domingo, 6 de fevereiro de 2011

Alimentação das cadelas durante a gestação

Quando se pensa em acasalar uma cadela, um fator muito importante deve ser levado em consideração: a alimentação, já que das boas condições físicas da mãe dependerá o nascimento de uma ninhada forte e saudável. Os cuidados alimentares devem ter início antes mesmo do acasalamento e prosseguirem, pelo menos, até o desmame dos filhotes, pois a cadela precisará de muita energia durante a amamentação.

A fêmea não deve estar gorda quando cruzar e não pode receber gorduras na alimentação. A obesidade em uma cadela grávida pode ter conseqüências sérias. Por exemplo, no caso de haver necessidade de um parto por cesariana, a gordura atrapalha muito.

A cadela em gestação tem necessidade de muitas proteínas e uma complementação alimentar de cálcio e sais minerais. As proteínas podem ser encontradas nos próprios alimentos como a carne, o leite, verduras ou ração. No entanto, o cálcio e os sais minerais como ferro, cobre, flúor, manganês e outros, só devem ser ministrados com orientação do veterinário. O proprietário deve estar sempre atento para que a cadela tenha água limpa e fresca à vontade.

Com o passar do tempo, os filhotes começam a crescer no útero da mãe. Este se distende e passa a ocupar um espaço maior. Isso faz com que o útero acabe por deslocar outros órgãos como a bexiga, o intestino e o estômago, provocando uma diminuição do movimento intestinal. Nesse período da gestação é importante evitar que a cadela receba alimentos que possam aumentar a fermentação em seu organismo. Assim, os farináceos devem ser totalmente evitados, pois propiciam a formação de gases e, como conseqüência, aparecem as cólicas intestinais.

Um cuidado para evitar problemas digestivos é oferecer à cadela um maior número de refeições por dia, com quantidades menores de alimento de cada vez. Exercícios moderados até a época do parto também ajudam a manter a forma e a disposição da futura mamãe.

A alimentação indicada, rica em proteínas, deve inclusive ser mantida depois do nascimento dos filhotes já que, durante a amamentação, as exigências alimentares da cadela continuarão.

Se dermos condições ideais de alimentação à cadela, desde o cruzamento até o desmame, teremos filhotes bem formados, fortes e saudáveis e, principalmente, uma mãe sem deficiências, que não terá corrido riscos desnecessários e trará, ainda, muitas alegrias a seus donos.

Como cortar a unha de um Cão



Unhas bem cortadas são de fundamental importância no acabamento do trimming de um cão, podendo muitas vezes melhorar a aprarência de um pé cujos dedos não sejam muito bem arqueados.

Independente disto, dá um aspecto mais limpo e possibilita melhor movimentação do animal (unhas muito grandes podem prejudicar o movimento e até causar algum defeito no caso de cães em fase de crescimento).

Veja na figura abaixo onde deve ser realizado o corte da unha. A área pontilhada embaixo da unha é tecido vivo com sangue e nervos e é chamada de sabugo, ou leito da unha. Corte diagonalmente na unha somente alguns poucos milímitros. Em caso de dúvida, peça a seu veterinário para fazer isto por você.

Como Banhar e Secar o meu Cão Passo a Passo

É muito importante dar banho em seu cachorro para livrá-lo de parasitas de pêlo ou simplesmente para eliminar a sujeira.

O banho deve ser dado com água morna se estiver frio e com água quase fria se estiver calor. Água quente resseca o pêlo e tira o brilho. Além de, eventualmente, causar problemas de saúde como gripes fortes ou pneumonias em razão de uma mudança brusca de temperatura.

Você deve utilizar xampu próprio para cães ou neutros, os mesmos utilizados para bebês.

Antes de iniciar o banho lembre-se de ter próximo a você: xampu; creme rinse (se for utilizar); toalha e uma coleira para prender o animal, se a banheira ou o tanque for raso, evitando, assim, algum acidente.

Siga as setas e veja como banhar e secar o seu cachorro em 16 quadros.

Características do AKITA

A escovação é importante para manter o pelo do Akita sempre bonito, principalmente na época da troca, onde o subpêlo e o pelo morto devem ser retirados.

Sua pelagem é semi longa, mas não causa maiores problemas. Os banhos devem ser dados ao menos 1 vez por mês. A limpeza dos ouvidos deve ser feitas à cada 15 dias.
PADRÃO - FCI-255 b (Manual de Exposição da Confederação Brasileira de Cinofilia - Bruno Tausz)

ASPECTO GERAL: de porte grande, construção sólida, bem proporcionado e substancioso, características de sexualidade bem definidas, com uma figura de elevada nobreza e dignidade em sua modéstia; valentão por constituição.

PROPORÇÕES IMPORTANTES: a relação de proporção entre a altura na cernelha e o comprimento do tronco é 10:11, sendo, nas fêmeas, ligeiramente mais longo.

TEMPERAMENTO E COMPORTAMENTO: decidido, fiel, dócil e receptivo. CABEÇA: crânio proporcional ao tronco. Testa larga com um stop bem definido e um sulco sagital bem visível mas, sem rugas. Bochechas, moderadamente, desenvolvidas. A cana nasal é reta com a trufa volumosa e preta, sendo admitida a trufa cor de carne para os exemplares brancos. Focinho de comprimento moderado, largo na raiz, diminuindo sem ser bicudo. Os lábios são bem fechados. Os dentes, fortes articulados em tesoura.

OLHOS: relativamente pequenos, triangulares, bem separados, de cor marrom escura. Melhor a cor mais escura.

ORELHAS: relativamente pequenas, grossas e triangulares, ligeiramente inclinada para a frente e eretas e inclinadas para frente, moderadamente separadas e sutilmente arredondada nas pontas.

PESCOÇO: grosso e musculoso, sem barbela e proporcional à cabeça.

TRONCO: dorso reto e forte. Lombo largo e musculoso. Peito profundo e antepeito bem desenvolvido. Costelas moderadamente arqueadas e o ventre bem recolhido.

CAUDA: de inserção alta, grossa e portada sempre bem enroscada sobre o dorso. Se for esticada, a ponta quase toca o jarrete.

MEMBROS ANTERIORES: ombros moderadamente inclinados e desenvolvidos, membros retos e boa ossatura, cotovelos bem ajustados.

MEMBROS POSTERIORES: bem desenvolvidos, fortes e, moderadamente, angulados. PATAS: fortes, redondas, arqueadas e compactas.

MOVIMENTAÇÃO: elástica e potente.

PELAGEM: pêlo duro e reto, com um subpêlo macio e denso; a cernelha e a garupa são revestidos com uma pelagem ligeiramente mais longa; os pêlos da cauda são ligeiramente mais longos.

COR: ruivo (vermelho), sésamo (gergelim), tigrado e branco. Com exceção do branco, todas essas cores deverão ter "URAJIRO". (URAJIRO = pelagem esbranquiçada nas laterais do focinho, nas bochechas, sob o queixo e no pescoço, no peito, toda a linha inferior e face medial dos membros).

TALHE: altura na cernelha: machos 67 cm. fêmeas 61 cm. Com uma tolerância de, mais ou menos, 3 cm.

FALTAS:

qualquer desvio, dos termos deste padrão, deve ser considerado como falta e penalizado na exata proporção de sua gravidade.
Máscara preta deve ser considerado falta.
Manchas brancas são toleradas, mas a ausência delas é preferível.
Medo.
Prognatismo superior ou inferior.
Língua manchada.
Características de sexualidade reversas.
Íris de cor clara.
Falta de dentes.
Cauda curta.
DESQUALIFICAÇÕES:
Orelhas caídas ou semicaídas.

Cauda pendente.

Pêlos longos (peludo).
NOTA: os machos devem apresentar dois testículos, de aparência normal, bem desenvolvidos e acomodados na bolsa escrotal.

quarta-feira, 21 de julho de 2010

Akita: Estilo Cada Vez Mais Oriental

Akita, símbolo nacional nipônico, há muito é admirado no mundo por suas qualidades. Saiba por que trabalha-se para deixá-lo mais oriental.

Entre os cães árticos - aqueles que vêm das regiões frias e têm pelagem densa, orelhas pequenas e cauda espessa enrolada ou caída sobre a garupa -, o Akita é o que mais se destacou no Brasil como guardião. Tem admiradores em toda a parte por seu temperamento alerta e reservado com estranhos, silencioso, discreto e agressivo quando necessário. É também companheiro sensível, inteligente e devotado a família.

Seus ancestrais de tipo "spitz" (de focinho afilado e aspecto físico que lembra a raposa) vieram da Coréia, Sibéria e China há mais de 2 mil anos. Desde lá, foram feitos cruzamentos, inclusive para adequá-lo às atividades exercidas conforme a época e a região, tornando-o o cão de maior porte do Japão. Foi caçador de javalis e ursos, guarda de grandes propriedades e lutador em rinhas com outros cães. Sabe-se que cruzou com molossos, a partir de 1900, para adquirir maior robustez e potência de mordedura. Seu temperamento foi moldado ao gosto do povo e da cultura japonesa. Tornou-se, assim, uma de suas tradições, muito querido, símbolo de boa-sorte, conhecido como o cão dos Samurais.

No início deste século, os japoneses interessaram-se em recuperar a pureza de suas raças caninas. Em 1931, encontraram exemplares satisfatórios deste cão de porte grande na região de Akita, vindo daí seu atual nome. Um ano após, o Akita foi elevado a "Monumento Nacional" e, em 1934, teve seu primeiro padrão oficial, com a fundação do Akita Ken Hozonkai (Associação de Preservação da raça Akita), passando a ser criado nos moldes da moderna cinofilia.

Durante a 2ª Guerra, o trabalho teve que ser interrompido. Muitos cães foram eliminados e, dos poucos Akitas que restaram, a maioria mesclou-se novamente, inclusive com Pastores Alemães usados pelos militares, apresentando características atípicas, como máscara negra, pelagem com grandes manchas, corpo comprido, orelha grande e em pé. Desde lá, trabalhou-se para retornar à antiga expressão da raça, acrescentar agilidade e elegância à sua robustez e eliminar as cores não típicas. O Japan Kennel Club alterou, há alguns anos, o padrão oficial, que foi repassado ao Brasil e demais países filiados à FCI-Federação Cinológica lnternacional, em 1991. Nele, a pelagem longa é falta grave desqualificante, a máscara negra falta simples e as marcações de pelagem sobre fundo branco são apenas toleradas, preferindo-se sua ausência.

Deste trabalho surgiu uma minoria de exemplares leves demais, com o focinho mais longo e afilado ou pelagem longa ou curta demais e menos densa. Corrigir isso é o atual desafio dos criadores criteriosos.

No mundo, quem mais criou Akitas no ano passado foram os Estados Unidos, com 11.574 exemplares registrados em 1993 (o Japão veio em seguida com cerca de 10.000 exemplares). Eles chegaram aos EUA após a guerra, levados inclusive por soldados que dela retomavam. Eram Akitas com características típicas daquela época, mantidas até hoje e reforçadas pelos americanos, a ponto de estarem muito diferentes dos japoneses.

O porte, descrito por ambos os padrões como grande e bem balanceado, é mais alto e robusto pelo AKC-American Kennel Club que determina altura de 71 cm e desqualifica se tiver menos de 64 cm, contra os 67 cm da FCI que permite 3 cm a mais ou a menos. Ainda, o AKC é mais rígido desqualificando tamanhos abaixo do padrão e considerando falta grave os magros ou com ossaturas leves. Este tipo de penalização não existe pela FCI.

Boa parte da criação americana tem máscara preta, apreciada por dar uma aparência intimidatória. Os malhados, em baixa no Japão, são os preferidos pelos americanos (grandes manchas uniformemente distribuídas sobre fundo branco, cobrindo a cabeça e mais de um terço do corpo, define o AKC). A maioria dos Akitas japoneses são vermelhos. Nos EUA são minoria.

Porém, se por um lado os americanos tem físico mais poderoso, por outro perdem em temperamento de guarda. "Não recomendo o Akita para a guarda", diz Susan L. Duncan, vice-presidente do Akita Club of America. A criadora americana Linda Wilvaington do Daikoku Akitas Kennel de Columbia-KY, que cria ambos os tipos, compara: "o japonês é excelente guardião, percebe imediatamente uma tentativa de agressão e impede-a. O americano perdeu em parte a habilidade para o trabalho, ficou mais frouxo. Há os bons para a guarda, os agressivos demais e os excessivamente mansos. A linhagem japonesa aprende mais rápido, é mais ágil e apesar de sua estrutura menor e dos machos serem menos másculos, gosto da sua agilidade, da firmeza, da aparência e da cara mais amigável e sorridente. Considero que o tipo físico e o temperamento devem ser a prioridade do criador e que a questão das cores é secundária. Apesar da máscara preta e do malhado serem sinais de impureza, acho-as bonitas e nem são falta desqualificante".

A maioria dos criadores está satisfeita com o padrão atual. "Na Itália, onde julguei há pouco, só existem Akitas japoneses e, na última exposição mundial de Berna, Suíça, prevalecia o tipo japonês sem máscara nem malhado. Eram bonitos e de bom porte", relata Anita Soares, vice-presidente do Clube Paulista do Akita, juíza e criadora pelo Canil Antique's Place de São Paulo-SP.

Há quem prefira o Akita criado há alguns anos. "Quando comecei com o Akita em 1983, escolhi a linhagem japonesa. Agora, acho que a altura e a robustez diminuíram. Vejo exemplares peludos e sei de outros barulhentos ou medrosos. Hoje, o Akita americano me parece mais adaptado ao que o padrão exige", opina Gervásio Lourenço Jr. do White Feet Kennel, São Paulo-SP.

Assegurando não ter observado redução no porte na raça, Sebastião Alves de Souza, do Akihushi Ber Kennel, de Fortaleza-CE comenta que "o Akita deve ter porte respeitável. Para mim o americano é grande demais". Beth Uebe e Luiz Antonio Castino, do Daphine Star Kennel de Belo Horizonte-MG, criadores da linhagem japonesa há anos confirmam que o Akita é silencioso e que seu instinto de guarda continua apurado. Tanto que Beth completa "no prédio em que moramos me chamam de "criadora dos cães mudos". Takayoshi Ogata, criador há 7 anos pelo Aso Kohgen Kennel, de Salvador-BA, não tem observado alterações no temperamento da raça. "Acho necessário sangue novo no plantel nacional para melhorá-lo ainda mais. Mas o Akita continua um cão de um dono só, guarda eficiente e equilibrado, que adora as crianças".

Resumindo, o presidente do Clube Paulista do Akita, Kishiro Maki, juiz e proprietário do Canil Shirakaba de São Paulo-SP, que vem trabalhando para divulgar a tipicidade da raça, explica que "pelo novo padrão, o Akita deve ser de porte grande, vigorosamente constituído, bem balanceado, com muita substância e robusto. A altura não mudou. Deve ser leal, dócil e receptivo, mas sempre alerta, mesmo que não o demonstre, e só deve latir em casos extremos. Não pode permitir que um estranho o toque sem autorização e atacará imediatamente um agressor. Pêlos longos são falta desqualificante. Os problemas citados anteriormente são minoria e os criadores estão atentos para superá-los".

Akita: Um Jeito Único de Fazer a Guarda

O Akita é uma alternativa eficaz na guarda de qualquer tipo de ambiente. Desconfiado e muito tranqüilo, segundo os criadores ele pode até ser criado em pequenos espaços com sucesso.
Devido ao crescimento vertiginoso da violência, a presença de um cão de guarda é um alívio. Ainda mais se este cão for um Akita, uma raça que, além de limpa e asseada, é ainda discreta e silenciosa.

Provavelmente em virtude dessas características, ele é criado em grandes e pequenos espaços, comportando-se satisfatoriamente até mesmo em apartamentos, pois conquista a simpatia até dos vizinhos.

A raça costuma latir apenas quando pressente algo suspeito. Sua maneira silenciosa é oriunda da cultura nipônica. No Japão (país de origem da raça) antigo as casas eram feitas de madeira e finas folhas de papel de arroz. Assim, qualquer ruído era compartilhado pela vizinhança. Nesse sentido, era fundamental que os animais fizessem pouco barulho para não incomodar os vizinhos. Apreciadores dessa forma silenciosa, os japoneses selecionaram os cães menos barulhentos para aprimorar a raça. A criadora Maria Luiza da Silva Ferrari, do Mara's Kennel (Barretos-SP), conta que teve uma cadela, Bruna, que nunca latiu durante os 8 anos em que viveu. Até os últimos minutos de sua vida, quando sentia fortes dores, Bruna permaneceu calada.

A criadora Maria Elizabeth Dutra Uebe, do Daphine Star Kennel (Belo Horizonte-MG), que cria três Akitas em seu apartamento, diz que seus cães não lhe dão trabalho nem incomodam as pessoas. Ela nunca recebeu uma reclamação. Os vizinhos gostam muito deles. Certa ocasião, um ladrão assaltou um dos apartamentos do prédio de Beth. A notícia se espalhou rapidamente. Curiosamente, antes de Beth saber o que acontecera, sua cadela Daphine já estava fazendo a guarda na porta do apartamento, de modo que não deixava ninguém entrar. Daphine pressentira algo errado no ar. Naquele dia, a cadela acabou ajudando a polícia a seguir a pista do invasor.

Outra herança da cultura oriental é o temperamento reservado. "O Akita dificilmente faz amizade com qualquer pessoa. Mas, depois que seu coração for conquistado, torna-se um amigo para sempre", afirma Maria Luiza. A raça é muito desconfiada com estranhos. Um Akita só recebe bem uma pessoa se seu dono for cordial com ela. Normalmente, demora a se acostumar com desconhecidos. Assim, a aquisição de um exemplar adulto, geralmente, causa alguns problemas. Até o cão aceitar o novo dono, assumirá uma postura distante e fria, sem grandes demonstrações de afeto.

Essa reserva se mantém intacta até mesmo diante de situações em que o instinto prevaleceria. O criador Washington Jorge Parente de Oliveira, do Brasil Akita-Ken (São José dos Campos - SP), conta que, certa ocasião, levou seu cão, Butch, para passear no centro comercial da cidade. Lá uma moça ficou encantada com o cão e não tirou mais os olhos dele. O cão também a observava. Foi daí que ela resolveu dar um pedaço de carne do seu espetinho. E não é que Butch esnobou a oferta e continuou a encará-la! A moça ficou ofendida.

Como todo cão de guarda, o Akita não gosta de estranhos. Ele só os respeita quando estão na companhia de seus donos. Mesmo quando a pessoa lhe é apresentada, o Akita não se tornará seu amigo. A raça não aceita a presença de estranhos em seu território quando o dono está ausente.

Washington afirma que seus cães não gostam de afagos de estranhos, mesmo que sejam amigos seus. Quando isso ocorre, o Akita fecha os olhos em forma de fenda, abaixa as orelhas e o rabo e olha para o dono como se estivesse querendo dizer que não está gostando.

Já com as crianças, seu temperamento é mais brando. Mesmo assim não permite a presença delas em seu território na ausência das pessoas com quem convive e nem gosta que abusem da sua paciência. Solange Brandão Frota, do Canil do Vale Caledônia (Nova Friburgo-RJ) diz que, quando seus filhos estão com os amigos brincando com espadas de plástico, seus cães ficam alertas para se certificar de que não serão machucados. Quando uma criança dá uma espadada na cabeça de um dos filhos da criadora, os cães começam a rosnar. Querem dizer que já está na hora de acabar com a brincadeira.

Mesmo quando filhotes, estes cães são reservados com os desconhecidos. A raça muito cedo já demonstra suas habilidades na guarda. Maria Raquel Malevicz de Vasquez, do Glen Suilag Kennel (Piracicaba-SP), conta que deu um filhote de presente para sua prima, pois seu sítio fora assaltado muitas vezes. Um dia, o cãozinho começou a latir insistentemente. Quando a moça foi verificar, encontrou um rapaz tentando roubar o caminhão de seu pai. Logo que o indivíduo se deparou com o Akita (na época com 7 meses), começou a correr. O cão estava furioso e partira para o ataque.

Amigo do sossego, o Akita não gosta de ser perturbado nem de perturbar. Quando não quer conversa, dá um alerta com um rosnado baixinho. Muito equilibrado, não ataca pessoas ou animais a troco de nada. "Apesar de bravos, os Akitas são cães de boa natureza. Jamais atacam por trás ou sem avisar. Um dia meu Poodle estava amolando um de meus cães, que o advertiu prensando-o com o focinho no chão. Se não tivesse caráter talvez o mataria com apenas uma dentada", conta Maria Raquel.

A extrema fidelidade aos donos aliada à inegável coragem faz com que a raça seja associada à figura do Samurai - guerreiro que servia a um só senhor e por este não hesitava em dar sua própria vida. Esse cão protege seu dono e seu território por amor. Quando há um estranho por perto, ele se coloca imediatamente de prontidão na guarda. Fica observando cada movimento da pessoa, não desviando a atenção por um segundo. Se pressente algo suspeito, dá um latido rouco e baixo, em sinal de advertência. É como se impusesse um limite, o qual não deve ser ultrapassado. Caso a pessoa desrespeite esse limite, ele começa a espumar pela boca, eriça os pêlos e se arma para o ataque.

Durante o trabalho de guarda, o Akita não dorme em serviço. Trabalha essencialmente com a audição e visão. É capaz de detectar a presença de um estranho a muitos metros de distância. Se alguém invade seu território, não sossega enquanto não avisar seu dono, fazendo-o de modo discreto. Graças a esta maneira quieta e eficaz na abordagem de estranhos, existem vários casos em que os assaltantes foram pegos desprevenidos por um Akita, pois não sabiam que havia um cão por perto.

Akita, Símbolo da Saúde e Felicidade

Para os japoneses, ele é o símbolo da saúde e felicidade. Criado como cão de caça nas montanhas do norte do Japão, foi também usado como animal de combate até o século passado, quando as lutas entre cães foram proibidas no Japão. Durante a II Guerra Mundial a raça quase desapareceu por completo pois o governo japonês mandou matar todos os animais que não eram utilizados pelo Exército. Somente os pastores alemães foram poupados e alguns exemplares de Akita, que os donos os esconderam. Foi só em 1960, depois de anos de trabalho árduo é que a raça, finalmente, foi recuperada. O primeiro Akita chegou ao Brasil em 1970 e nos últimos cinco anos a CBKC registrou o nascimento de muitos filhotes.
No momento, a raça Akita está sendo muito questionada no Brasil. As opiniões são muito diversificadas sobre como deve ser o tipo do Akita, e com isso creio que vamos acabar tendo o Akita Brasileiro, já que existe o Japonês e o Americano.

Toda pessoa que resolveu comprar e criar um Akita, já leu alguma coisa sobre a raça e tomou conhecimento de um pouco da historia desta, escolhida para ser o melhor companheiro. Em troca pelo que recebemos das qualidades que ela nos presenteia, nos sentimos muito envolvidos, e cada vez mais cresce o desejo de aprimorar os nossos conhecimentos para com ela.

Akita tem sua origem no Japão, quando um nobre foi exilado para o distrito de Akita, província que se localiza ao norte da ilha de Honshu, no século XVII. Grande interessado em cães, estimulou a criação local. Com gerações de acasalamentos seletivos, a raça evoluiu para esse cão de estrutura e talhe incomuns, grande caçador e guarda. Nos séculos seguintes a raça passou por momentos de apogeu alternados com fase de quase extinção. Em 1927 foi fundada a Sociedade Akitainu Hozankai, destinada a preservar sua pureza. Em 1931, o governo classificou-a como monumento nacional e um dos tesouros do Japão. De fato, é tão importante para o país, que o governo se encarrega da manutenção de um campeão Akita quando seu proprietário não pode fizê-lo.

Criado como um versátil cão de caça nas montanhas ao norte do Japão, o Akita foi amplamente utilizado nesse trabalho, tanto na perseguição da presa como para trazê-Ia à mão. Desse modo, suas habilidades no esporte incluem resistência, visão acurada e faro, silêncio e velocidade aliados a um corpo e estrutura altamente resistente.

Existe um significado espiritual ligado à raça. No Japão os Akitas sempre foram encarados como companheiros leais, protetores do lar e símbolo de saúde. Quando uma criança nasce, a família geralmente ganha uma estatueta simbolizando o Akita, como garantia de saúde, felicidade e longa vida. Da mesma forma, quando uma pessoa adoece, os amigos lhe oferecem uma outra estatueta, como expressão do desejo de pronta recuperação.

Akita de hoje é descendente, em tamanho maior, dos antigos cães japoneses que aparecem em antigas gravuras: as orelhas eretas e a cauda curva acima do dorso são inconfundíveis.

Combinando dignidade com boa natureza, coragem alerta com docilidade, esta raça se caracteriza pela fidelidade aos membros da família e amigos: sabe bem defender os seus contra qualquer ameaça estranha.

O SEU COMPORTAMENTO
Apenas a partir dos três meses é possível observar algumas características no filhote (como por exemplo, a sua desinibição ou timidez). Nesta fase, ele já começa a latir para estranhos e se mostra calmo com os adultos. É muito fiel e carinhoso, mas bastante reservado. Cão de um só dono, se apega a todos da casa, apresentando, porém, uma leve prediIeção por uma determinada pessoa, para a qual se dirige com mais freqüência. Gosta muito de crianças e sabe lidar com elas, dosando sua força. Quando se cansa das brincadeiras, retira-se calmamente.

Como o Akita tem uma dificuldade natural em aceitar imposições de estranhos -um adestrador, por exemplo- é melhor ensiná-lo em casa. Só o treinamento para exposições deve ser feito por especialistas e iniciado cedo a partir de 4 ou 5 meses para que o animal se acostume com o professor. E, se este não conseguir ganhar a sua confiança, ele não o aceitará e, conseqüentemente, não o obedecerá.

EVOLUÇÃO
Para melhor conhecimento da raça, á necessário saber um pouco de sua história. Em 1868, houve uma revolução no Japão quando ocorre o término do Governo de Shogum Topogawa, com a restauração do Império Japonês, dando início a "Era Meide". Até este período, o país passava por um isolamento internacional, cujo controle impedia as entradas e saídas de pessoas, e também importação e exportação de mercadorias e informações, sendo que o mal cumprimento dessas exigências, acarretava na pena de morte. Desta forma, a entrada de cães ocidentais era proibida. Nesta época, o povo da região de Akita, apreciava o "esporte" de briga de cães, e os considerados bons, eram aqueles que saíam vitoriosos na rinha. Ainda nesta época, não estava estabelecido nenhum padrão do cão, entretanto após o término do isolamento, o povo passou a misturar o cão original com várias raças ocidentais, principalmente com molossos. Contudo, todas as características de molossos são indesejadas hoje na raça Akita. Na época da Segunda Guerra Mundial, o governo militar proibiu a criação de cães no país, influenciados pelos seus aliados alemães, eliminando todos os exemplares exceto os da raça Pastor Alemão existentes no país, isto porque esses eram utilizados nos trabalhos do exército. Ao término da Guerra, haviam poucos exemplares da raça Akita e iniciou-se a sua mistura com o Pastor Alemão.

Quaisquer características desta última, tais como orelhas excessivamente na vertical, grandes, e distância muito estreita entre elas; crânio sem forma triangular, afetaram suas formas originais, e é considerado hoje um tipo antigo para os japoneses.

Nos tiltimos 40 anos, os japoneses vêm trabalhando no sentido de tornar a raça mais pura possível, resgatando as características típicas anteriores.

Uma das determinações do Governo Japonês, estabelecendo uma Iei de 1918, que conseguiu se manter incólume, protegia as reservas biológicas nacionais, paradoxando às acoes inibidoras da criação e que alteravam o "padrão" da raça. Esta lei também protegia os cães de origem japonesas, acarretando, contra todos os impedimentos, a criação da Nippon Kenkos Okai, em 1928, entidade que protegia a raça Akita, então se estabelecendo o 1º padrão para cães da raça nipônica. Foi o único padrão nipônico diferenciado apenas pelo tamanho do animal: grande, médio, pequeno. Em 1931, foi descoberto o primeiro exemplar canino de porte maior, através da investigação do Dr. Seiquild Siburagui, na província de Akita, e foi considerado espécie que requereu proteção para preservação.

Em 1934, foi criada a Akita Inohos Okai, Associação de preservação da raça Akita, na cidade de Odapuwa, na província de Akita. Esta Associação é comumente chamada de Akiho e assim estabeleceu o padrão da raça Akita.

O padrão da raça do Japan Kennel Club corresponde à este padrão. Em 1948, foi criado o Akita Inu Jokai, uma Associação da raça na cidade de Tokio, comumente chamada de Akio, que finalmente determinou o padrão.