate assim como todos os derivados do cacau e de outras plantas do gênero Teobroma, como o cupuaçu, contém uma proteína chamada teobromina, esta proteína é prejudicial aos cães e causa vômitos se for ingerida em quantidade. Um cão de médio porte, com 22kg irá vomitar se ingerir 85gr de chocolate amargo ou 200g de chocolate ao leite. Em cães menores a quantidade necessária é menor.
Noz-Macadâmia - Ainda não se sabe porque estas nozes causam tremores e paralisia temporária nas patas trazeiras dos cachorros.
Alho - Nunca dê alimentos temperados com alho para o seu cachorro, apesar de saudável para os seres humanos o alho destrói as células vermelhas do sangue dos cães e pode causar anemia e, em casos mais graves, falência renal por perda de hemoglobina.
Cebola - De maneira semelhante ao alho, a cebola, embora seja boa para humanos, é prejudicial às células sanguíneas dos cães. A diferença é que a cebola causa danos cumulativos à hemoglobina, ou seja, toda a cebola que o seu cachorro ingerir na vida vai causar pequenos danos irreversíveis que vão se acumulando com o tempo até o dia em que os sintomas aparecem.
Uvas e passas - Ainda não se sabe a razão mas uvas e passas podem causar falência renal em cães
Bebidas alcoólicas - De maneira semelhante ao que acontece com as pessoas, o álcool diminui as funções cerebrais. Mas diferente das pessoas os cães são mais sensíveis a ele, e além disso tem corpos menores, pequenas quantidades de álcool podem levar cães pequenos ao estado de coma. E cães maiores tambémpodem ser afetados com quantidades um pouco maiores.
Além destes alimentos, novas substâncias prejudiciais aos cães continuam sendo descobertas. O “Animal Poison Control Center” - APCC (Centro de controle de envenenamento de animais) chama a atenção para uma substância chamada xylitol, um substituto do açúcar que contém menos calorias e que está presente alguns em bolos, biscoitos e doces. Durante o ano de 2006 o APCC recebeu mais de 200 casos de envenenamento canino com xylitol.