domingo, 6 de fevereiro de 2011

Parto das Cadelas

O parto para qualquer animal é um ato natural, representando o término de uma gestação. Se esta teve seu transcurso normal, o parto também deverá transcorrer normal, a não ser que os fetos sejam excessivamente grandes, ou por outro lado: excessivamente pequena a própria cadela mãe, havendo portanto desproporção entre os tamanhos dos fetos e essas vias uterinas utilizadas para a saída dos filhotes. O tamanho da bacia da cadela, formada pelos ossos Ileo, isquio e pubis, é o principal fator a ser considerado para essa saída normal dos fetos no momento do parto e determinantes de seu transcurso. Uma bacia pequena em relação ao tamanho dos fetos, denominada angústia pélvica, com fetos maiores que essa via natural da fêmea, quase sempre determina um parto anormal - denominado de distócico - obrigando o veterinário parteiro a realização de interferência cirúrgica.

Estas constatações anatômicas devem ser avaliadas criteriosamente pelo veterinário por ocasião do pré-natal . Devemos nós, tanto profissionais veterinários quanto os próprios criadores e proprietários de animais, interpretarmos esses fenômenos naturais, como o são a própria concepção, gestação e parto, como uma sucessão de acontecimentos interligados a própria vida, que na natureza acontecem muitas vezes sequer sem nosso conhecimento e participação. Já os animais criados no ambiente doméstico, e por isso sujeitos à nossa nociva influência sob o ponto de vista natural, muitas vezes é a causa dos problemas que podem ocorrer em seu transcurso, embora nossa intenção seja a melhor possível.

Por isso, a recomendação que devo lhe fazer aos proprietários de cães ou criadores, é que não alterem a rotina que vinham mantendo com seus animais agora gestantes, unicamente pelo fato de encontrarem-se agora nesse estado. Deixe-as continuar sua rotina diária, inclusive com exercícios como o são o de andar, correr e mesmo pular. Apenas a alimentação dos animais gestantes merece especial cuidado: continuar sendo dada a ração que a mesma está acostumada, porém, agora fracionada em mais vezes por dia, e aumentando (sem exagero), paulatinamente a quantidade total do dia, devido o fato da gestante para bem gerar seus futuros filhos necessitar de maior quantidade de nutrientes, e de boa qualidade. Caso as vacinas contra: Cinomose-Hepatite-Leptospirose-Parvovirose e Coronavirose tenham sido ministradas há mais de um ano, faz-se necessária sua repetição pelo menos até 30 dias antes da data prevista para o parto. Quando o momento para o parto estiver próximo, e será facilmente visível pelo próprio aumento de volume da fêmea gestante, além de concomitante desenvolvimento das mamas e mesmo estado geral de engorda do próprio animal, será notado que seu andar fica diferente: mais lento e cuidadoso além dela mesma se tornar mais sonolenta e preguiçosa. Agora chegado o momento realmente do parto, a fêmea demonstrará inquietação, micções freqüentes, procurando lugares mais calmos e mesmo escuros, muitas vezes carregando para onde estiver roupas que tenha a seu alcance como se estivesse fazendo o próprio ninho para suas crias.

No próprio dia do parto, em geral a gestante rejeita a alimentação, não chegando sequer a cheirar o próprio alimento que lhe seja servido. Já água a mesma procurará insistentemente. Chegada a hora, serão notados movimentos abdominais semelhantes aqueles que a própria fêmea executa para evacuar, movimentos esses com pouca freqüência e distanciados uns dos outros, que a medida que o tempo passa, vão se repetindo com menor intervalo de tempo, até a sucederem-se quase que em seguida uns dos outros. Deverá aparecer pela abertura da vagina, que estará simultaneamente aumentada de volume e congesta, um corrimento seroso resultante da ruptura da chamada bolsa das águas, ou mesmo o aparecimento dessa bolsa pela abertura natural. Nesse caso, com uma tesoura, deverá tal bolsa ser rompida com um ligeiro talho, escorrendo então essa secreção natural. Logo em seguida deverá aparecer o primeiro feto, tanto faz que sua apresentação seja anterior (com a cabeça em primeiro lugar), ou posterior (com as pernas traseiras em primeiro lugar), e logo em seguida sua expulsão com uma contração mais forte executada cadela. Em seguida ao feto sairá a placenta correspondente, tendo o cordão umbilical ligado ao umbigo do feto. Em geral a própria cadela, com os dentes, rompe esse cordão umbilical, e caso isso não for feito pela parturiente, deverá quem estiver assistindo ao parto, assim proceder com uma tesoura previamente desinfetada, conservando apenas cerca de 2 a 3 cm desse cordão umbilical. Em seguida, também proceder a ligadura desse cordão, com um fio de linha grossa, distante cerca de um centímetro do ventre do filhote. Desinfeção do chamado coto (ou seja o pedaço de cordão umbilical) conservado, com tintura de Iodo ou Mertiolate também é recomendável.

Entre o início das contrações abdominais até o término do parto, com a expulsão de todos os filhotes gerados, muitas vezes transcorrem até uma ou mais horas, o que não deve ser motivo de aflição de quem estiver assistindo ao parto. Desde que o estado da cadela parturiente seja normal, não há necessidade de maior cuidado: apenas vigilância para auxílio, caso necessário. Apenas na hipótese de serem influtíferas as contrações, sem o aparecimento de nenhum feto pela abertura natural da cadela, será razão para procura do profissional competente para as medidas que se fizerem necessárias, porém, isso seria exceção a regra. Nesse caso então, o tocólogo: como é chamado o veterinário parteiro, é quem deve decidir o que deve ser feito. Um abraço e felicidades a futura mamãe. Carmello Liberato Thadei (Médico Veterinário - CRMV-SP-0442)

P.S. - Apenas como observação final: As placentas que acompanham os respectivos fetos recém nascidos, muitas vezes são comidas pela própria fêmea parturiente. Tal fato, embora à muitas pessoas possa causar nojo, é um fato perfeitamente natural, não devendo ser por nós evitado, pois irá auxiliar a chamada descida do leite da parturiente, necessário a alimentação de sua ninhada.
P.S.- Inspeção de cada filhote recém nascido, para verificação de seu estado assim como imperfeições que necessitem cuidado veterinário, além obviamente, de assistência para sua amamentação nos primeiros momentos, colocando-os diretamente nas mamas da cadela, previamente deitada em local calmo e adequado. Na hipótese de se tratar de animais em que seja usual o corte de cauda, esta deverá ser providenciada após três dias do nascimento e até 7 dias, portanto na primeira semana de vida. Igualmente no caso de nascerem os filhotes com o chamado Ergot (Unha ou dedo de lobo), constituídos por dedos ou unhas supranumerárias mais freqüentemente nos membros posteriores, estes deverão também ser extirpados pelo veterinário, na primeira semana de vida. Tais Ergots, assim chamados pelos Franceses, são resquícios do quinto dedo, hoje atrofiados por falta de uso e não mais presentes nesses membros dos cães domésticos.

Neonatologia em Cães

Todo cãozinho, com até dez dias de idade, é considerado um neonato. É um período onde diversos cuidados devem ser tomados, pois nosso amiguinho ainda não possui todas as defesas orgânicas para sobreviver em nosso mundo. Em média, um em cada quatro neonatos morrem, pelas mais diversas causas. Passam 90% do tempo dormindo, acordando apenas quando estão com fome; mamando a cada 2 ou 3 horas. Conheça agora um pouco mais sobre seu mais novo amiguinho...

Fisiologia do Recém-nascido

TEMPERATURA AO NASCER: 35,5 graus C
TEMPERATURA NO 70 DIA: 38 graus C
FREQ. RESP.: 15 A 38 bat/min
BAT. CARDÍACOS: 200 bat/min
ABERTURA DAS PÁLPEBRAS: 10º ao 15º dia de vida
ABERTURA DOS CANAIS AUDITÓRIOS: 12º ao 14º dia de vida
NECESSIDADE DE INGESTÃO DE LÍQUIDOS/ DIA: 60 a 90g/ 450g de peso
Alguns Cuidados...

Manter a mãe sempre junta aos filhotes, pois seu corpo é fonte de calor.
Observar se a mãe possui bom instinto materno, pois muitas fêmeas pisam e deitam sobre os filhotes.
Manter a fêmea muito bem alimentada, para suprir seu gasto energético com a amamentação. Uma fêmea mal alimentada pode deixar de amamentar e até comer seus filhotes.
A fêmea e sua ninhada devem estar sempre abrigados de frio e vento; devendo ser o local seco, ter temperatura agradável e ventilação indireta.
Todo e qualquer problema, consulte sempre um veterinário.

Gestação das Cadelas

Antes de tratar propriamente desse tema, é necessário para ser melhor entendido, descrever os órgãos sexuais que constituem o aparelho reprodutor feminino dessas fêmeas domésticas.

1 - Quais são os órgãos genitais (também chamados sexuais) femininos das cadelas?

R - Sãos os ovários (em número de dois), os ovidutos (também chamados de trompas de Phalopio (também duplo), o útero e a vagina, todos situados na cavidade abdominal e ali sustentados por ligamentos próprios; a vulva, esta já situada no limite com o exterior e pondo em comunicação os órgãos sexuais anteriores com o ambiente externo; e como órgãos anexos: as mamas, nas cadelas em geral em número de 8 a 10 (quatro a cinco pares), estas dispostas eqüidistantes da linha média do ventre, desde a região peitoral até a inguinal, por isso designadas conforme sua localização em: peitorais, abdominais e inguinais.

2 - Como são os ovários das cadelas?

R - Duplos, situados na cavidade abdominal, região sub-lombar, em contato direto com os intestinos, próximos dos rins e sustentados pelos ligamentos largos e vasos sangüíneos (uma veia e uma artéria). Têm os ovários sua superfície externa lisa, com saliências formadas pelas folículos denominados de Graaf (Folículos ovarianos), destes tendo origem os óvulos, que na fase do Cio (Estro) são dali eliminados e por assim dizer captados pelas franjas das Trompas de Phalopio, e por estas levados por cílios ali existentes para o interior do útero. O tamanho dos ovários nas cadelas varia de acordo com o porte da fêmea considerada, desde o tamanho de um grão de feijão até o de uma ameixa. Os ovidutos funcionam como meio de ligação entre os ovários e o útero, e são constituídos por um receptáculo em forma de franja, e um canal flexuoso que desemboca no útero, e ligado a estes por ligamentos. Tem os ovidutos o tamanho médio de 5 a 8 centímetros de comprimento.
3 - Como é o útero das cadelas?

R - É constituído por um corpo em forma cilíndrica e dois cornos extremamente compridos e estreitos. Numa cadela de porte médio o corpo mede cerca de 3 cm de comprimento e os cornos de l1 a l5 cm. Têm seus diâmetros uniformes e encontram-se no interior da cavidade abdominal em contato direto com os intestinos e demais órgãos. Constituí-se de várias camadas: externamente revestido por uma membrana serosa semelhante ao peritôneo (lisa, brilhante e transparente); medianamente por músculos lisos potentes e internamente por camada cuja constituição varia de acordo com a fase considerada do ciclo Estral.
4 - Como é a vagina das cadelas?

R - Constituída de fibras musculares potentes de forma circulares, relativamente comprida e forrada internamente por membrana mucosa formando pregas longitudinais.

5 - Como é a vulva das cadelas?

R - Tem lábios externos grossos formando uma comissura inferior aguda, forrada internamente por membrana mucosa lisa e rosada. Apresenta como particularidade um músculo constritor forte em forma de esfíncter (circular), além do clitóris. Mede de 3 a 4 cm de comprimento.

6 - O que caracteriza a Gestação nas Cadelas?

R - Pode ser definida como a fase em que as cadelas estão gerando seus filhos, originários da fecundação dos óvulos expelidos de seus ovários e fecundados por espermatozoides dos machos depositados em suas vias genitais a través do acasalamento (coito). Um ou mais fetos, pois são as cadelas multíparas (parem mais de um filho por vez), são gerados em seus úteros, sendo tais fetos envoltos durante essa fase, por membranas que constituem a chamada Placenta. Nessa fase, inicialmente o ovo sofre sucessivas multiplicações, passando por diversas fases : ovo > blastômeros > mórula > feto. A duração dessa gestação é de 9 semanas (63 dias) em média, variando para mais ou para menos de acordo com o número de fetos gerados e de condições especiais da raça considerada. Durante esse período, obviamente pelo desenvolvimento e crescimento dos fetos, o abdome das cadelas vai se distender e aumentar de volume, assim como as mamas, na sua fase final estas vão também se desenvolverem e começarem a secretor leite em sua fase final. O temperamento da fêmea grávida (prenhe) também se modifica, tornando-a mais dócil e letárgica. Seu apetite gradativamente também aumenta, o que se explica pela maior necessidade de nutrientes para gerar e desenvolver seus filhos em gestação.

7 - O que caracteriza o Parto?

R - Representa precisamente o nascimento dos produtos gerados pela fêmea durante sua gestação, o que deve ocorrer pelo término dos desenvolvimentos dos fetos. São sinais chamados precursores do parto: A cadela torna-se irrequieta, começa a ganir e a urinar repetidamente, deita-se para em seguida logo se levantar, mira seguidamente o ventre ou suas vias genitais, sinais esses que indicam estar a mesma sentindo as chamadas dores do parto (contrações uterinas). Sua duração é variável dependentemente de ser a cadela primípara ou não (primeiro parto ou não), são necessários para propiciarem a dilatação da bacia (ossos pélvicos) e vias uterinas, principalmente da chamado cerviz uterina (orifício que liga o útero a vagina), e desta para o exterior. Durante a gestação a chamada cerviz uterina permanece fechada (selada por tampão mucoso), que necessariamente somente deve-se abrir no momento do parto, a fim de permitir não só a saída dos fetos gerados como também os envoltórios placentários que os acompanham. É precisamente essa cerviz que deve ser dilatada (assim como os ossos pélvicos, estes por afrouxamento de seus ligamentos), tornando possível a expulsão (nascimento) dos fetos gerados. Durante o parto e junto com os filhotes, são também eliminados os chamados líquidos amnióticos e placentários, originários todos da própria excreção dos fetos durante essa gestação assim como as próprias secreções dessas membranas envoltórias e que servem como lubrificantes das vias eferentes do útero, permitindo mais fácil deslizamento dos filhotes gerados no momento desse parto.
8 - Há necessidade de ser o parto assistido?

R - Sim. Discretamente, sem interferência direta (a não ser em caso de necessidade de ajuda), e por parte de alguém familiarizado com o ato, como deve ser o profissional veterinário, e nesse caso denominado parteiro, tocólogo ou obstetra.

9 - Anormalidades do Parto (Distócia)?

R - São as chamadas distócias, que vão desde falta das contrações necessárias (útero preguiçoso) por parte da mãe gestante, até anormalidades da bacia (ossos que constituem a pélvis: Ileo, Isquio e Pubis), e principalmente desproporções entre os tamanhos dos fetos e essas vias eferentes da própria fêmea, ou até anormalidades da apresentação dos fetos em relação a essas mesmas vias de saída. Para cada caso de distócia é recomendado o remédio correspondente, o que somente o profissional tocólogo deve saber fazer. Não cabem aqui serem relatados todos os casos possíveis de distócias, por serem inúmeras. Apenas uma recomendação ao proprietário ou assistente do parto: Em caso de demora no nascimento dos filhotes, consulte seu veterinário para tomar as medidas que se fizerem necessárias. Fatalmente surgirá a pergunta: Qual o tempo que devo aguardar? Resposta : No máximo 3 a 4 horas desde os primeiros sinais, anteriormente chamados de precursores do parto.

Primeiros Socorros aos Filhotes

Os filhotes são tão curiosos, descuidados e impulsivos quanto às crianças, podendo como estas envolver-se em numerosos problemas. Ainda que o veterinário deve ser sempre o primeiro a ser consultado, você precisa ter uma noção dos primeiros socorros, que podem ajudar em casos de pequenos acidentes e que, em alguns casos, podem até salvar a vida do filhote.

A prevenção é sempre melhor que a cura, e por isso tente fazer com que sua casa e as áreas próximas sejam seguras para o filhote. Mantenha fora de seu alcance objetos afiados, pontiagudos, brinquedos de plástico ou borracha macia, brinquedos pintados, ossos pontiagudos. Mantenha em local fechado: medicamentos, sabonetes e inseticidas. Tenha à mão uma pequena caixa de medicamentos para o seu filhote, incluindo:

1. Um termômetro retal e um lubrificante;
2. Esparadrapo e gaze para os curativos;
3. Medicamentos contra queimaduras, prescrito pelo veterinário;
4. Água boricada para lavagens oculares;
5. Amoníaco para tratamento de choque;
6. Mostarda em pó ou sal de cozinha como emético (para induzir vômito);
7. Carvão ativado como antídoto contra venenos (chame o veterinário);
8. Um laxante suave (como leite de magnésia).
Acidentes Sérios

Chame seu veterinário
Não movimente o filhote Se o filhote precisa ser movimentado, não o levante em seus braços, mas transfira-o para um cobertor ou outro objeto firme, que possa ser usado como maca e levado com a menor vibração possível.
Tente estancar a hemorragia;
Mantenha-o aquecido e quieto.
Amarre a boca do animal, fechando-a, se necessário. Se os filhotes estão sofrendo uma dor muito intensa, podendo começar a morder como sinal de pânico. para evitar ser mordido ao medicar o filhote ou prestar os primeiros socorros, dê uma laçada com uma tira de pano ao redor do focinho, cruze por baixo e amarre atrás das orelhas. O filhote não será capaz de retirá-lo, ao passo que uma tira amarrada apenas em volta do focinho pode sair facilmente. Tenha cuidado de tirar esta mordaça o mais rapidamente possível, pois os cães precisam respirar com a boca aberta - é o seu meio de transpirar.
Em caso de vômito, retire a mordaça imediatamente.
Hemorragia externa - a hemorragia profusa, que pode ser arterial, é perigosa. Aplique compressas ou ataduras diretamente sobre o ferimento, mantendo-as até que você possa entrar em contato com o veterinário.

Envenenamento - se você estiver razoavelmente seguro, de que seu filhote ingeriu veneno (os sintomas são: dor, vômitos, tremores, salivação intensa, até convulsões) tome providências imediatamente. Chame o veterinário, para que lhe dê conselhos sobre tratamento caseiro, ou leve o animal imediatamente ao hospital.

Queimaduras - aplique o medicamento recomendado (prescrito pelo veterinário). As queimaduras por ácido devem ser lavadas primeiramente com uma colher de sopa de bicarbonato de sódio misturada com meio litro de água. Em casos de queimaduras sérias - chame o veterinário.

Choque - este estado perigoso pode ser causado por lesões ou trauma e requer ação imediata. (Os sintomas são prestação, olhos vítreos, corpo frio, pulso fraco e respiração superficial.) Cubra o filhote com um cobertor e use uma bolsa de água quente. Assegure-se, de que a sua cabeça está mais baixa do que o corpo. Passe um frasco de amoníaco aberto próximo às suas narinas, rapidamente. Chame o veterinário para obter novas instruções.

Picadas de insetos - são problemas pequenos, na maioria dos casos, sendo suficiente a utilização de um ungüento, que elimine a dor ou compressas com bicarbonato de sódio. Uma boa medida de emergência é cobrir a picada com barro. Contudo, se ocorrer uma grave reação alérgica, ou se o filhote entrar em choque, siga o tratamento indicado acima e consulte o veterinário.

Gambá - (encontrado principalmente no Norte do Brasil) - quando o filhote encontra com um gambá, o cheiro deste pode ser uma experiência desagradável, tanto para você, quanto para o seu cãozinho. Usar um desodorante para o ambiente é a única solução. Ainda é recomendado o velho remédio: suco de tomate. Dê um banho no filhote com o suco ou com uma esponja embebida, esfregue-o até o "cheiro de gambá" desapareça. (Tenha cuidado com o resfriamento). Uma vaporizada muito forte nos olhos pode causar cegueira temporária. Lave os olhos do filhote com água boricada. se encontrar maiores problemas, leve-o ao veterinário.

Prostração pelo calor - é muito triste que esta situação ocorra, porque ela geralmente decorre da ignorância dos proprietários dos animais de estimação, ao permitirem que seus cães fiquem com calor a este ponto. Ao sentir calor, lembre-se de que seu cão também sente. Assim nunca deixe o filhote no carro fechado, durante o verão, e quando ele for deixado do lado de fora, veja se há sombra por perto, ao alcance dele. Contudo, se a prostração pelo calor vier a ocorrer, os sintomas são: dificuldade em respirar, resfolegar audível, fraqueza até inconsciência. Tente fazer com que a temperatura do filhote baixe rapidamente, molhando-o com uma esponja umedecida em água fria, num lugar com sombra. Você também pode usar amoníaco, passando rapidamente o franco aberto sob suas narinas. Chame o veterinário, mas lembre-se, de que a prostração pelo calor pode ser totalmente evitada, se você proteger o filhote de modo adequado.

Cuidado, Filhotes...

"Doutor ganhei um bichinho!!.... Não sei o que fazer.." A decisão de criar deveria ser sempre uma opção consciente e não um acontecimento repentino. Bem, o fato é que estamos diante de um filhote, que antes de mais nada deve ser reconhecido como tal; felino ou canino, sua raça e seu sexo. Falando assim parece óbvio, mas neste reconhecer esta a chave para uma vida saudável e feliz. Desde muito pequeno este ser já é possuidor de uma individualidade de uma identidade. Quem já não ouviu comentários como este:" - Sempre foi o mais glutão, desde as primeiras horas. - O mais simpático e comunicativo ou o medroso e desconfiado e até mesmo aquele brigão que tudo quer".

Criar é assumir a responsabilidade de ajudar esse animalzinho a ser o que ele deve ser. O gato, um verdadeiro felino. O cão, um cão. O verdadeiro amor está neste caso, em reconhecer que o transformar deste ser num filho, o estaremos desviando de sua meta, do seu objetivo de vida, o motivo pelo qual foi criado. Amar é reconhecer e respeitar a individualidade e a identidade de nosso companheiro. Assim toda vez que impedimos o animal de expressar sua sexualidade, instintividade, e de seguir seu destino quanto espécie, raça estaremos promovendo o rompimento de seu equilíbrio energético e o mesmo adoece; pois a doença é o desequilíbrio da força vital, elemento imaterial universal que se manifesta em todos os seres vivos lhes dando forma, identidade e vida. Reconhecendo e valorizando a instintividade de nosso filhote estaremos prevenindo-o de uma série de enfermidades.

A alimentação deve ser sempre fresca, incluindo os vegetais, as folhas, as frutas, os cereais e as carnes o que farão de nosso amiguinho um adulto forte e saudável. Deverá ser escolhido um veterinário, que nos ajude nesta caminha junto de nosso amigo de quatro patas. Esta escolha deverá ser bastante criteriosa. Quanto a prevenção de enfermidades apartir do uso de vacinas, é um assunto delicado. Todas vez que vacinamos um ser vivo, o adoecemos artificialmente para que o organismo responda com o aumento de células de defesa, hipertrofia do sistema imunológico, trazendo problemas orgânicos indesejáveis e por vezes perigosos. As vacinas são um mal, que podem ser necessárias, pois sabemos que em nosso país temos uma série de doenças muito nocivas, e de grande capacidade propagativa, não só para os animais como para o próprio homem. Justificamos aí o emprego criterioso de vacinas, baseado nas seguintes premissas:

não aplicar vacinas simultaneamente (vacina contra várias doenças ao
ao mesmo tempo)
não vacinar contra doenças inexistentes na sua região.
não vacinar animais doentes ou debilitados.
A relação com um animalzinho é bastante enriquecedora, pois a todo o momento estamos nos confrontando com as diferenças e os limites, podendo assim exercitar nossa sensibilidade e respeito por um ser que ocupa um lugar diferente que o nosso na escala biológica, mas não menos importante. Criar é um gesto de amor a vida.

Educação do filhote, como entendê-la melhor

Antropomorfismo, do dicionário Aurélio de língua portuguesa, significa a aplicação de algum domínio da realidade social, biológica ou física da linguagem ou conceitos próprios do homem inclusive de seu comportamento e o cinemorfismo é exatamente o inverso ou seja, a aplicação de domínio da realidade social, biológica ou física de linguagem ou conceitos próprios de cão ou de seu comportamento.
Por exemplo: quando um cão com um osso na boca ameaça um observador humano, na verdade imagina que essa pessoa deseja seu osso enlameado e pegajoso, fazendo assim faz uso de valores caninos, ou cinemorfismo.
Os cães são animais sociais cuja sociedade é regida por uma série de comportamentos a base instintiva e o homem é um animal humanizado, social e sua sociedade é regida por leis morais.

Porém, o problema é que no decorrer de um ano, o cão se desenvolve nas mesmas proporções que um humano se desenvolve em vinte anos, portanto a evolução é vinte vezes mais rápida, tanto no crescimento corpóreo quanto de comportamento e, portanto, o erro na criação de um filhote, por menor que seja, é vinte vezes mais grave do que o erro nos humanos.

As crianças conversam por movimentos, posturas e palavras, enquanto que os cães não tem uma linguagem verbal. O homem tem deixado de lado muito deste tipo de sentido do animal em troca do desenvolvimento da aprendizagem por palavras, mas continua esperando que o companheiro cão entenda palavras e situações, inclusive as punições, tão facilmente como fazem as crianças.

O cão fala através do corpo e de vocalizações como latir, gemer, chorar, etc., que muitas vezes não são compreendidas por nós, para expressar seus desejos ou insafisfações, sua dominância ou sua submissão.

Se você o deixar sozinho, ele pode urinar em seu tapete por reprovação (dominância) e se você se zangar, talvez ele urine nele, tremendo e com o rabo entre as pernas por medo (submissão). Uma mesma ação assume significados totalmente diferentes. Será que entenderíamos isto?

Para o cão, as eliminações corporais são uma manifestação do mais alto nível, elas o informam sobre sexo, idade, hora e o momento do indivíduo que passou.

Os maus tratos num filhote se repercutem em sua personalidade e em seu comportamento pelo resto da sua vida, exatamente como em uma criança, assim como isolamento e a falta de socialização. Isto conduz a problemas de comportamento sérios e que, infelizmente, são muito freqüentes.

Entretanto o antropomorfismo e seu erro mais freqüente é a associação de atitudes animais com posturas humanas. O cão que olha de lado abaixando a cabeça para evitar de olhar no rosto de seu dono dá a impressão de provar remorso por uma ação na qual ele se sinta culpado.

Se o proprietário vê em seguida as flores do jardim reviradas ou os livros rasgados, irá logo ligar os fatos: meu cachorro agiu mal e sabe disto. Porém não é bem assim, um cão que não é punido dentro dos dez segundos que seguem um ato repreensível, perde a consciência ou a memória de que acaba de fazer algo errado, pois já estará completamente ocupado com uma nova atividade.

Seu comportamento é na verdade uma manifestação de submissão por antecipação. Ele espera a punição que irá receber porque você voltou e não porque as flores estão espalhadas pelo jardim ou os livros estragados. Ele associa a punição com a seu regresso e não com a ação que ele cometeu impunemente.

Nos filhotes, assim como nas crianças, a consciência e o sentido do dever não são naturais. Os pais são essencialmente responsáveis pelo sentido moral e educação de suas crianças, que neste caso, se realiza principalmente por imitação. No cão isto também pode acontecer, mas ele agirá desta forma na medida em que isso o divertir ou for proveitoso.

A educação do cão progredirá na medida em que seus instintos forem equilibrados com as leis morais da sociedade e isto é feito por nós.

Um cão não quer ser tratado como um humano, porém o mesmo cão espera que nós sejamos como ele, que participemos de atividades em grupo, que brinquemos, que cacemos juntos e que durmamos no mesmo lugar que ele.



"O CÃO NÃO É 'QUASE HUMANO' E NÃO CONHEÇO MAIOR INSULTO À RAÇA CANINA DO QUE DESCRÊVE-LA DE TAL MANEIRA"

COMO CUIDAR DO SEU CÃOZINHO

A saúde de seu animal depende muito da alimentação que lhe for dada.

De 1 à 2 meses:

3 refeições líquidas
leite Nan - ou qualquer similar para alimentação de lactentes, ou filhotinhos,
farinhas infantis - Neston, Farinha Láctea, Mucilon, etc
frutas - exceto as cítricas
3 refeições pastosas

ração para filhotes,
carne magra moída - crua ou levemente cozida
legumes e verduras cozidos com tempero discreto - exceto os legumes brancos (pode ser sopinha infantil)

Obs:
uma vez por semana substituir a carne por miúdos cozidos
uma vez por semana colocar na comida uma gema de ovo crua
De 2 à 4 meses:
2 refeições líquidas

substituindo o leite de lactente por leite Longa Vida com Baixo Teor de Lactose.
2 refeições pastosas
ração para filhotes
carne crua ou cozida, variar o tipo de carne (pode ser de vaca, frango sem osso, miúdos ou peixe)
legumes e verduras cozidos
gema de ovo crua - 2 vezes por semana
De 4 à 7 meses:
que deverão ser à base de ração
Obs.: gradativamente vai-se aumentando a quantidade de ração e diminuindo os complementos, de modo que o filhote se acostume à ração seca. Se ele já come bem a ração, não há necessidade de nenhum tipo de complemento (carne, legumes, etc).

Alimentação das cadelas durante a gestação

Quando se pensa em acasalar uma cadela, um fator muito importante deve ser levado em consideração: a alimentação, já que das boas condições físicas da mãe dependerá o nascimento de uma ninhada forte e saudável. Os cuidados alimentares devem ter início antes mesmo do acasalamento e prosseguirem, pelo menos, até o desmame dos filhotes, pois a cadela precisará de muita energia durante a amamentação.

A fêmea não deve estar gorda quando cruzar e não pode receber gorduras na alimentação. A obesidade em uma cadela grávida pode ter conseqüências sérias. Por exemplo, no caso de haver necessidade de um parto por cesariana, a gordura atrapalha muito.

A cadela em gestação tem necessidade de muitas proteínas e uma complementação alimentar de cálcio e sais minerais. As proteínas podem ser encontradas nos próprios alimentos como a carne, o leite, verduras ou ração. No entanto, o cálcio e os sais minerais como ferro, cobre, flúor, manganês e outros, só devem ser ministrados com orientação do veterinário. O proprietário deve estar sempre atento para que a cadela tenha água limpa e fresca à vontade.

Com o passar do tempo, os filhotes começam a crescer no útero da mãe. Este se distende e passa a ocupar um espaço maior. Isso faz com que o útero acabe por deslocar outros órgãos como a bexiga, o intestino e o estômago, provocando uma diminuição do movimento intestinal. Nesse período da gestação é importante evitar que a cadela receba alimentos que possam aumentar a fermentação em seu organismo. Assim, os farináceos devem ser totalmente evitados, pois propiciam a formação de gases e, como conseqüência, aparecem as cólicas intestinais.

Um cuidado para evitar problemas digestivos é oferecer à cadela um maior número de refeições por dia, com quantidades menores de alimento de cada vez. Exercícios moderados até a época do parto também ajudam a manter a forma e a disposição da futura mamãe.

A alimentação indicada, rica em proteínas, deve inclusive ser mantida depois do nascimento dos filhotes já que, durante a amamentação, as exigências alimentares da cadela continuarão.

Se dermos condições ideais de alimentação à cadela, desde o cruzamento até o desmame, teremos filhotes bem formados, fortes e saudáveis e, principalmente, uma mãe sem deficiências, que não terá corrido riscos desnecessários e trará, ainda, muitas alegrias a seus donos.

Como cortar a unha de um Cão



Unhas bem cortadas são de fundamental importância no acabamento do trimming de um cão, podendo muitas vezes melhorar a aprarência de um pé cujos dedos não sejam muito bem arqueados.

Independente disto, dá um aspecto mais limpo e possibilita melhor movimentação do animal (unhas muito grandes podem prejudicar o movimento e até causar algum defeito no caso de cães em fase de crescimento).

Veja na figura abaixo onde deve ser realizado o corte da unha. A área pontilhada embaixo da unha é tecido vivo com sangue e nervos e é chamada de sabugo, ou leito da unha. Corte diagonalmente na unha somente alguns poucos milímitros. Em caso de dúvida, peça a seu veterinário para fazer isto por você.

Como Banhar e Secar o meu Cão Passo a Passo

É muito importante dar banho em seu cachorro para livrá-lo de parasitas de pêlo ou simplesmente para eliminar a sujeira.

O banho deve ser dado com água morna se estiver frio e com água quase fria se estiver calor. Água quente resseca o pêlo e tira o brilho. Além de, eventualmente, causar problemas de saúde como gripes fortes ou pneumonias em razão de uma mudança brusca de temperatura.

Você deve utilizar xampu próprio para cães ou neutros, os mesmos utilizados para bebês.

Antes de iniciar o banho lembre-se de ter próximo a você: xampu; creme rinse (se for utilizar); toalha e uma coleira para prender o animal, se a banheira ou o tanque for raso, evitando, assim, algum acidente.

Siga as setas e veja como banhar e secar o seu cachorro em 16 quadros.

Características do AKITA

A escovação é importante para manter o pelo do Akita sempre bonito, principalmente na época da troca, onde o subpêlo e o pelo morto devem ser retirados.

Sua pelagem é semi longa, mas não causa maiores problemas. Os banhos devem ser dados ao menos 1 vez por mês. A limpeza dos ouvidos deve ser feitas à cada 15 dias.
PADRÃO - FCI-255 b (Manual de Exposição da Confederação Brasileira de Cinofilia - Bruno Tausz)

ASPECTO GERAL: de porte grande, construção sólida, bem proporcionado e substancioso, características de sexualidade bem definidas, com uma figura de elevada nobreza e dignidade em sua modéstia; valentão por constituição.

PROPORÇÕES IMPORTANTES: a relação de proporção entre a altura na cernelha e o comprimento do tronco é 10:11, sendo, nas fêmeas, ligeiramente mais longo.

TEMPERAMENTO E COMPORTAMENTO: decidido, fiel, dócil e receptivo. CABEÇA: crânio proporcional ao tronco. Testa larga com um stop bem definido e um sulco sagital bem visível mas, sem rugas. Bochechas, moderadamente, desenvolvidas. A cana nasal é reta com a trufa volumosa e preta, sendo admitida a trufa cor de carne para os exemplares brancos. Focinho de comprimento moderado, largo na raiz, diminuindo sem ser bicudo. Os lábios são bem fechados. Os dentes, fortes articulados em tesoura.

OLHOS: relativamente pequenos, triangulares, bem separados, de cor marrom escura. Melhor a cor mais escura.

ORELHAS: relativamente pequenas, grossas e triangulares, ligeiramente inclinada para a frente e eretas e inclinadas para frente, moderadamente separadas e sutilmente arredondada nas pontas.

PESCOÇO: grosso e musculoso, sem barbela e proporcional à cabeça.

TRONCO: dorso reto e forte. Lombo largo e musculoso. Peito profundo e antepeito bem desenvolvido. Costelas moderadamente arqueadas e o ventre bem recolhido.

CAUDA: de inserção alta, grossa e portada sempre bem enroscada sobre o dorso. Se for esticada, a ponta quase toca o jarrete.

MEMBROS ANTERIORES: ombros moderadamente inclinados e desenvolvidos, membros retos e boa ossatura, cotovelos bem ajustados.

MEMBROS POSTERIORES: bem desenvolvidos, fortes e, moderadamente, angulados. PATAS: fortes, redondas, arqueadas e compactas.

MOVIMENTAÇÃO: elástica e potente.

PELAGEM: pêlo duro e reto, com um subpêlo macio e denso; a cernelha e a garupa são revestidos com uma pelagem ligeiramente mais longa; os pêlos da cauda são ligeiramente mais longos.

COR: ruivo (vermelho), sésamo (gergelim), tigrado e branco. Com exceção do branco, todas essas cores deverão ter "URAJIRO". (URAJIRO = pelagem esbranquiçada nas laterais do focinho, nas bochechas, sob o queixo e no pescoço, no peito, toda a linha inferior e face medial dos membros).

TALHE: altura na cernelha: machos 67 cm. fêmeas 61 cm. Com uma tolerância de, mais ou menos, 3 cm.

FALTAS:

qualquer desvio, dos termos deste padrão, deve ser considerado como falta e penalizado na exata proporção de sua gravidade.
Máscara preta deve ser considerado falta.
Manchas brancas são toleradas, mas a ausência delas é preferível.
Medo.
Prognatismo superior ou inferior.
Língua manchada.
Características de sexualidade reversas.
Íris de cor clara.
Falta de dentes.
Cauda curta.
DESQUALIFICAÇÕES:
Orelhas caídas ou semicaídas.

Cauda pendente.

Pêlos longos (peludo).
NOTA: os machos devem apresentar dois testículos, de aparência normal, bem desenvolvidos e acomodados na bolsa escrotal.