quarta-feira, 21 de julho de 2010

Seu lema é o silêncio

Akita: Seu lema é o silêncio


Saiba mais sobre a situação da raça Akita no mundo

Entre os mais conhecidos cães usados para a guarda, pode-se afirmar que o Akita é o de atuação mais discreta e silenciosa. Tanto que é comum vizinhos se surpreenderem ao descobrir que "naquela tranquila casa ao lado" há, de fato, um cachorro. O Akita só dá o alarme em caso extremo e, mesmo assim, emite poucos latidos, curtos e roucos. Não faz estardalhaço para agir. Além de quase não latir, se move na calada e fica na espreita, como se analisasse qual é o momento para dar o sinal. Se, enfim, late, o susto é para valer, pois pega o intruso totalmente desprevenido. Caso este já tenha invadido o seu território, é provável que não haja tempo para se defender.

Anita Soares, vice-presidente do Clube Paulista do Akita e criadora pelo Antique's Place Kennel, de São PauIo, SP, conta que se há movimento perto do portão, o seu Akita faz um verdadeiro ritual: olha para a direção do barulho, levanta devagar, como se não quisesse ser percebido, pára diante do portão, fareja o ar e fica estático em atenção. "Na maioria das vezes, não emite um som. Mas se o fizer é certo: encostaram na casa ou no carro que fica na frente", completa.

Outra característica, que impõe respeito, é o olhar penetrante e fixo, que parece buscar a "alma das pessoas". Gervásio Lourenço Júnior, do White Feet Kennel, de São Paulo, SP, recorda de várias situações em que alguém ao ver seu cão comentou sobre o "olhar bravo". Os olhos puxados, cujo contorno preto parece delineado por um pincel, colaboram para esse olhar impressionante. Soraya de C. Guedes, do Koyuki Kennel, de São Paulo, SP, concorda: "na rua, outros cães tentam, empolgados, chegar perto dos meus, mas basta que os olhares se cruzem para que simplesmente recuem".

Voltado para o dono, o Akita Capta as suas emoções, o que se reflete na companhia e na guarda. Desconfiado, é raro que fique "chegado" mesmo aos amigos do dono. "Ele os aceita, se estivermos juntos, mas fica atento e não os festeja", diz Takayoshi Ogata, do Aso Kohgen Kennel, de SaIvador, BA.

No Brasil, o estilo sossegado do Akita conquista cada vez mais admiradores, pois, entre outras qualidades, ele se adapta bem a espaços pequenos e não incomoda a vizinhança. De 1985 até hoje, a raça quadruplicou em quantidade, saindo dos 500 cães para mais de dois mil.Por ser utilizado na guarda, o tamanho aliado à massa física é um ponto importante. Afinal, quanto menos poderoso for o cão, menos intimida.Hoje, no Brasil, 80% dos Akitas são registrados pela CBKC - Confederação Brasileira de Cinofilia e a maioria está menor que o desejado. O padrão do FCI - Federação Cinológica Internacional, seguida pela CBKC, determina uma altura Ideal de 67 cm e tolera 3 cm a mais ou a menos."Grande parte dos cães está no limite mínimo, com cerco de 64 cm", observa Anita. "Estamos conscientes e decididos a trabalhar pelo ideal."

Alexandre Kobayashi, do Canil Hunter's Place, de Oriente, SP, acrescenta que muitos não chegam sequer ao mínimo Gervásio conta que, como seus cães tem a altura ideal de 67 cm, quando vão a exposições parecem gigantes frente aos demais. "É incrível como poucos centímetros multiplicam o efeito visual de poder físico", conclui.
Provavelmente, o motivo do domínio dos pequenos no País foram as importações. "Os cães que vieram de fora, nos últimos anos, eram pequenos e influenciaram a criação", diz Anita. O problema de criar, tendo por base os pequenos, é o risco em diminuir a raça cada vez mais. Mas vale uma ressalva: não se deve pensar, em contrapartida, que quanto maior for o cão, melhor. Haja visto que a altura ideal no padrão não é a máxima permitida. "Os Matagui-Inus, ancestrais do Akita que não eram muito grandes, são a base da tipicidade da raça hoje", diz Kishiro Maki, presidente do Clube Paulista do Akita e criador pelo Canil Shirakaba, de São Paulo, SP. "Por isso, em tamanhos superiores ao ideal, há mais chances de perder as proporções corretas."

As informações de outros países demonstram que, quanto ao tamanho, a raça vai muito bem. Monique Bartolozzi, presidente do Clube dos Cães Nórdicos da França, que controla os cães quando completam um ano de idade, confirma que os principais reprodutores tem altura aproximada de 67 cm. No Itália, Alemanha, Suíça, Portugal e no próp rio Japão também predomina essa medida. Anita, que é juíza internacional, afirma: "Iá fora o problema não existe".

Nos EUA, os cães são maiores e a maioria dos exemplares de destaque mede entre 67 e 69 cm, como conta a criadora americana Linda Wilvaington. Mas, isso é porque há uma série de diferenças entre os Akitas de linhagem americana e os de linhagem japonesa, sendo a altura uma delas. Mesmo maiores, os cães americanos são bem proporcionados, pois carregam a influência de raças como o Pastor Alemão e vários Molossos. Já os japoneses trabaIham para eliminar tal influência. Aqui, a ACB - Associação Cinológica do Brasil, que registra 20 % dos Akitas, se baseia no padrão americano e por isso os exemplares não são pequenos, já que descendem, na sua maioria, da criação dos EUA. Estes cães podem até ajudar a aumentar o tamanho dos outros, mas devese ter cuidado: podem transmitir características só aceitas pelo padrão americano e não pelo da FCI, como por exemplo a máscara negra.

No padrão japonês de 1992, que a FCI segue por ser o país de origem da raça, a máscara negra passou a ser "falta", o que significa que é uma característica indesejável e que numa exposição, quem a tiver, perde pontos. A razão é que a máscara negra não existia no Akita original e veio de raças usadas a partir de l900 para salvá-lo da extinção. A CBKC deu um prazo de tolerância à essa medida até julho de 1995. Uma circular foi enviada aos juízes informando que os cães com máscara negra não poderiam mais receber a qualificação "excelente". Consequentemente, não haverá mais campeões com tal característica. A circular acrescenta que até 1998 eles serão aceitos para reprodução. O presidente da CBKC, Sérgio Castro, informa que não foi definido o critério para impedir que estes cães acasalem a partir da data imposta. "Ainda faltam dois anos, mas até Iá teremos um método", diz. A França, por exemplo, que proíbe acasalar os mascarados desde 1992, analisa o cão adulto e fornece ou não o certificado de apto à reprodução.

Aqui, os criadores já estão evitando reproduzí-los, mas na prática atestam que, de um casal sem máscara, nascem fiIhotes que a tem. É o caso de Vitor Hugo Femandes, do Canil Fushigi-na, de Porto Alegre, RS, que afirma conhecer cães mascarados, vindos de uma linhagem em que só os avós tinham máscara. Soraya também teve uma experiência idêntica. Não se sabe exatamente por quantas gerações a hereditariedade da máscara caminha.

Tendo em vista que no País a maioria dos Akitas é criada nos moldes da FCI, em alguns anos os máscaras negras serão "estranhos no niho". No entanto, Fabio C. Fioravanzi, autor do livro L'Akita, conta que no mundo eles predominam. Nada surpreendente. Os EUA lideram em quantidade a criação e mesmo em países filiados à FCI eles ainda são uma realidade. O que será deles? Só o tempo dirá. A idéia de transformar o Akita criado nos EUA, onde mascarados são bem-vindos, em outra raça, é comentada por criadores em vários países. Mas tudo ainda é informal. Não há um movimento efetivo. Além do mais, para a FCI reconhecer uma nova raça, muita água tem que passar debaixo da ponte. Há dois anos, a entidade divulgou um documento manifestando a problemática de raças similares serem reconhecidas como diferentes, pois reduz-se bruscamente o número de cães de cada uma e tende-se à consangüinidade.

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Ficha:

Compra do filhote: pelos pais prevê-se o tamanho. Máscaras podem sumir até os 7 meses se fios brancos, a partir dos 40 dias, surgirem entre os fios pretos. Os olhos devem ter as pontas próximas ao nariz mais baixas que as outras.

Cor: branca, tigrada, ruiva, sésamo ou gergelim (ruiva intercalada com fios pretos). Todas exceto a branca, devem ter urajiro (pelagem esbranquiçada ao lado do focinho, bochechas, sob o queixo e pescoço, peito, pontas das patas e da cauda e face interior dos membros). O AKC aceita qualquer cor, até manchas brancas que são falha pela FCI.

Banho: certifique-se depois do banho que o subpelo ficou bem seco para evitar dermatites.

Adestramento de ataque: "não levar em conta o temperamento de cão nórdico pode implicar em desvios de conduta", Gervásio.

Akita - Matéria de 1994

Akita: Um jeito único de fazer a guarda
O Akita é uma alternativa eficaz na guarda de qualquer tipo de ambiente. Desconfiado e muito tranqüilo, segundo os criadores ele pode até ser criado em pequenos espaços com sucesso.
Devido ao crescimento vertiginoso da violência, a presença de um cão de guarda é um alívio. Ainda mais se este cão for um Akita, uma raça que, além de limpa e asseada, é ainda discreta e silenciosa.

Provavelmente em virtude dessas características, ele é criado em grandes e pequenos espaços, comportando-se satisfatoriamente até mesmo em apartamentos, pois conquista a simpatia até dos vizinhos.

A raça costuma latir apenas quando pressente algo suspeito. Sua maneira silenciosa é oriunda da cultura nipônica. No Japão (país de origem da raça) antigo as casas eram feitas de madeira e finas folhas de papel de arroz. Assim, qualquer ruído era compartilhado pela vizinhança. Nesse sentido, era fundamental que os animais fizessem pouco barulho para não incomodar os vizinhos. Apreciadores dessa forma silenciosa, os japoneses selecionaram os cães menos barulhentos para aprimorar a raça. A criadora Maria Luiza da Silva Ferrari, do Mara's Kennel (Barretos-SP), conta que teve uma cadela, Bruna, que nunca latiu durante os 8 anos em que viveu. Até os últimos minutos de sua vida, quando sentia fortes dores, Bruna permaneceu calada.

A criadora Maria Elizabeth Dutra Uebe, do Daphine Star Kennel (Belo Horizonte-MG), que cria três Akitas em seu apartamento, diz que seus cães não lhe dão trabalho nem incomodam as pessoas. Ela nunca recebeu uma reclamação. Os vizinhos gostam muito deles. Certa ocasião, um ladrão assaltou um dos apartamentos do prédio de Beth. A notícia se espalhou rapidamente. Curiosamente, antes de Beth saber o que acontecera, sua cadela Daphine já estava fazendo a guarda na porta do apartamento, de modo que não deixava ninguém entrar. Daphine pressentira algo errado no ar. Naquele dia, a cadela acabou ajudando a polícia a seguir a pista do invasor.

Outra herança da cultura oriental é o temperamento reservado. "O Akita dificilmente faz amizade com qualquer pessoa. Mas, depois que seu coração for conquistado, torna-se um amigo para sempre", afirma Maria Luiza. A raça é muito desconfiada com estranhos. Um Akita só recebe bem uma pessoa se seu dono for cordial com ela. Normalmente, demora a se acostumar com desconhecidos. Assim, a aquisição de um exemplar adulto, geralmente, causa alguns problemas. Até o cão aceitar o novo dono, assumirá uma postura distante e fria, sem grandes demonstrações de afeto.Essa reserva se mantém intacta até mesmo diante de situações em que o instinto prevaleceria. O criador Washington Jorge Parente de Oliveira, do Brasil Akita-Ken (São José dos Campos - SP), conta que, certa ocasião, levou seu cão, Butch, para passear no centro comercial da cidade. Lá uma moça ficou encantada com o cão e não tirou mais os olhos dele. O cão também a observava.

Foi daí que ela resolveu dar um pedaço de carne do seu espetinho. E não é que Butch esnobou a oferta e continuou a encará-la! A moça ficou ofendida.

Como todo cão de guarda, o Akita não gosta de estranhos. Ele só os respeita quando estão na companhia de seus donos. Mesmo quando a pessoa lhe é apresentada, o Akita não se tornará seu amigo. A raça não aceita a presença de estranhos em seu território quando o dono está ausente.

Washington afirma que seus cães não gostam de afagos de estranhos, mesmo que sejam amigos seus. Quando isso ocorre, o Akita fecha os olhos em forma de fenda, abaixa as orelhas e o rabo e olha para o dono como se estivesse querendo dizer que não está gostando.

Já com as crianças, seu temperamento é mais brando. Mesmo assim não permite a presença delas em seu território na ausência das pessoas com quem convive e nem gosta que abusem da sua paciência. Solange Brandão Frota, do Canil do Vale Caledônia (Nova Friburgo-RJ) diz que, quando seus filhos estão com os amigos brincando com espadas de plástico, seus cães ficam alertas para se certificar de que não serão machucados. Quando uma criança dá uma espadada na cabeça de um dos filhos da criadora, os cães começam a rosnar. Querem dizer que já está na hora de acabar com a brincadeira.

Mesmo quando filhotes, estes cães são reservados com os desconhecidos. A raça muito cedo já demonstra suas habilidades na guarda. Maria Raquel Malevicz de Vasquez, do Glen Suilag Kennel (Piracicaba-SP), conta que deu um filhote de presente para sua prima, pois seu sítio fora assaltado muitas vezes. Um dia, o cãozinho começou a latir insistentemente. Quando a moça foi verificar, encontrou um rapaz tentando roubar o caminhão de seu pai. Logo que o indivíduo se deparou com o Akita (na época com 7 meses), começou a correr. O cão estava furioso e partira para o ataque.

Amigo do sossego, o Akita não gosta de ser perturbado nem de perturbar. Quando não quer conversa, dá um alerta com um rosnado baixinho. Muito equilibrado, não ataca pessoas ou animais a troco de nada. "Apesar de bravos, os Akitas são cães de boa natureza. Jamais atacam por trás ou sem avisar. Um dia meu Poodle estava amolando um de meus cães, que o advertiu prensando-o com o focinho no chão. Se não tivesse caráter talvez o mataria com apenas uma dentada", conta Maria Raquel.

A extrema fidelidade aos donos aliada à inegável coragem faz com que a raça seja associada à figura do Samurai - guerreiro que servia a um só senhor e por este não hesitava em dar sua própria vida. Esse cão protege seu dono e seu território por amor. Quando há um estranho por perto, ele se coloca imediatamente de prontidão na guarda. Fica observando cada movimento da pessoa, não desviando a atenção por um segundo. Se pressente algo suspeito, dá um latido rouco e baixo, em sinal de advertência. É como se impusesse um limite, o qual não deve ser ultrapassado. Caso a pessoa desrespeite esse limite, ele começa a espumar pela boca, eriça os pêlos e se arma para o ataque.

Durante o trabalho de guarda, o Akita não dorme em serviço. Trabalha essencialmente com a audição e visão. É capaz de detectar a presença de um estranho a muitos metros de distância. Se alguém invade seu território, não sossega enquanto não avisar seu dono, fazendo-o de modo discreto. Graças a esta maneira quieta e eficaz na abordagem de estranhos, existem vários casos em que os assaltantes foram pegos desprevenidos por um Akita, pois não sabiam que havia um cão por perto.

Akita - Matéria de 1979

Akita, o cão de guarda japonês que está fazendo sucesso no Brasil


Vigoroso, capaz de incríveis atos de coragem e demonstrações de afeto, o akita já foi puxador de trenó e até caçador de ursos. Hoje, é o mais popular cão de companhia do Japão, apesar de praticamente desconhecido entre nós. Se você escolhê-lo como amigo, pode contar com seu carinho, dedicação e extrema lealdade, por toda a vida. Veja aqui como ele chegou ao Brasil.
O que você acha de um cão muito valente, extremamente dedicado ao dono, ótimo guardião da casa e que, além de tudo isso, é fofo como um bichinho de pelúcia? Não existe um cão assim? Então é porque você ainda não conhece o akita, um imigrante japonês que viajou milhares de quilômetros para chegar até nós, e que está se adaptando muito bem no Brasil.

Os primeiros exemplares da raça foram trazidos do Japão há apenas cinco anos, pelo canil Bras Dog. A partir daí, a criação do akita se difundiu rapidamente, e hoje existem cerca de trezentas famílias, que têm em casa esse magnífico animal.

UM POUCO DE HISTÓRIA
Os irmãos Massaro e Katsu Sassaki, proprietários do Canil Minguei, especializado na criação do akita, contam com entusiasmo que a raça existe há mais de trezentos anos no Japão. "É um animal originário do Norte do Japão, a área mais fria do país. Antigamente ele era usado para caçar ursos e puxar trenós. Depois transformou-se no mais popular cão de guarda das famílias japonesas". No Japão, a briga de cães é um esporte bastante apreciado. por seu porte físico e grande coragem, o akita foi experimentado nesse tipo de competição, mas revelou-se incapaz para a prática do bárbaro espetáculo.

Na verdade, apesar de feroz com os intrusos, o akita é um cão de ótima índole, sendo excelente companheiro de toda a família, inclusive das crianças. Um cão com tal temperamento seria incapaz de servir para batalhas campais com seus irmãos.

EXEMPLO DE DEDICAÇÃO
Massaro e Katsu Sassaki, que já ganharam vários prêmios em exposições com o akita, colecionam revistas japonesas que falam dos feitos da raça em seu país de origem. Masaro, o mais moço, conta que está tratando da importação de um macho do Japão para cruzar com a cadela Wadashime of Brasdog, de 30 meses, detentora do título de campeã, "para melhorar a qualidade do akita no Brasil". E seu irmão mais velho, Katsu, traduz de uma revista japonesa, uma comovente história: "Havia em Tóquio um professor que possuía um cão da raça akita. Todo dia o cachorro ia com seu dono até a estação de trem, esperava que ele embarcasse e depois voltava sozinho para casa. Um dia o professor faleceu no trabalho e seu fiel companheiro não pôde mais revê-lo. Durante nove anos, enquanto viveu, o cachorro continuou indo, diariamente, à hora certa, até a estação do trem, como seu dono o havia habituado". Acaba o relato sem fazer comentários. Apenas afaga a cabeça da cadela Wadashime, que está deitada a seus pés.

UM ANIMAL ESPLÊNDIDO
Dotado de porte majestoso, aparentando grande força física sem ser pesado, com uns olhos rasgados e cauda em semi-círculo que o tornam semelhante ao malamute do Alaska, o akita é um cão tranquilo, que late pouco, mas se mostra sempre alerta no momento necessário. Segundo Katsu Sassaki, no Japão, muitas mães deixam seus bebês no berço enquanto vão às compras ou mesmo para o trabalho e o akita toma conta deles como uma babá eficiente. Esta aparente placidez se tranforma por completo quando se trata de defender a propriedade do dono. Com estranhos, o akita é um cão de guarda implacável, que chega sem fazer barulho e ataca na hora certa. Aí, seu porte físico (40 quilos para a fêmea, 45 para o macho), agilidade e coragem se tornam armas eficientes. Quem se atrever a enfrentá-lo corre sérios riscos.

Como ressalta Massaro Sassaki é um animal dotado de grande inteligência e sensibilidade. É fácil e importante adestrá-lo, pois assimila o treinamento com rapidez e fica um cão controlado, obediente, que só atacará quando receber ordens para isso.


ADAPTAÇÃO PERFEITA
Apesar de ter pelagem abundante como todo cão de clima frio, o akita está se adaptando muito bem às temperaturas do Brasil. Além disso, como destacam Massaro e Katsu, é um animal forte, resistente a doenças, que dispensa corte de orelhas , cauda e até mesmo do pelo. Este precisa apenas ser escovado regularmente. Quanto à alimentação, o akita come arroz, legumes e pedacinhos de carne, e aceita muito bem ração. É menos guloso que um pastor alemão, por exemplo, que tem mais ou menos o mesmo porte, O pelo pode ser preto, branco, vermelho tigrado, porém sua marca registrada são as patas, sempre brancas nos bons exemplares da raça

Convivência com o akita

A cada dia que passa a raça akita toma mais e mais espaço na vida dos brasileiros, sejam eles decendentes de japoneses ou não, a popularização da raça se dá por inumeros motivos, temperamento equilibrado, limpeza, silêncio na guarda, etc... assim sendo crescem também as dúvidas sobre a raça, seja sobre o seu temperamento, o convivio no seio da família, alimentação e cuidados, nesta matéria vamos mesclar informações de publicações consagradas, como revistas, livros e algumas experiência pessoais e relatos de proprietários tentando assim elucidar um pouco mais desta raça tão singular.Boa leitura.
COM GENTE DE CASA

O Akita elege um dono preferido ao qual ele se liga e se dirige com maior frequência, embora se apegue e obedeça a todos os membros da família.É um dos cães que menos solicitam a atenção do dono.Quando adulto, torna-se independente e se dá por satisfeito com alguns afagos, sem procurar companhia em tempo integral.Em vez de acompanhar o dono de um lado para o outro, prefere segui-lo com o olhar, só se dirigindo á ele se perceber a necessidade de sua presença ou algo curioso que chame sua atenção.

OBEDIÊNCIA E EDUCAÇÃO

O Akita não é de ficar testando a liderança do dono de maneira acentuada, ao contrário do que acontece com várias outras raças.A vantagem dessa característica é que até mesmo o dono inexperiente em lidar com cães consegue ser respeitado nos limites que impoe.Se um Akita for educado desde pequeno, com bom senso e respeito, e ensinado a não frequentar determinados lugares e a não tocar em certos objetos, adotará o comportamento desejado.

GRAU DE ATIVIDADE

A posição favorita do Akita é ficar deitado.Ás vezes, ele se levanta, dá uma volta, e rotorna ao seu repouso.Esse estilo pacato o torna interessante para quem quer um cão grande em pequenos espaços ou em ambientes internos.Apesar de não se movimentar muito por iniciativa própria e de não precisar de muito exercício, é um bom acompanhante em caminhadas e brincadeiras.

COM PESSOAS AMIGAS, E DE FORA DE CASA

Desconfiado por natureza, o Akita não festeja a chegada de estranhos, nem abana a cauda para elas.Mesmo quando são amistosos e só dão sinais de respeito e paz, como falar baixo, evitar gestos bruscos e ficar perto de alguém da casa.Com estranhos, o Akita se mantém reservado, observando.Dificilmente faz amizade com qualquer pessoa, mas, depois de ser conquistado, torna-se um grande amigo.Em abraços calorosos e tapinhas nas constas dados ao anfitrião pela visita, o Aktia pode presentir risco para o dono e entrar em prontidão para o ataque.Se um desconhecido amigável tentar fazer carinho no cão, poderá ouvir um rosnado baixo e levar até uma mordida, sem aviso prévio.

LIMPEZA E HIGIENE

O Akita adquire hábitos de higiene rapidamente e costuma fazer suas necessidades longe de onde fica e de onde come, nem que tenha de esperar horas até ser solto.Não é também um cão que deixe cheiro pela casa.

NA GUARDA

A raça faz defesa por instinto com um estilo tranqüilo e discreto.Alerta, prefere ficar em pontos estratégicos, a partir dos quais possa ter uma visão ampla de seu território.Em último caso, diante de ameaça, o Akita pode latir como advertência, mas sem estardalhaço.Por exemplo, se alguém parar no portão e não tocar a campanhia.Ou se uma pessoa fizer gesto brusco ou for mal-encarada.Quanto a invasores, o Akita não costuma perdoar.Defende seu território em silêncio, agindo de surpresa.Ao passear com um Akita - sempre de guia e coleira ou enforcador - deve-se evitar ou supervisionar o contato com outros cães e pessoas estranhas.

DESTRUTIVIDADE

Morder tênis, sapatos, roer um portão de madeira ou até mesmo puxar roupas do varal são passatempos típicos de qualquer filhote de cão que se preze.O de Akita não foge a regra.Mas passado o primeiro ano de vida, ganha juízo e se torna um cão bastante bem comportado.

O USO DA VOZ

O Akita tem a justa fama de ser o mais silencioso entres os guardiões.Seu latido, rouco e baixo, é ouvido eventualmente.Costumausá-lo para dar alarme ou para, ás vezes, se comunicar com o dono.pode ser que não haja mais água no bebedouro, ou que uma porta, que deveria estar fechada esteja aberta.

COM DONOS MIRINS

Toda criança deve ser orientada a agir com respeito e delicadeza com os animais, isto é básico para a boa convivência.Na lida com o Akita, este preparo é especialmente importante.Diante de brincadeiras insistentes ou bruscas, os cães da raça costumam se afastar e se recolher a um de seus locais favoritos.Mas, se este incomodo persistir, eles podem rosnar em sinal de advertência ou até mesmo dar uma mordida de aviso.

COM CÃES E ANIMAIS

O Akita adulto se sente dono de seu território.Não tolera desafios.A intolerância é mais acentuada nos machos, mas ocorre também nas fêmeas, sendo que a incsidência de brigas entre elas ocorre com maior intensidade quando uma delas ou ambas estão no cio.Se um Akita adulto se sentir desafiado, o mais provavel é que responda com briga feia.Por isso, a recomendação é evitar colocar juntos exemplares do mesmo sexo.pode haver excessões? Sim elas sempre existem, mesmo assim é melhor não confiar e ficar de olho.É possivel o convívio entre akitas dois Akitas ou entre um Akita e um cão de outra raça quando são de sexos diferentes.Ou, então, se o Akita crescer junto com um cão do mesmo sexo que já estava na casa, a chance de aceitá-lo quando adulto será maior, desde que o outro cão não o importune.Para um Akita conviver pacíficamente com outros bichos, como gatos e aves, precisa ser acostumado a eles desde pequeno.

OS CUIDADOS DO DIA A DIA

Condicionamento físico - O Akita precisa de exercícios sim, mas sem exageros.Para atender ás necessidades básicas da raça, basta oferecer uma pequena área para voltinhas de vez em quando.Uma caminhada de seis ou sete quilômetros por dia, em passos rápidos, proporciona um ótimo condicionamento físico ao Akita.

Banhos - Recomenda-se dar banho no Akita a cada 3 meses, e manter uma escovação semanal fora da troca de pêlos e escovação diária na época das trocas a cada seis meses, pois o Akita não tem odores fortes.Na hora do banho, para não remover a oleosidade natural dos pêlos, usa-se xampu especial para cães e água morna no inverno e água fria no verão.A recomendação é também válida para não provocar choque térmico no cão, mantido aquecido por sua pelagem.Para não ressecar os pêlos, usa-se o secador ou o soprador - mais recomendado - com ar frio.No inverno, convém dar o banho em dia ensolarado, no horário mais quente.

Pêlos naturalmente belos - A manutenção da pelagem do Akita é simples.Uma boa escovação semanal basta para remover pêlos mortos e manter bonitos os demais.Na época da troca de pêlos, que acontece a cada seis meses, durante 10 a 15 dias, convém fazer escovações diárias.Usa-se escova, do tipo pin brush - escova de alfinetes - ou com pente inox com dentes largos.Para a pelagem do Akita não perder exuberância, convém evitar que ele entre em piscinas, já que os produtos usados na manutenção da água costumam ressecar os pêlos.O Akita não deve ser tosado.Exemplares que participam de exposições podem ter os pêlos aparados no contorno das patas, para intensificar o formato arredondado delas, bem como na barriga em direção ao ventre e em volta do ânus para nivelá-los.

Piso - É importante não deixar o Akita em pisos escorregadios.O piso ideal é anti-derrapante.Além de ajudar a desgastar as unhas e mantê-las lixadas naturalmente, evita escorregões, prejudiciais ao correto paralelismo das pernas e capazes de favorecer males como a displasia coxo-femoral.O chão também não deve esquentar demais com o sol.Há pisos revestidos com placas de pedra que atendem bem a estas recomendações.por ser grande e gostar de ficar parado ou deitado, o Akita, se ficar sobre superficies duras, pode sofrer formação de calos.Para evitá-los o ideal é que a superfície onde ele fica não esfole a pele com atrito em demasia.Um estrado de madeira serve a esse propósito e evita também o contato com a umidade do solo, responsável por problemas de pele.



Atenção á saúde - Conheça as doenças que acometem o Akita e como identificá-las

Adenite Sebácea

DESCRIÇÂO

Destruição das glândulas sebáceas da pele, provocada por uma pré-disposição racial.

SINTOMAS

O pêlo do Akita fica opaco e seco, e apresenta falhas.A pele fica cheia de bolinhas, que podem ter ou não pus.O pêlo seco adere aos fragmentos de sêbo e pele descamada.

CONSEQUENCIAS

Infecções secundárias por bactéria e fungos.

PREVENÇÂO
não há

TRATAMENTO

Hidratação da pele, suplemento de ácidos graxose drogas específicas



Sindrome de Voght Koyanagi ou Sindrome Úveo-Dermatológica

DESCRIÇÃO

No ínicio, há a inflamação da úvea(conjunto da íris, membrana coróide e músculo ciliar) e, na maioria dos casos, lesões dermatológicas nas palpebras, lábios e no focinho.Em seguida, vem a cegueira repentina.

SINTOMAS

Aparecem normalmente entre o primeiro e o terceiro anos de vida.São: lacrimejamento, córneas opacas, aumento do volume do globo ocular, dor e prostação.

CONSEQUENCIAS

Cegueira

PREVENÇÂO

não há

TRATAMENTO

Não há cura.Imunossupressores podem ser usados para amenizar os sintomas da doença, mas o uso continuado pode provocar efeitos colaterais nocivos.



Pênfigo Foliáceo

DESCRIÇÂO

Doença auto-imune.Causa feridas com pus e crostas na focinho, no abdome e, ás vezes, nas margens das orelhas e nos coxins plantares

SINTOMAS

O primeiro alerta é o focinho descamado e irritado, muitas vezes com sangramentos constantes.Em seguida, surgem bolhas que, quando estouram, deixam uma crosta na pele.

CONSEQUENCIAS

Pode evoluir para a piodermite generalizada(inflamação da pele, com pus), que, por sua vez, leva á nefrite(infecção dos rins), á endocardite(infecção do músculo do coração) e á morte.

PREVENÇÂO

não há

TRATAMENTO

Não há cura.O veterinário pode indicar medicamentos imunossupressores, como os corticóides, para aliviar os sintomas, porém o uso continuado pode provocar efeitos colaterais nocivos.


FONTES

FONTES:

Revista Cães e CIA Número 301 - Junho 2004
Livro Maravilhosos Akitas - Soraya de Castro Guedes
World Union Of Akitas Clubs - http://www.akita.no/
Japan Kennel Club - http://www.jkc.or.jp/
Japanese Akita Club Of America - http://akita-inu.com/

HIstória :O Cão Guardião

Hariko Inu, o cão-guardião
Os cães são protetores naturais dos homens, são fiéis aos seus donos e estão sempre ao seu lado, com a incrível capacidade de detectar situações perigosas às quais estão sujeitos no cotidiano. Antigamente, os japoneses acreditavam que os cães tinham faro para identificar os oni (demônios), que, muitas vezes, se disfarçavam em forma humana para infiltrar-se em povoados e praticar o mal. A crença popular nipônica conta que os cachorros são associados à proteção de crianças, por isso existe um talismã antigo, que até hoje é muito popular, chamado Hariko Inu; trata-se de um cachorrinho feito de papel machê e pintado com cores fortes. Dizem que esse talismã traz sorte, saúde e proteção. Por isso, as mães, quando vão ganhar um filho, ou quando a família tem bebê em casa, deixam o Hariko Inu enfeitando o quarto, para que a criança cresça com saúde e esteja sempre protegida dos demônios.

Existem algumas versões sobre a origem do Hariko Inu, mas esta é particularmente interessante, porque envolve o grande mestre Kukai (nascido no Ano do Tigre de Madeira – 774) que ficou conhecido, após a sua morte, como Kobo Daishi, o fundador da seita budista Shingon.

Durante sua peregrinação na ilha de Shikoku, o monge Kukai passou a noite na cabana de um lavrador. O dono da casa era um senhor muito amável e o hospedou com grande alegria e cordialidade. Kukai, então, disse que gostaria de recompensá-los pela hospedagem e pediu que dissessem como ou quanto deveria pagar.

O lavrador recusou pagamento, mas, devido à insistência do monge, disse que gostaria de receber um amuleto e justificou:

- Nós não tivemos sorte com o tempo nesses últimos anos. Nossa plantação de arroz tem sido devastada por javalis selvagens e, quando os cachos de arroz estão madurando, são devorados pelos pássaros. Sem dizer que, às vezes, existem secas em época de crescimento ou enchentes antes da colheita.

O monge, então, rabiscou alguma coisa em um pedaço de papel, depois dobrou-o cuidadosamente em forma de envelope. Essa dobradura foi pregada na porta do celeiro.

Naquele ano, a colheita foi normal, nenhuma intempérie veio a prejudicar a boa safra. No ano seguinte, a mesma felicidade. Os agricultores festejaram a boa colheita com um festival de tambores e danças. No terceiro ano, a mesma coisa.

O agricultor e a esposa estavam muito felizes com a simpatia que o monge Kukai havia lhes presenteado. Porém, durante os três anos a curiosidade foi crescendo, crescendo e até que, não agüentando mais, abriram o papel para ver o que o monge havia rabiscado ali.

Não deu tempo de o casal ver o que estava escrito no papel. Bastou começar abrir a dobradura e um cachorro pulou para fora do papel. O cachorro sumiu, nunca mais voltou, e ninguém sabe para onde ele foi. O papel estava em branco, mas o lavrador e sua esposa haviam visto Kukai rabiscar alguma coisa nele. Desde então, a colheita não foi mais boa. Como se houvesse perdido a proteção divina, a plantação de arroz passou por toda sorte de dificuldades, até mesmo ataque de insetos.

O pessoal da aldeia raciocinou que o cachorro estava protegendo a casa e a plantação de arroz. E, desde então, passaram a confeccionar pequenos cachorros de papel machê, para ficar de guarda, protegendo a casa e as crianças enquanto os pais trabalhavam na roça.

Restou a curiosidade do povo. Alguns disseram que o monge teria escrito simplesmente a palavra inu (cão); outros disseram que ele fez desenho de um cachorro, pois, além de monge, calígrafo e poeta, era excelente desenhista. Há também estudiosos de seitas que afirmam que Kukai escreveu Inukami, que pode ser traduzido como “deus cão” (inu=cão e kami = deus). Uma vez que papel também é kami em japonês, quando o casal abriu a dobradura, a palavra ganhou vida e materializou-se em animal.

Escolhendo o filhote

Bem chegou a hora de escolher o lugar de onde iremos adquirir o nosso filhote de Akita (ou mesmo de outra raça a dica é a mesma para ambos), e agora como proceder?

Bem não vamos aqui citar um artigo acadêmico ou dissertar em cima de tese de doutorado, porém existem algumas dicas básicas que nos ajudam na hora de escolher o nosso filhote, que vai os acompanhar pelos próximos 10 ou até quem sabe com muita saúde e sorte 15 anos!

Nota do Administrador:

O Clube do Akita não quer com esta matéria dizer o que é certo ou errado e nem ser o mantenedor da verdade, apenas auxiliar os novos compradores/proprietários na escolha de um filhote que vá lhe trazer alegrias futuras, acreditamos que a compra de um filhote vindo de um canil constituido é mais segura e correta por trazer maiores garantias quanto a transação realizada, como linha de sangue, procedência dos cães, genética, recibos, contrato de compra e venda, vacinações e medicações corretas, etc... o que não tira o mérito do criador particular que tem um casal apenas, comprado inclusive em um destes canis constituidos e que tirou uma ou duas ninhadas apenas para manutenção e com certeza acabará por se tonar um canil constituído.

1 - Antes de tudo pesquise o canil ou criador, se conseguir fale com quem já comprou filhotes com ele(a) se puder, EXIJA ELABORAÇÃO DE UM CONTRATO DE VENDA DO FILHOTE E CARTEIRINHA DE VACINAÇÃO EM DIA, isso evita prejuizos financeiros e emocionais, acredite eu já passei porisso, não se iluda com conversa de 'entendido no assunto' o bom criador não lhe impõe idéias e nem lhe empurra filhotes, ele lhe auxilia na escolha correta e tira suas dúvidas de bom grado.

2 - Prefira comprar filhotes de canis conhecidos ou criadores que tenham critério na criação ou seja Machos e Fêmeas selecionados, premiados e saudáveis.Não é vergonha perguntar e nem pesquisar antes, é garantia.

3 - Se possivel dê preferência na compra pessoalmente, visite o canil antes da compra.Caso não seja possivel pegue o maior número de informações possiveis antes de efetuar a compra tanto sobre o canil, criador e cães deste canil, se precisar peça cópia do pedigree para analizar a procedência dos pais.

4 - Leia muito antes sobre a raça e peça referências do canil a veterinários da região e clientes do mesmo.Se possivel peça informações sobre a raça a outros proprietários.Pesquise na internet também, com calma você vai achar muitas informações úteis!

5 - Se for ao canil observe a acomodação dos cães tanto dos pais como dos filhotes, lugares muito úmidos ou isolados e sem luz do dia costumam trazer problemas aos animais.

6 - Observe a higiêne do local ( canil ), um canil asseado é um canil saudável.Umidade é mal sinal, claro que se o canil fica em uma cidade ao pé da serra, ou no meio de uma mata você verá umidade, temos de respeitar o critério de observação.

7 - Dê preferência ao canil que lhe der maiores informações e suporte, inclusive aquele que lhe disser quais os contras da criação da raça escolhida.Sim não se iluda, toda raça tem seus prós e contras.

8 - Não abra mão do pedigree nunca, ele é o atestado de pureza da raça que você esta adquirindo e lhe dá inclusive direito de levar o seu cão a exposições futuramente.É comum o cão sem pedigree ser mais barato do que o com, canil sério não dá esta opção, caso o valor do filhote fique fora do seu orçamento peça um parcelamento ou procure outros canis no mesmo nível com custo menor.Não quer dizer que a qualidade seja inferior é critério de cada criador o preço do filhote e dos custos de cada um deles gerou, claro que um filhote filho de um mega campeão internacional terá seu valor onerado, devido ao investimento na raça.

9 - Uma boa dica é observar os cães ao natural no caso da visita ao local(caso possivel), um animal feliz e saudável é alegre e ativo, salvo em suas sonecas diárias, não é dificil perceber se o cão ama o seu criador, é só observar.

10 - Fuja do criador bom de papo, fala macia e esta mais preocupado se vai receber em cheque, cartão ou dinheiro.Com certeza não é um criador sério é vendedor de cachorros.

11 - A idade ideal para o seu amiguinho ir para casa é entre 45 e 60 dias de idade, eu particurlamente acredito que os 60 dias seja o ideal por um simples motivo é nesta fase que o cerebro do filhote(sua psiquê) esta totalmente formada e ele então esta apto a aprender tudo como um cão adulto aprende, vermifugado e vacinado com a primeira dose da V8 ou V10 importada ou não isso depende do criador.Consulte o seu veterinário se o tiver.

12 - Por último e não menos importante, ouça as dicas do criador para escolher o seu novo amiguinho mas nunca deixe de escolher aquele em que você bater o olho e se apaixonar, tire dúvidas, pergunte tudo o que desejar ao criador, se ele for um amante da raça que cria não terá problemas em lhe responder tudo o que souber, com certeza este filhote será um amigo fiel e companheiro inseparável.

Outras dicas:

O filhote sadio é viváz e alegre, tem olhos brilhantes e sem secreções, pêlo sedoso e macio sem falhas ou descamações, os cãezinhos não podem ter o abdomên muito dilatado e nem aparentar apatia pois isto pode indicar vermes, as fezes dos filhotes não devem ser liquidas ou pastosas.

Plantas Tóxicas

PLANTAS ORNAMENTAIS TÓXICAS
O envenenamento de cães, principalmente filhotes por plantas ornamentais tóxicas em nossas casas ou mesmo na rua tem aumentado bastante nos últimos tempos, seja pelo grande número de belos jardins e vasos que mantemos em nossas residências, seja pelo total desconhecimento do mal que elas podem causar aos nossos amados amigos peludos, este artigo tem o intuito de ajudar na identificação destes perigos aos animais domésticos.


FATORES PARA QUE OCORRA A INTOXICAÇÃO:
1. Idade (filhotes são mais susceptíveis pela curiosidade)
2. Fastio
3. Mudanças à sua volta

FONTE DE PLANTAS TÓXICAS:

1. LOCALIZAÇÃO

PLANTAS DE VASO:

• Dieffenbachia picta (comigo ninguém pode)
• Monstera sp (costela de adão, dragão fedorento, 7facadas)
• Alocasia sp (orelha de elefante, orelha de burro, pulmãode aço)
• Nerium oleander (espirradeira)

JARDINS E QUINTAIS:

• Ricinus comunis (mamona)
• Iris sp
• Tulipa sp
• Rhododendron sp (azaléa)
• Arbus precatorius (olho de cabra)
• Euphorbia pulcherrina
• Philodendron sp (cipó-imbé, barra de macaco,filodendro)
• Nicotiana tabacum
• Narcisus sp

PLANTAS QUE CAUSAM GASTRITE E ESTOMATITE

• Amaryllis sp
• Rhododendron sp
• Tulipa sp
• Narcisus sp
• Iris sp
• Euphorbia pulcherrina (bico de papagaio)
* a azaléa produz uma toxina (antrometotoxina); uma pequenaquantidade é capaz de provocar a intoxicação que ocorreapós 6 horas. Há um aumento de defecação(não é diarréia), porém dificilmente causa amorte.
Tratamento: sintomático + fluidoterapia


PLANTAS QUE CAUSAM GASTRITE E ENTERITE

• Abrus precatorius (toxina é a abrina)
• Ricinus comunis (toxina é a ricina)
* o Abrus precatorius possui a toxina (uma proteína) maispotente conhecida, onde meia semente é capaz de matar uma pessoa. Oanimal apresenta diarréia catarral hemorrágica intensa,ocorrendo óbito após 24h se não tratado.
Tratamento: lavagem gástrica + protetor de mucosa

PLANTAS QUE CAUSAM ESTOMATITE E GLOSSITE

• Dieffenbachia picta
• Monstera sp
• Alocasia sp
• Philodendron sp
* a toxina é uma substância semelhante à umaproteína, que promove liberação de histamina pelosmastócitos. Pode promover edema de glote e o animal morrer porasfixia.
Tratamento: anti-histamínico + diurético

PLANTAS QUE ATUAM SOBRE O SNC

De uso lícito:
• Nicotina tabacum (princípio ativo= nicotina)
* age em receptores nicotínicos colinérgicos(ação semelhante ao curare). Em doses pequenas, provocaexcitação, tremores musculares e ataxia. Em doses altasprovoca depressão.
Tratamento: bloqueador ganglionar do tipo não despolarizante, queé um antagonista da nicotina quando o animal está excitado (ex:mecamelamina). Respiração artificial quando o animalestá na segunda fase ( fase de depressão ). É importanterealizar diagnóstico diferencial com intoxicação pororganofosforados, onde se usa atropina.
De uso ilícito:
• Datura stramonium (saia branca, trombeta)
Pricípio ativo: alcalóides tropânicos (escopolamina,niosciamina, atropina).
Atuam em receptores colinérgicos muscarínicos. Os sintomassão alucinações, delírios, secura dassecreções, taquicardia, midríase, pele seca e quente emeteorismo.
Tratamento: anticolinesterásico, antagonista colinérgico(neostigmina). Para auxílio diagnóstico, deve-se coletarurina, instilar no olho do camundongo e observar midríase.
• Cannabis sativa (maconha)
Princípio ativo: THC (tetrahidrocanabiol)
Os sintomas são: animal depressivo e às vezes agressivoquando estimulado, olhos "vidrados", perda de noção deambiente.
Tratamento: estimulante inespecífico de SNC, pentileno tetrazol(0,25 mg/Kg) + anequetamina (analéptico respiratório).

PLANTAS DE AÇÃOCARDIOTÓXICA

• Digitalis purpura (dedaleira)
• Nerium oleander (espirradeira)
Princípio tóxico: glicosídeos cardioativos (aumentamos níveis de digoxina), atuam na bomba de NaK ATPase.
Os sintomas são: bradicardia, aumento da força decontração cardíaca, fibrilaçãocardíaca, com os bat. chegando perto de 20/min., a morte estápróxima.
Tratamento: antiarrítmico, procainamida (100-500 mg) , cloridrato depotássio (monitorar pelo ECG).